Com a maioria dos casais usando lubrificantes pessoais e mais de 80% das mulheres produtos sexuais, as chances são que cada um deles e/ou seu/sua parceiro/o encontrem substâncias tóxicas neles. A maioria dos consumidores ficam chocados ao saberem que, grande parte deles sendo rotulado como novidade, não são regulamentados o que deveriam por segurança já que são de uso interno. Algumas das consequências sobre a saúde que podem resultar pelas toxinas encontradas nestes produtos, são: câncer, redução na contagem de espermatozoides, THDA/Transtorno de Hiperatividade e Deficit de Atenção, danos ao fígado, resistência à insulina, defeitos de nascimento, só para citar alguns.
http://www.naturalnews.com/040133_sexual_health_products_toxins.html
Tuesday, April 30, 2013 by: Lisa S. Lawless, Ph.D.
Muitos destes produtos presentes hoje no mercado, contêm substâncias tóxicas como os ftalatos, chumbo, mercúrio, sulfetos, cromatos e muitos outros. Com mais de 70% sendo manufaturados na China, onde pouca documentação é exigida pelo são feitos; muitas questões ficam sem respostas sobre o que os consumidores estão usando dentro e sobre seus corpos. Quando estes químicos são absorvidos interna e diretamente através da corrente sanguínea, o uso de produtos sexuais seguros torna-se algo muito mais importante. Tóxicos também estão presentes em lubrificantes pessoais e muitos consumidores estão completamente inconscientes de sua presença e do impacto negativo sobre sua saúde. Se forem adquiridos tanto em drogarias próximas como em consultórios médicos, veremos que a maioria tem como ingrediente, os parabenos (nt.: são substâncias usadas como conservantes, ou seja, que eliminam a vida que possa estar presente, principalmente nas gorduras, impedindo que ‘rancem’. E se são contra a vida, podem também afetar a vida da nossa flora intestinal). Eles são substâncias tóxicas controvertidas que estão demonstrando alterarem o hormônio feminino estrogênio em mulheres, aumentando ao presença de alergias, o decréscimo da contagem dos espermatozoides em homens, contribuindo para o câncer de pele e gerando desfunções no desenvolvimento do feto em mulheres grávidas. Em razão dos lubricantes serem usados internamente são também absorvidos diretamente pela corrente sanguínea fazendo com que suas toxinas sejam assimiladas muito mais rapidamente. Para tornar as coisas mais complicadas, certos lubrificantes podem dissolver quimicamente estas substâncias, favorecendo com que sejam lixiviadas para dentro de seus corpos.
O que devemos saber.
A boa notícia é que há um novo movimento dos profissionais preocupados com a saúde sexual (sexual health) que motivam os fabricantes a criarem produtos seguros e não tóxicos. Alguns dos varejistas e fabricantes mais éticos estão agora dedicando tempo para indicarem e negociarem quanto à segurança de certos produtos (products).
Entretanto, ser um consumidor empoderado significa ter, pelo menos, informações básicas que possam ajudá-lo a fazer escolhas conscientes. O que segue fornecerá a todos uma percepção para dentro da indústria, proporcionando um melhor entendimento dos problemas centrais quanto aos tóxicos e porque a maioria de seus revendedores não estão bem informados sobre eles próprios.
Muitos vendedores são inconscientes.
Infelizmente, muitos negócios, sites e consultores estão fornecendo aos consumidores informações inadequadas e incorretas sobre estas toxinas que podem estar presentes nos produtos sexuais. Em alguns casos eles têm sido descaradamente mentirosos com os consumidores. Numa inquietante tendência, a Associação Nacional para o Avanço da Ciência e da Arte na Sexualidade (www.NAASAS.org) detectou que, em muitos casos, lojas e consultores estavam dizendo aos consumidores que seus produtos eram livres de ftalatos e parabenos quando na verdade não eram.
No entanto, na maioria dos casos é uma questão de ser realmente bem informado. De outra forma, torna-e difícil para os revendedores darem as informações corretas aos consumidores sobre os produtos que estão vendendo. As três principais razões para isso são:
1) Empregados das lojas são efetivamente inconscientes quanto aos produtos que vendem e foi detectado estarem sendo treinados pobremente, fazendo, em alguns casos, que eles acabem fornecendo informações incorretas.
2) Os fabricantes muitas vezes não dão nem materiais nem as informações sobre os ingredientes nas embalagens quando não estão explicitamente exigidas por lei.
3) Muitas vezes os produtos sexuais são feitos por muitas companhias e assim são rotulados de forma indireta em muitos momentos, sendo quase impossível desvelar quem realmente os fabricou e o que se colocou individualmente em cada escala, dentro deles. Esta é uma prática muito comum, especialmente com empresas que trabalham nas escalas da produção e com revendedores de grandes redes do varejo.
Como fazer com que tal rotulagem em etapas acabe funcionando?
Uma fábrica que faz um produto para uma outra irá reembalá-lo e revendê-lo (sell) a uma outra empresa com um rótulo particular usando um nome diferente do produto (não favorecendo que se saiba que eles o fabricaram). A maioria dos varejistas retalhistas e das empresas que trabalham em parceria, fazem isso e podem ter seu próprio nome comercial para este produto sexual, podendo então trocar o que quiserem sem terem a obrigação com a versão e o nome original. Desta forma, evitam que os consumidores comparem preços e acabam ficando no escuro sobre quem realmente fabricou o quê e quais os materiais e ingredientes que estão dentro dele.
