Mais um para a lista. Agora é o estado de Nova York. Ele se torna o terceiro dos Estados Unidos, depois da Califórnia e do Havaí, a banir a comercialização e a distribuição de sacolas plásticas.
O governo novaiorquino se junta a mais uma dezena de cidades, estados e países do mundo inteiro que decidiram tomar uma atitude drástica – e necessária -, contra a poluição do lixo plástico nos oceanos e nas cidades, onde esses detritos sujam rios e lagos e entopem bueiros e esgotos.
Em Nova York, a lei entra em vigor a partir de 1º de março de 2020. Supermercados e outras lojas terão a opção de oferecer a seus clientes sacolas feitas de papel pelo custo de 5 centavos de dólar. Parte desse valor irá para o governo local e o restante para um fundo de proteção ambiental.
“A conveniência das sacolas plásticas simplesmente não vale o impacto ambiental“, destacou Carl Heastie, deputado do partido democrata. “Ao reduzir o uso em nosso estado, veremos menos lixo em nossas comunidades e menos poluição de plástico em nossos cursos d’água”.
Apesar da legislação ter recebido algumas críticas por deixar aos comerciantes a opção de cobrar ou não pelas sacolas de papel, o que a realidade mostra, em muitos lugares onde o mesmo aconteceu, é que, quando há um custo incluído, por menor que seja, a população acaba se habituando a levar sua própria sacola para fazer as compras.
A Inglaterra é um bom exemplo disso. Em apenas seis meses, os britânicos deixaram de usar 6 bilhões de sacolas plásticas. A distribuição gratuita de delas entrou em vigor no final de 2015 e na época, os supermercados passaram a cobrar 5 centavos por elas. A medida fez com que houvesse uma redução de 85% na circulação das mesmas, sem reclamação nenhuma dos consumidores.
A proibição das sacolas plásticas em Nova York faz parte do programa orçamentário para o próximo ano, que inclui ainda o aumento do investimento em energias renováveis. A meta é que o estado tenha 70% de sua demanda de eletricidade vinda de fontes limpas (eólica, solar, biomassa ou hidrelétrica) até 2030 e, 100% livre de carbono a partir de 2040.
Suzana Camargo – Jornalista, já passou por rádio, TV, revista e internet. Foi editora de jornalismo da Rede Globo, em Curitiba, onde trabalhou durante 6 anos. Entre 2007 e 2011, morou na Suíça, de onde colaborou para publicações brasileiras, entre elas, Exame, Claudia, Elle, Superinteressante e Planeta Sustentável. Desde 2008 , escreve sobre temas como mudanças climáticas, energias renováveis e meio ambiente. Depois de dois anos e meio em Londres, vive agora em Washington D.C.
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Fonte e foto: Secretaria de Imprensa do Governo de Nova York