Química sintética: Relatório diz que flúor em nível duas vezes maior que o limite recomendado está relacionado a menor QI em crianças

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água Com Pfas

Água nos EUA com flúor. Jim Cole

https://apnews.com/article/fluoride-water-brain-neurology-iq-a671d2de3b386947e2bd5a661f437a5

MIKE STOBBE

22 de agosto de 2024

[NOTA DO WEBSITE: Publicação importantíssima porque questiona determinados paradigmas da química -sintética- moderna como se natural fosse. E também, em nosso ponto de vista, ainda ignoram que a mesma ciência ‘moderna’ demonstra que a visão de Paracelsus, gerador desde a Idade Média, de que as relações de dose e efeitos seriam as que demonstrariam seus efeitos tóxicos, já não vige mais nas substâncias que são disruptoras endócrinas. Principalmente porque os mesmos elementos chegam à Vida via formulações totalmente diferentes. Umas são constituídas de forma natural e as outras de forma artificial. Parecem, nos paradigmas atuais, esquecer de que Paracelsus tratava de moléculas naturais, mas hoje lidamos com moléculas sintéticas. Além do mais, sempre apresentadas de maneira desconexas sem levarem em conta a enxurrada de produtos formulados por estas mesmas substâncias independentemente se naturais ou sintéticas. E assim o elemento não está mais como se apresentam naturalmente, mas em fórmulas que a Vida desconhece. Assim, perguntamos: como se pode considerar que as sintéticas serão degradas se a Vida nem sabem quem elas são?].

NOVA YORK (AP) — Um relatório do governo dos EUA que deve gerar debate concluiu que o flúor na água potável, em quantidade duas vezes maior que o limite recomendado, está relacionado a um menor QI em crianças (nt.: aqui neste material, para nós infelizmente, não há nenhuma conexão deste ‘flúor’ com os forever chemicals/químicos eternos, os , como se suas presenças estivessem ‘desconectadas’ quando se considera a totalidade dos organismos vivos).

O relatório, baseado em uma análise de pesquisa publicada anteriormente, marca a primeira vez que uma agência federal determinou — “com confiança moderada” — que há uma ligação entre níveis mais altos de exposição ao flúor e menor QI em crianças. Embora o relatório não tenha sido elaborado para avaliar os efeitos do flúor na saúde apenas na água potável, é um reconhecimento impressionante de um risco neurológico potencial de altos níveis de flúor.

O flúor fortalece os dentes e reduz cáries ao repor minerais perdidos durante o desgaste normal , de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA. A adição de baixos níveis de flúor à água potável tem sido considerada há muito tempo uma das maiores conquistas de saúde pública do último século.

“Acho que este (relatório) é crucial para nossa compreensão” deste risco, disse Ashley Malin, pesquisadora da Universidade da Flórida que estudou o efeito de níveis mais altos de flúor em mulheres grávidas em seus filhos. Ela o chamou de o relatório mais rigorosamente conduzido de seu tipo.

O tão esperado relatório divulgado em meados deste agosto-feira vem do National Toxicology Program, parte do Department of Health and Human Services. Ele resume uma revisão de estudos, conduzidos no Canadá, China, Índia, Irã, Paquistão e México, que concluem que beber água contendo mais de 1,5 miligramas de flúor por litro é consistentemente associado a QIs mais baixos em crianças (nt.: se as pesquisas trazidas pelo documentário “Amanhã, seremos todos cretinos?‘, a dose é irrelevante já que o flúor teria a capacidade de deslocar o iodo dos hormônios da tiroide materna e com isso prejudicariam desde a fase embrionários, o saudável desenvolvimento do sistema nervoso central).

O relatório não tentou quantificar exatamente quantos pontos de QI podem ser perdidos em diferentes níveis de exposição ao flúor. Mas alguns dos estudos revisados ​​no relatório sugeriram que o QI era de 2 a 5 pontos menor em crianças que tiveram exposições maiores (nt.: o QI considerado normal deverá girar em torno de 100 a 110, no Brasil estamos com uma média de 83!).

Desde 2015, autoridades federais de saúde recomendam um nível de fluoretação de 0,7 miligramas por litro de água, e por cinco décadas antes a faixa superior recomendada era 1,2. A Organização Mundial da Saúde estabeleceu um limite seguro para flúor na água potável de 1,5.