Muito além da confusão.
Em muitos casos, os empregados e os representantes das empresas de produtos sexuais não sabem nada sobre esta prática de rotulagem indireta dos materiais presentes nos produtos que eles vendem. Além disso, foi constatado de que muitos websites e lojas que se arvoram de que estão orientando bem o público quanto às toxinas, faziam isso de forma generalizada e/ou de forma totalmente incorreta.
Numa situação bem clara, uma representante empresarial difundia orgulhosamente de que os produtos que ela estava vendendo eram todos livres de parabeno. No entanto, ela ficou chocada quando mais tarde ficou sabendo que não só estava escrito nos rótulos a presença de parabenos, mas de múltiplas formas, ou seja: metilparabeno, etilparabeno, propilparabeno e butilparabeno.
Este é um exemplo que demonstra duas possibilidades: 1) que a companhia que esta mulher representava tinha lhe informado especialmente de que todos os produtos que vendia eram livres de parabenos, além de instrui-la que enfatizasse este ponto quando se comunicasse com seus clientes; ou 2) que ela não estava suficientemente apropriada sobre estes tóxicos bem como esta informação estar ou não presente nos rótulos e que isso era uma coisa que ela deveria ter feito antes de negociar.
Por outro lado, um exemplo bem comum de desinformação é a fala de que todos os produtos na forma de gel são tóxicos e cheios de ftalatos (plastificantes tóxicos usados para tornar macios os produtos de PVC/vinil). No entanto, isso não é correto; alguns destes produtos gel não são feitos com ftalatos e nem são tóxicos.
Outro mito quanto ao fator fragrância ou perfume.
Geralmente, vem sendo dito é que podemos estar absorvendo toxinas quando aspiramos o odor que vem através daquilo que se chama comumente de ‘cheiro de cortina plástica nova’. O que alguns profissionais dizem é que através do cheiro de químicos venenosos (particularmente o ftalato) exalados pelo PVC indica se alguma coisa é tóxica. Entretanto, não é verdade quanto aos ftalatos, por exemplo, já que eles não têm cheiro, mesmo sendo considerados tóxicos (nt.: aqui há um desvio de percepção da autora: o que se diz é que se absorve os venenos pela inalação por serem os ftalatos usados como fixadores, além de amaciantes de PVC. Assim, o odor talvez não seja do ftalato, mas o que nos intoxica é esta sua capacidade de se fixar em nossas células olfativas, e daí para a corrente sanguínea, por serem lipossolúveis).
Os ftalatos são moléculas que não são quimicamente fixadas às resinas plásticas que eles amaciam, podendo então se despegar livres das resinas muito facilmente o que causa a deterioração de produtos de borracha e géis, no decorrer dos tempos. Estudos vêm mostrando que os ftalatos podem causar irritação respiratória, dores de cabeça, náusea e danos ao fígado, rins e ao sistema nervoso central. Alguns também são suspeitos ou já conhecidos, de serem causadores de cânceres em seres humanos.
Um exemplo de algo que tem um forte odor e que não é tóxico é o caso dos produtos feitos de polímeros que são seguros. Entretanto, os produtos têm inicialmente um odor característico até se tornarem completamente secos. É uma liberação gasosa por exalação, mas não significa um indicador de toxicidade. Com produtos como estes, é a amina que está dentro deles (um ingrediente com grau de digestibilidade e de segurança alimentar usado em preservativos) que tem este cheiro inicial até terminar esta exalação.
Assim, com tantas informações que podem ser incorretas, confusas e até, em alguns casos, enganosas, é importante para os consumidores entenderem as informações básicas quando for comprar ou usar produtos sexuais. Também é uma boa ideia somente comprá-los de empresas que não só possam responder os quesitos levantados sobre estes fatos como também terem referências de pesquisas independentes.
Fontes úteis são dadas para todos, através dos links abaixo.
Consumidor consciente e recursos.
Para se aprender mais sobre as moléculas tóxicas em produtos sexuais e nos lubrificantes pessoais, ver os artigos relacionados aqui: http://www.holisticwisdom.com/sex-toy-benefits.htm.
Para tornar as coisas mais fáceis para os consumidores, o link HolisticWisdom.com vende somente produtos sexuais livres de ftalatos e de parabenos: http://www.holisticwisdom.com/index.htm.
Para profissionais aspirantes ou estabelecidos no campo da sexualidade.
Saber mais sobre como se poderá ser mais consciente sobre os produtos sexuais saudáveis e prevenir-se com informações e recursos saudáveus para seus clientes: http://naasas.com/safe-sexual-products.htm.
Sobre a autora:
Lisa S. Lawless, Ph.D. é uma psicoterapeuta que tem se dedicado, por mais de 20 anos, à prática terapêutica no campo da saúde mental com especialização em saúde sexual. Ela é a executiva e a fundadora da empresa Holistic Wisdom, Inc., que transmite uma educação empoderadora, produtos e fontes que promovam um bem estar sexual. Além disso, a dra. Lawless é fundadora da organização National Association for the Advancement of Science & Art in Sexuality (NAASAS.org), que é uma instituição educacional voltada para profissionais do campo da sexualidade. Disponibiliza aulas e trabalhos em rede e é através desta organização acadêmica que ela agregou-se a líderes da área para criarem uma coalizão de produtos sexuais seguros e não tóxicos.
Tradução livre de Luiz Jacques Saldanha, fevereiro de 2014.