O consumo sustentável como item de sobrevivência para o futuro.

Duas datas em outubro convidam o brasileiro para repensar seu papel diante da . A primeira é o Dia do Consumo Sustentável, instituído pelo Ministério do Meio Ambiente em 15 de outubro de 2009 para despertar a atenção das pessoas sobre o tema. Quatro dias depois, temos o início do horário de verão para a maioria dos estados brasileiros. O objetivo é prático: adiantar uma hora nos relógios para estender o dia e economizar energia. Porém, mesmo com eventos tão importantes, o país continua longe de implementar o consumo consciente na sociedade.

 

 

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por Vagner Luis*

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Os números da última pesquisa do governo federal sobre a consciência ambiental da população do Brasil são desanimadores. Dois terços dos brasileiros desconhecem o significado do termo “consumo sustentável”. Além disso, entre os que responderam afirmativamente, metade possui um conhecimento equivocado ou apenas parcialmente certo, relacionando apenas à economia de água e energia, compra de produtos que fazem bem à saúde ou até mesmo aquisição de itens mais baratos.

Consumir algo de forma sustentável é mais do que simplesmente reutilizar água ou fazer bem para a saúde humana. É, sobretudo, procurar soluções que não agridam o meio ambiente e a comunidade que o cerca. Isso exige um esforço maior da pessoa: ela precisa conhecer o ciclo de vida dos itens que adquire, desde a sua fabricação até o descarte ecológico. Muitos produtos podem ter rótulos sustentáveis, mas envolvem uma grande emissão de gás carbônico em sua manufatura.

Mas não são apenas os pontos ambientais que precisam ser levados em conta. Comprar produtos pirateados ou contrabandeados também é uma forma de consumo predatório, pois estimula a violência, o crime organizado e impede a criação de mais empregos. Gastar mais do que possui também não é uma ação sustentável, pois vai contra a filosofia simples de adquirir apenas o necessário. Por fim, ter uma postura passiva perante empresas que desrespeitam as leis (sejam elas ambientais ou não) também prejudica o enraizamento do conceito no Brasil.

Nesse ritmo de consumo e produção, em menos de 50 anos serão necessárias duas Terras para atender as necessidades básicas da população, como água, energia e alimentos. A humanidade já consome 30% a mais dos recursos naturais do que a própria capacidade de renovação. Veja, Mahatma Gandhi, pensador nascido em 1869 dizia – “existem recursos suficientes neste planeta para atender as necessidades de todos, mas não o bastante para satisfazer o desejo de posse de cada um”. Isso significa o quanto já é passada a hora dos consumidores adotarem uma postura mais consciente em relação ao planeta.

Os primeiros passos precisam ser dados, começando com ações rotineiras e simples. O plantio de árvores contribui muito para a redução do gás carbônico. Organizar os resíduos sólidos de acordo com a coleta seletiva estimula a reciclagem de diversos materiais e comprar itens sustentáveis faz com que fabricantes repensem suas linhas de produção. O consumo sustentável não é apenas um estilo de vida. É questão de sobrevivência para as próximas gerações.

* Vagner Luis é Diretor Executivo da GreenClick, empresa que contribui com a neutralização da emissão de CO2 no país.

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Anversos da crença

Não vislumbro um futuro humano plástico, mas muito plástico no futuro desumano. E não falo de monturos, falo de montanhas de plástico impuro. Falo de futuro suástico, inseguro, iconoclástico. Plásticos grandes e pequenos, moles e duros, que se amontoam. Nanoplástico que se respira, que se bebe e se come, se adoece, se morre e se consome. Presente fantástico de futuro hiperplástico, plástico para sempre, para sempre espúrio, infértil e inseguro. Acuro todos os sentidos e arrepio em presságios. Agouros de agora, tempos adentro, mundo afora. Improvável um futuro fúlguro! Provavelmente escuro e obscuro. Assim, esconjuro e abjuro!

João Marino