Possível conexão entre altos níveis de BPA na fase pré-natal e anormalidades neurocomportamentais do neonatal.

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Uma nova pesquisa em caso de anormalidades neurocomportamentais observadas em lactente e concentrações extremamente altas de (BPA) da  mãe de um nenê, sugere uma conexão entre os dois.

http://www.sciencenewsline.com/medicine/2011051213000055.html

 

Pesquisa detecta nível mais elevado de BPA reportado em mulher grávida e a associação com anormalidades em lactente.

 

SEATTLE, May 11, 2011 – A pesquisa, publicada no periódico Environmental Health Perspectives, tem por título: Um estudo de caso de alta exposição pré-natal ao Bisfenol A e neurocomportamento de latente neonatal, foi conduzida pela pesquisadora Sheela Sathyanarayana, MD do Seattle Children's Research Institute. O BPA, um quimico sintetizado artificialmente, é empregado em ampla variedade de produtos incluindo: lâmina interna de latas de conserva e de refrigerantes e cervejas; resina plástica resistente denominada policarbonato/PC em produtos como mamadeiras infantis e copos reutilizáveis, além de selantes odontológicos.

O pode ser a maior fonte de exposição ao BPA devido à contaminação dos produtos durante a preparação e processamento. O BPA tem propriedades estrogênicas (age como o hormônio feminino). Em pesquisa com animais, a exposição precoce ao BPA, no ciclo de vida, pode levar a uma variedade de anormalidades nos primeiros momentos do desenvolvimento do cérebro, da glândula da próstata, dos tecidos das mamas e no comportamento.

Em pesquisa com seres humanos, esta exposição precoce tem sido estudada extensivamente. Entretanto, um estudo detectou uma associação entre a exposição ao BPA na gravidez e atitudes comportamentais anormais em meninas. Em adultos, aumento de exposição a este produto tem sido associado com mudanças  nas concentrações hormonais, qualidade dos e endometriose.

“Mulheres grávidas são muitas vezes expostas ao BPA em seu cotidiano”, diz Sathyanarayana, pediatra  e especialista em saúde ambiental junto ao Seattle Children, além de professora assistente de pediatria junto à Faculdade de Medicina da Universidade de Washington. “É importante que stejam cientes das fontes potenciais de BPA, para que possam tomar medidas no sentido de evitar exposições desnecessárias”.

Neste estudo de caso, Sathyanarayana e colaboradores relataram uma mãe específica e sua a partir de um estudo maior (Health Outcomes and Measures of the Environment – HOME study) que analisou a exposição ao BPA por mulheres grávidas e, em seguida, examinados os seus bebês quanto aos seus desenvolvimentos neurológicos. Na 27ª semana de gestação, a mãe teve a maior concentração de BPA urinária relatada, de alguém na população em geral. Ela informou ter consumido alimentos enlatados e bebidas em latas, além de usar recipientes de plástico para armazenamento e aquecimento dos alimentos em microondas, durante todo o período da gravidez. Todas essas exposições podem ter levado à sua concentração extremamente elevada de BPA. Seu bebê teve um exame neurocomportamental normal como recém-nascido, mas apresentou muitos problemas neurocomportamentais quando da visita de estudo de um mês, incluindo: aumento do tônus ​​muscular, tremores e movimentos anormais. A criança passou a ter avaliações normais neurocomportamentais anualmnte, de um a cinco anos de idade.

Este estudo de caso confirma estudos anteriores documentando várias fontes de exposição ao BPA em humanos. Além disso, ele destaca a necessidade de prestadores de serviços médicos estarem cientes dos efeitos nocivos da exposição de BPA para que eles possam orientar adequadamente as famílias sobre a prevenção. O estudo também identifica as fontes potenciais de exposição ao BPA que podem ser eliminadas para se reduzir riscos no futuro.

“As famílias podem diminuir sua exposição ao BPA, comendo frutas e legumes frescos (por oposição aos alimentos processados ​​e enlatados) e diminuindo o uso de recipientes de plástico para armazenamento de alimentos”, disse Sathyanarayana. “Verifique o código de do plástico na parte inferior. Se ele mostra #7, então o plástico pode conter BPA” (nt.: este número identifica a resina plástica policarbonato, PC).

