
Imagem por Rawpixel
https://www.ehn.org/laptop-classroom-wireless-radiation
Equipe de Ciências da Saúde Ambiental
27 jun 2025
[Nota do Website: Um assunto por demais complexo em função da opção atual de que as crianças, além dos adultos, tenham acesso ao uso constante de aparelhos como computadores e celulares. Sem dúvida um tema por demais preocupante já que essa linha de ação social parece ser irreversível].
Em um estudo pioneiro publicado no Journal of Microwaves, Optoelectronics and Electromagnetic Application, pesquisadores simularam o uso de um laptop conectado via Wi-Fi em uma sala de aula e mediram a exposição cumulativa de crianças e adultos à radiação sem fio.
Resumidamente:
- A exposição à radiação sem fio na cabeça e nas costas de uma criança aumenta até 40 vezes quando ela está cercada por outras crianças com laptops, devido às emissões cumulativas de todos os dispositivos próximos.
- As taxas de absorção de Wi-Fi nas mãos das crianças aumentaram em três vezes no ambiente de grupo.
- Em adultos, a taxa de absorção de Wi-Fi na cabeceira da cama foi 10 vezes maior quando sentados em fileiras compactas na sala de aula, em comparação a quando usavam apenas um laptop.
Citação principal:
“As comunicações sem fio devem ser evitadas em locais onde as pessoas possam permanecer por muito tempo, como salas de aula, bibliotecas, escritórios, residências, etc., e os dispositivos devem ser conectados usando cabos (por exemplo, ethernet ou fibra óptica), aumentando assim a largura de banda e reduzindo o consumo de energia.”
Exposição à radiação sem fio em uma sala de aula com computadores sem fio – Soares et al.
Por que isso é importante:
A exposição diária à radiação sem fio — emitida por dispositivos como celulares, laptops, tablets e roteadores Wi-Fi — está aumentando constantemente. Com a incorporação de dispositivos sem fio nas salas de aula, as crianças frequentemente passam várias horas por dia cercadas por fontes de radiação sem fio. Os limites de segurança atuais para exposição à radiação sem fio baseiam-se apenas em exposições de curto prazo e em testes de segurança pré-comercialização que consideram apenas a exposição a um único dispositivo. Este estudo destaca que as condições reais de sala de aula envolvem exposições cumulativas, com sinais de Wi-Fi de vários laptops interagindo e aumentando a quantidade total de energia absorvida pelo corpo. Essas exposições provavelmente aumentam ainda mais com dispositivos adicionais, como smartphones nos bolsos ou mochilas.
Grupos de especialistas, como a Associação Médica de Santa Clara, recomendam reduzir a exposição de crianças à tecnologia sem fio nas escolas para mitigar os riscos à saúde, e pesquisadores descreveram como projetar tecnologias mais seguras dentro de edifícios.
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Tradução livre, parcial, de Luiz Jacques Saldanha, julho de 2025