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Emergência climática: Dados mostram que Brasil perdeu 55% da região do agreste e está se tornando sertão

Passarão alguns meses ou anos e todos diremos: “Puxa! Por que não acolhemos e agradecemos a cientistas como os irmãos Nobre que vêm, há anos, nos mostrando a loucura desses tempos em que não ‘ouvimos’ nem honramos os alertas que a Natureza tem nos dado?”. Talvez possa ser tarde demais como todas as famílias arrasadas pelas cheias de maio de 24, no Rio Grande do Sul, estão plasmadas. Mas não foi o fizemos com os clamores, no verdadeiro sentido da expressão, que, furiosamente muitas vezes, José Lutenberger, o ‘velho Lutz’, ‘berrava’ nos nossos ouvidos? E nós, impassíveis, fazíamos ouvidos moucos. Pois bem… aí está o que amorosamente, com veemência, o Lutz nos instigava. Mas agora, não adianta ‘chorar sobre o lenho seco’, nem ‘o leite (sic!) derramado’. A tristeza e a solidão é a herança que nós, os supremacistas brancos e os invasores, legamos para os conterrâneos gaúchos deserdados de hoje. Quem serão os de amanhã?

Emergência climática: O olhar das fotógrafas sobre a seca da Amazônia

Vale destacar que essa matéria é de novembro de 23, ou seja, há uns cinco mêses. Incrível para quem já navegou pelos rios Negro e Solimões e esteve em Tefé e foi até a Reserva Extativista de Mamirauá, pelos rios abundantes e pelos lagos cheios de vida e beleza, constatar isso. É impossível se crer que essa situação, mostrada abaixo, possa ser real. Ver agora essas paisagens desoladoras é uma realidade tão absurda que parecem cenas ficcionais. E é a repetição daquela inesquecível seca de 2005 que parecia que jamais haveria algo com aquela dramaticidade. Mas ocorreu e num tempo muito curto para ser ocasional. E o mais irônico é o contraste com as inundações históricas que acontecem agora no Rio Grande do Sul. É um imenso paradoxo. Infelizmente real e assustador.

Mudanças climáticas: Como troca de vegetação nativa por soja pode ter agravado as enchentes no Rio Grande do Sul

Matéria que nos mostra como foram várias as ações em todos os ambientes e que demonstram como os que chegaram lá pelo século XIX, vieram para tornar o estado num arredo do que conheciam em seus espaços de origem. Ou seja, eles não chegaram aqui, eles não sairam de lá. Desta forma, já que não dava para replicar exatamente a paisagem e a produção agrícola que lá faziam, agiram com total despreparo e desrespeito aos ecossistemas locais. Por que? Simplesmente porque nem passou por sua mente supremacista de que os que aqui estavam já moravam a milhares de anos nestes mesmos ecossistemas e até poderiam ter soluçãos muito mais adequadas do que as suas. Basta ver que os invasores até acharam que as terras e as florestas eram, misoginamente, ‘virgens’. Dando a entender de que os ‘homens’ não haviam ‘penetrado’ nelas. Nem conseguiam ver que os povos originários, ecologicamente, sabiam como conviver, de forma harmônica e integrada, com os espaços e com sua biodiversidade, de forma pelo menos positiva. Caso contrário, se os povos originários agissem como os supremacistas brancos agiram e agem, os tais invasores não teriam encontrado pedra sobre pedra e viveriam as mesmas agruras que os descendentes do invasores estão vivendo agora. Sentem a diferença de relacionamento dos supremacistas com os espaços e que são completamente diferentes daquele que os povos originários têm?

Mudanças Climáticas: Por que apostar nos saberes ancestrais

Sem questionamentos supremacistas: o Brasil não pode mais abdicar dos saberes de quem vive há séculos nesse continente e que não o invade. Os povos originários, sempre desprezados e humilhados, mostram para os que têm por prática a invasão, a agressão, a submissao e o esbulho, que o futuro de todos somente acontecerá quando todos os que aqui habitam realmente cheguem nesse espaço geográfico chamado Brasil. Os tempos que os invasores têm passado por aqui não tem sido de harmonia e integração, nem com os espaços, nem entre eles e os povos originários. Até quando? Quando o último dos invasores for embora ou desaparecer?

Emergêcia climática: Há duzentos anos…

Ao se ler o texto da historiadora, pode-se constatar de como chegaram os europeus, desde o século XV, em nossas terras. Vieram não para ficar, mas para explorar o ‘eldorado’ para depois de enriquecerem, voltarem para seus torrões natais, agora sim para não passarem fome nem ficarem na periferia da sociedade excludente europeia. Vê-se que nunca nem se interessaram em se integrar com os povos que já viviam aqui há séculos. E assim continua até os dias de hoje. Basta ver como se invadiu a partir da ditadura militar, entre os anos 60 e 80 do século XX, todo o bioma do Cerrado e da Amazônia. Nunca procuraram ver como os povos se integravam como os ambientes, até para construirem uma troca de conhecimentos e possibilidades de não devastando, agregar conhecimentos que poderiam alavancar os saberes tradicionais. Esses diferentes dos brancos nunca desrespeitam os aspectos essencias de todas as Vidas que formam cada um dos ecossistemas que integram os riquíssimos e belíssimos biomas que moldam as nossas paisagens. E tem sido ainda muito pior do que se disse até aqui. Além de não se integrarem com os ambientes e os povos, ainda tiveram a firme intenção não só de arrasar com os espaços naturais, mas eliminar, literalmente, todos os povos originários. Temos convivido há séculos com assassinos supremacistas brancos que se apropriam do bem comum de todos os brasileiros para seu exclusivo desfrute. E deixam atrás de si uma tal paisagem que, por total desequilíbrio ambiental, quando não são os próprios que a devastam, favorecem que ações naturais como agora as climáticas, acabem se transformando em algozes de vastos ecossistemas como está acontecendo no Rio Grande do Sul. Quando os eurodescendentes se convencerão de que não são mais europeus, mas sim brasileiros para que possamos ter uma sociedade mais inteligente por acolher todas as diversidades que nosso país dispõe, tanto de gente como de vida natural?