O relatório disse que cerca de 0,6% da população dos EUA — cerca de 1,9 milhão de pessoas — usa sistemas de água com níveis naturais de flúor de 1,5 miligramas ou mais.

“As descobertas deste relatório levantam questões sobre como essas pessoas podem ser protegidas e o que faz mais sentido”, disse Malin.

O relatório de 324 páginas não chegou a uma conclusão sobre os riscos de níveis mais baixos de flúor, dizendo que mais estudos são necessários. Ele também não respondeu o que altos níveis de flúor podem fazer aos adultos.

A American Dental Association, que defende a fluoretação da água, criticou versões anteriores da nova análise e da pesquisa de Malin. Solicitada a comentar, uma porta-voz enviou um e-mail na quarta-feira à tarde informando que os especialistas da organização ainda estavam revisando o relatório.

O flúor é um mineral que existe naturalmente na água e no solo. Cerca de 80 anos atrás, cientistas descobriram que pessoas cujos suprimentos de água naturalmente tinham mais flúor também tinham menos cáries, desencadeando um esforço para fazer com que mais americanos usassem flúor para uma melhor saúde bucal (nt.: vale a pena conhecer materiais publicados em nosso website que mostram como surgiu esta ‘ciência do flúor’. Imprescindível conhecer para se reconhecer se esta ‘ciência’ é ou não disfuncional).

Em 1945, Grand Rapids, Michigan, tornou-se a primeira cidade dos EUA a começar a adicionar flúor à água da torneira. Em 1950, autoridades federais endossaram a fluoretação da água para prevenir cáries dentárias e continuaram a promovê-la mesmo depois que marcas de creme dental com flúor chegaram ao mercado vários anos depois. Embora o flúor possa vir de várias fontes, a água potável é a principal fonte para os americanos, dizem os pesquisadores.

As autoridades reduziram a recomendação de níveis de flúor na água potável em 2015 para tratar uma condição dentária chamada fluorose, que pode causar manchas nos dentes e estava se tornando mais comum em crianças nos Estados Unidos.

Separadamente, a Agência de Proteção Ambiental manteve uma exigência de longa data de que os sistemas de água não podem ter mais de 4 miligramas de flúor por litro. Esse padrão é projetado para prevenir fluorose esquelética, um distúrbio potencialmente incapacitante que causa ossos mais fracos, rigidez e dor.

Mas cada vez mais estudos têm apontado para um problema diferente, sugerindo uma ligação entre níveis mais altos de flúor e desenvolvimento cerebral. Pesquisadores se perguntaram sobre o impacto no desenvolvimento de fetos e crianças muito pequenas que podem ingerir água com fórmula infantil. Estudos em animais mostraram que o flúor pode impactar a função celular neuroquímica em regiões cerebrais responsáveis ​​pelo aprendizado, memória, função executiva e comportamento.

Em 2006, o National Research Council, uma organização privada sem fins lucrativos em Washington, DC, disse que evidências limitadas da China apontavam para efeitos neurológicos em pessoas expostas a altos níveis de flúor. Ele pediu mais pesquisas sobre o efeito do flúor na inteligência.

Depois que mais pesquisas continuaram a levantar questões, o Programa Nacional de Toxicologia começou a trabalhar em 2016 em uma revisão dos estudos disponíveis que poderiam fornecer orientação sobre a necessidade de novas medidas de limitação de flúor.

Houve rascunhos anteriores, mas o documento final foi repetidamente retido. Em um ponto, um comitê de especialistas disse que a pesquisa disponível não apoiava as conclusões de um rascunho anterior.

“Como o flúor é um tópico tão importante para o público e para as autoridades de saúde pública, era fundamental que fizéssemos todos os esforços para acertar a ciência”, disse Rick Woychik, diretor do Programa Nacional de Toxicologia, em uma declaração.

Malin disse que faz sentido para mulheres grávidas reduzirem sua ingestão de flúor, não apenas da água, mas também de certos tipos de chá. Também pode fazer sentido ter discussões políticas sobre se deve ou não exigir o conteúdo de flúor nos rótulos de bebidas, ela disse.

Tradução livre, parcial, de Luiz Jacques Saldanha, setembro de 2024

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