O Glifosato induz o crescimento de células de câncer de mama humano via receptores estrogênicos.

O glifosato é o ingrediente ativo do mais largamente empregado nos cultivos atualmente e ele é tido como menos tóxico em relação a outros agrotóxicos. Estudo publicado no periódico no periódico Food Chem Toxicol. em setembro de 2013, mostra que a realidade é bem outra.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23756170
Pesquisa publicada em setembro de 2013 e seus autores Thongprakaisang S1, Thiantanawat ARangkadilok NSuriyo TSatayavivad J, sendo as informações sobre o primeiro é de que faz parte do Programa de Toxicologia Ambiental do Instituto de Pós-Graduação Chulaborn, Laksi, Bangkok 10210, Tailândia (1Environmental Toxicology Program, Chulabhorn Graduate Institute, Laksi, Bangkok).

Resumo

Mesmo sendo considerado menos tóxico que outros agrotóxicos, no entanto, muitos estudos recentes têm mostrado seus efeitos potenciais adversos sobre a saúde humana já que ele poderia ser um disruptor endócrino (nt.: assunto central do presente site. Pesquisar esta expressão para melhor conhecimento sobre seus efeitos). Este estudo foca sobre os efeitos do glifosato puro sobre os receptores estrogênicos (nt.: em inglês – estrogen receptors/ERs) mediados pela atividade transcricional e suas expressões. O glifosato exerceu efeitos proliferativos somente em câncer de mama humano dependente de hormônio, células T47D, mas não em câncer de mama independente de hormônios, células MDA-MB231, em 10⁻¹² a 10⁻⁶M, na condição de retirada do estrogênio. As concentrações proliferativas do glifosato que induziram a ativação da atividade de transcrição do elemento de resposta do estrogênio (nt.: em inglês – estrogen response element/ERE) foram de 5 a 13 vezes o controle nas células T47D-KBluc e esta ativação foi inibida por um antagonista do estrogênio, o ICI 182780, indicando que a atividade estrogênica do glifosato foi mediada via receptores estrogênicos. Além disso, o glifosato também alterou a expressão tanto do receptor estrogênico α como β. Estes resultados indicam que baixas concentrações ambientalmente relevantes do glifosato possuíam atividades estrogênicas. Os herbicidas que têm por base o glifosato são amplamente empregados em cultivos de soja e nossos resultados também detectaram que houve um efeito aditivo estrogênico entre o glifosato e a genísteina, um fitoestrogênio existente na soja. No entanto, estes efeitos aditivos da contaminação do glifosato na soja precisam estudos posteriores com animais.

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PALAVRAS CHAVES:

Efeito estrogênico; Genísteina; Glifosato; Câncer de mama humano; T47D; T47D-KBluc

PMID:

 23756170

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Tradução livre de Luiz Jacques Saldanha, agosto de 2014.