Emergênica climática: O “maluco” Lutz já alertava, e ele tinha razão

Talvez se o Lutz, agora, tivesse a oportunidade de ouvir de novo o Ailton Krenak teria entendido que os tempos de hoje não são mais de ecologistas que ainda veem a ‘natureza’ como algo a ser ‘defendido’. Penso que compreederia que mais do que ecologia, os dias de hoje é de todos tornarmo-nos Seres Coletivos. Exatamente como o Krenak coloca não como uma proposta humanista, filosófica ou espiritual, mas como uma maneira simples e humilde de ser e estar no mundo. Somente mais um Ser, dentre todos os outros que vivem no Planeta, que está, visceral e emocionalmente, integrado com todos os outros. Ou seja, todos estão no mesmo plano, ninguém é mais ou menos do que os outros. E a convivência com tudo seria entendido como divino e telúrico. Só isso! Indo além da ideia que Lutz trazia, nos termos europeus, da convivialidade, imaginado por Ivan Illich que pensava numa sociedade mais voltada para o ser humano. Krenak vai mais fundo ao se colocar somente como mais um Ser entre todos os terráqueos

Emeregência climática: Como as alterações climáticas estão provocando uma epidemia global de problemas de saúde imunitária e como travá-los

Uma matéria como essa de uma médica que atua exatamente nessa área, destaca, como faz, o que representa para a sociedade como um todo, os efeitos sobre sua saúde das mudanças climáticas. É uma joia. Estimula-nos a pensar como, individualemente, podemos agir dentro de nossas limitações, para contribuirmos efetivamente para aplacar esses prognósticos sobre essas realidades extremas do clima. Vivemos, no aqui e agora, plasmadas no Rio Grande do Sul/Brasil e Afaganistão, concomitamentemente, essas enchentes arrasadoras. Assim essas informações aqui compartilhadas por essa médica, ratifica todas as outras que tratam desse mesmo tema. Temos que nos insurgir contra esse paradigma do supremacismo branco eurocêntrico que se considerando efetivamente superior, faz ouvidos moucos inclusive para cientistas de sua mesma civilização porque não interessa à doutrina do capitalismo indigno e cruel saber dessas ‘coisas’. Mostra que não enxerga um palmo além de seu nariz, a não o dinheiro a quem devota todo seu amor, sua competência, seus saberes e sua visão de mundo. Até porque muito dos atuais ‘donos do mundo’, cinicamente, não sofrerão os efeitos nefastos de suas ações irresponsáveis e criminosas. Ou porque já terão morrido ou porque terão condições de criar seus oásis para desviarem e/ou suportarem aquilo que a população planetária sofrerá, indefesa, em sua própria carne.

Emergência climática: “Não tem mais volta”

Temos, toda a população global, com todos os extremos que estão se plasmando em todo o planeta, que exigir de quem escolhemos para governar, legislar e administrar nossos países, total responsabilidade sobre todos os seus atos que estão levando à dor e à desgraça, nunca para eles, mas para toda a sociedade da Terra. E é claro, de todos os ‘empreendedores’, ruralistas e ‘homens dos negócios’ que têm feito toda essa devastação que origina essa afirmativa desse honorável cientista brasileiro. É terrível! Já basta os ouvidos de mercador que todos os inconsequentes que vieram antes e que estão agora, nababescamente sentados em suas poltronas ou em seus tratores, fasendo tudo contra a harmonia e saúde de todos. Basta estarem surdos para os profetas-cientistas e cidadãos como Lutenberger, Lewgoy, Magda Renner e tantos e tantos outros, por exemplo, no próprio Rio Grande, que clamavam de que isso iria acontecer. Bem, não ouviram e a população sofre. Mas agora a palavra chave é: chega!! Chega desse roubo não mais do futuro de todos, mas do nosso presente, aqui e agora.

Emergência climática: Bancada do agro criou bomba climática ao destruir a legislação ambiental

É aterrador o que se constata no Rio Grande do Sul. Situação que já havia sido trazida pelo grande ecologista Lutzenberger, ainda nos anos 80 e 90. Mas incompreensivelmente a população escolhe os piores legisladores e governantes tanto no estado como a nível federal, fazendo com que resulte nessa tragédia por estarem modificando todas as conquistas que se fez, no que tange à proteção da população por integração com a harmonia ambiental, nos anos 70, 80 e 90. O rertrocesso é dramático e está aí! Mas quem sofre são exatamente os que votam nesses políticos negacionistas e devastadores.

Emergência Climática: Seca não dá trégua e Texas tem pior temporada de incêndios de sua história

Como esse país que vive hoje tantos reflexos relacionados às mudanças climáticas, pretende eleger um grande negacionsta dessa realidade, além de criador de fatos e situações total e completamente fictícias sobre tudo o que traz outra visão sobre a geração de energia chamada sustentável e renovável?! Provavelmente como tem-se visto como a direita e extrema-direita tomadas pelo fanatismo do ‘neo-evangelismo’ na Europa, parece que nos EUA, o mesmo movimento pode estar sendo sustentado pelas imensas corporações petroagroquímicas já que serão esses políticos que lhes defenderão em sua criminosa forma de empreender em suas relações com a sociedade global.