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Porto Alegre e Davos encontram-se no Rio.

Um formidável confronto de forças humanas, sociais, econômicas e políticas está acontecendo ao longo deste mês de junho na cidade do Rio de Janeiro. Ao se realizarem sob o guarda-chuva de um mesmo evento, popularizado como Rio + 20, a Conferência da ONU para o Desenvolvimento Sustentável e a Cúpula dos Povos pela Justiça Social e Ambiental promovem numa mesma cidade, o encontro de personagens que vêm se confrontando a distância há mais de uma década.

‘É preciso reinserir a ética no centro do debate econômico’.

Na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que começa nesta quarta-feira, o mundo discutirá a transição para uma economia verde, mas talvez o debate devesse ir muito além disso, num processo do qual emergisse um novo arranjo s social que pusesse a ética no centro da vida econômica. A proposta, do economista da USP Ricardo Abramovay, está em Muito Além da Economia Verde, livro que ele lançou na semana passada para jogar mais lenha na fogueira às vésperas da Rio+20.

O falso verde, artigo de Míriam Leitão.

Em tempos de construção de imagem verde para o mundo ver, o governo tem dito que está incluindo o econômico na questão ambiental. Não é verdade. Se incluísse, determinaria às montadoras o desenvolvimento de motores mais eficientes ao usar o álcool; os bancos públicos fariam exigências de respeito às leis ambientais na concessão dos empréstimos; os impostos seriam reduzidos para produtos e energia de fato sustentáveis.