Tradições
Há algumas publicações atrás que fizemos sobre a ação, dos agora definidos como ‘neogaúchos’ pelo historiador aqui presente nessa matéria, em nosso território brasileiro, demonstra que foram, provavelmente de forma inconsciente, dominados pela mesma ideologia dos ibéricos que aportaram por aqui no século XV em diante. A mesma prepotência, a mesma visão, mesmo nos mais empobrecidos, de sua superioridade étnica e ambiental. Tudo o que viram foram recursos de cunho econômico e nunca se conectaram, mesmo com a dificuldade da comunicação verbal, com os que aqui já habitavam há séculos. E em função de seu supremacismo, hoje vivemos em todo o país, de sul a norte, o mesmo desprezo e a mesma ignorância que arrasa com tudo e todos os seres vivos, incluindo os humanos. Deprezam ainda hoje, e vemos isso fortemente no centro-oeste, no norte e no nordeste, de tal forma a paisagem e seus habitantes racionais ou não, que devastam todos os ambientes para tentarem saciar sua voraciada insaciável e como Fantasmas Famintos, há 200 anos fazem do restante do pais, o que fizeram no sul. E são seus eurodescendentes de hoje que colhem os amargos e deprimentes frutos dessa arrogância e voracidade sem limites. E isso está tão candente que mesmo em seu continente de origem, a Europa, hoje vivem tempos de tensão com a escalada vertiginosa do neofascismo e do fundamentalismo da direita dura ou extrema direita que tem por objetivo, abocanhar qualquer palmo de terra e de vida que representar dinheiro. Mesmo que isso leve à derrocada de toda a sociedade global. Assim, o que se vive aqui é fruto dessa doutrina do capitalismo indigno, filho espúrio do supremacismo branco eurocêntrico que contamina todas as etnias planetárias.