Este projeto de pesquisa foi financiado pelo apoio dos National Institutes of Health e pelo National Institute of Environmental Health Sciences (nt.: dois setores ligados ao Ministério da Saúde dos ). Juntamente com Sathyanarayana, o grupo de pesquisa incluiu: Joe M. Braun, PhD, da Harvard School of Public Heath; Kimberly Yolton, PhD, e Bruce P. Lanphear, MD, do Cincinnati Children's Hospital Medical Center; e Stacey Liddy, MS, do BC Children's Hospital.

Dicas para reduzir a exposição ao BPA tanto para mulheres grávidas como o conhecimento de outros responsáveis e cuidadores:

Pode-se eliminar completamente o BPA, mas existem passos que se pode tomar para reduzir a exposição familiar a ele:

  1. Limitar a quantidade de alimentos enlatados que se consome.
  2. Lavar frutas e vegetais enlatadas antes de comer. Quando possível, escolher frutas e verduras frescas.
  3. Limitar a quantidade de bebidas em latas que se ingere.
  4. Evitar o uso de recipientes plásticos para armazenar alimentos e bebidas com o n° 7 na base (nt.: policarbonato). Se tiver esta numeração pode conter BPA.
  5. Evitar usar mamadeira plástica com o n° 7.
  6. Decrescer o uso de todos os recipientes de plástico para alimentos.
  7. Evitar usar recipientes de alimentos plásticos para aquecer no aparelho de microondas. (Altas temperaturas aumentam a chance do alimento absorver o BPA.)
  8. Usar cobertura de cerâmica, vidro ou outro material que possa ser levado ao microondas quando aquecer alimentos.
  9. Evitar alimentos infantis em lata. Em vez disso, usar formulas em pó ou líquida em recipientes de plástico ou de vidro.

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Para ler o estudo, visitar:
Environmental Health Perspectives http://ehp03.niehs.nih.gov/article/fetchArticle.action?articleURI=info%3Adoi%2F10.1289%2Fehp.1003064

Para mais informações para os pais e cuidadores, visitar:

Department of Health and Human Services
http://www.hhs.gov/safety/bpa/

Para mais informações para os médicos, visitar:

Pediatric Environmental Health Specialty Units
http://www.aoec.org/PEHSU.htm

Formado por especialistas formalmente treinados em saúde ambiental, incluindo médicos. Fornece evidências baseadas na educação e na consulta a profissionais da área do cuidado da saúde, dos governos locais e estaduais, além de famílias .

American Academy of Pediatrics: Pediatric Environmental Health Handbook
https://www.nfaap.org/netforum/eweb/dynamicpage.aspx?site=nf.aap.org&webcode =aapbks_productdetail&key=17837ee5-f0fd-4486-9bcc-64f986b0f703

Fornece listagens e guias descritivos e clínicos, endereçados a tópicos pediátricos de saúde ambiental.

National Environmental Education Foundation
http://www.neefusa.org/health/PEHI/index.htm

Fornece numerosos recuros educacionais e ambientais, incluindo folhetos sobre a história da saúde ambiental pediátrica.

Physicians for Social Responsibility
http://www.psr.org/resources/pediatrictoolkit.html#what

Fornece evidências baseadas em ferramental de saúde ambiental para os cuidadores utilizarem.

Sobre o Children's Research Institute, da cidade de Seattle, estado de Washington.

Na vanguarda da investigação médica pediatra, está estabelecendo novos padrões em cuidados pediátricos e encontrando novas curas para doenças da infância. Cientistas reconhecidos internacionalmente e médicos do Instituto de investigação estão avançando novas descobertas em , genética, imunologia, patologia, doenças infecciosas, prevenção de lesões e bioética. Com o Hospital I e a Fundação do Hospital Infantil de Seattle, o Instituto reúne as melhores mentes em pesquisa pediátrica para oferecer aos pacientes os melhores cuidados possíveis. Todo complexo serve como o ensino básico, clínicos e espaço de pesquisa para o Departamento de Pediatria na Escola de Medicina da Universidade de Washington, que é consistentemente classificado como um dos melhores departamentos pediátricos no país. Para obter mais informações, visite: http://www.seattlechildrens.org/research.

By Louise Maxwell, Seattle Children's Research Institute.

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