Resumo da história.
- Quando os químicos entram em contato com a pele são absorvidos, indo diretamente à corrente sanguínea sem filtragem de nenhuma espécie, acabando diretamente em todos os delicados órgãos femininos;
- Produtos de higiene feminina, como tampões e absorventes, são uma fonte frequentemente ignorada de uma variedade de ingredientes potencialmente tóxicos, incluindo organismos geneticamente modificados e agrotóxicos;
- Dos fabricantes de tampões e absorventes não são exigidos a abrirem os componentes usados em seus produtos;
- Um absorvente convencional contém o equivalente a mais ou menos quatro sacos plásticos;
- Um número de químicos chamados plastificantes vêm sendo conectados a disfunção hormonal e a processos doentios associados a doenças do coração e câncer. Os tampões convencionais e os absorventes podem também conter dioxinas (nt.: ver tudo o que tem no site sobre esta molécula), fibras sintéticas e aditivos petroquímicos; e
- Os tampões podem reagir com bactérias no corpo da mulher criando um ambiente ideal para as bactérias se multiplicarem, provocando a síndrome do choque tóxico/SCT (nt.: em inglês é toxic shock syndrome/TSS).
http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2013/05/22/feminine-hygiene-products.aspx?e_cid=20130522_DNL_art_1&utm_source=dnl&utm_medium=email&utm_content=art1&utm_campaign=20130522
By Dr. Mercola
O fato é que o tipo de produtos de higiene feminina que as mulheres têm utilizado, vem sendo raramente discutido. No entanto, é efetivamente um importante tópico para cada mulher tomar conhecimento.
A pele é o maior órgão que o ser humano tem em seu corpo e também o mais fino. Menos que 1/10 de uma polegada (nt.: cada polegada mede 2,54 cm) separa nosso corpo das toxinas potenciais. Pior ainda, nossa pele é altamente permeável — especialmente a pele em torno da área vaginal, sem mencionar a do interior da própria vagina.
Por isso é tão importante se saber quais ingredientes são utilizados nos tampões e absorventes femininos.
A maioria dos itens que estão em constante contato com o corpo feminino irão para sua corrente sanguínea e serão distribuídos pelo seu organismo. Por isso sou tão veemente em afirmar que: “não coloque nada em teu corpo que tu não possas comer se tiveres que fazer isso”.
Colocar substâncias químicas sobre a pele pode na verdade ser pior do que comê-las. Quando se come algo, as enzimas na nossa saliva e estômago auxiliam a metabolizá-lo e excretá-lo de seu organismo.
No entanto, quando estas moléculas entram em contato com a pele, são absorvidos de forma direta pela corrente sanguínea sem filtragem de nenhuma espécie, indo diretamente para os delicados órgãos femininos. E uma vez que ela encontra a via para acessar o organismo, tendem a acumular-se no tempo em razão de inexistirem efetivamente enzimas necessárias para decompô-las.
Na minha opinião, o reino da higiene feminina pode ser comparado a uma “bomba relógio”. Em razão de que, quando se considera a exposição ao longo de uma vida, pode-se acrescentar que: a média de uso por uma norte-americana é de mais do que 16.800 tampões em seu tempo de vida — ou mais de 24.360 se ela estiver fazendo terapia de reposição estrogênica.
E isso só com os tampões … Muitas mulheres usam incontáveis absorventes em lugar ou como adição aos tampões. Quando esta mesma mulher ‘média’ tiver um bebê, poderá também usar absorventes durante a maternidade e no próprio hospital.
O que Realmente Tem Nestes Absorventes e Tampões?
Num artigo mencionado abaixo1, Andrea Donsky, fundadora do Naturally Savvy e coautora do Label Lessons: Your Guide to a Healthy Shopping Cart, revela o quão pouco nos é permitido saber sobre os ingredientes usados nos produtos de higiene feminina.
De fato, os fabricantes de tampões e absorventes não são obrigados a desvelar os ingredientes usados porque estes produtos são considerados “dispositivo médico”.
Quando Andrea chamou a Procter & Gamble diretamente sobre o que havia no seu absorvente Always Infinity, os únicos ingredientes que o serviço ao consumidor forneceu à ela foram: espuma e um ingrediente patenteado chamado Infinicel2 — um material altamente absorvente que pode absorver até 10 vezes o seu peso.
No vídeo acima, ela demonstra o que acontece quando se queima um absorvente orgânico versus um convencional. O absorvente 100% orgânico feito pela Natracare, queima lenta e claramente, quase não liberando absolutamente resíduo de fuligem.
O absorvente Always Infinity por outro lado, com a maioria dos seus ingredientes ocultos, criou um grande volume de fumaça preta e bastante resíduo — indicações de que o absorvente pode conter dioxinas, fibras sintéticas e aditivos petroquímicos.
Realmente, de acordo com sua pesquisa, cada absorvente convencional contém o equivalente a algo como quatro sacolas plásticas! Com tudo o que sabemos sobre a natureza dos riscos dos químicos plásticos (nt.: ver -http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2013/02/09/plastic-dangers.aspx), só este fato já é preocupante.
Por exemplo, químicos usados como plastificantes tipo Bisfenol A (BPA) e o (BPS) geram disfunções no desenvolvimento embrionário e são conectados a doença do coração e câncer. Os ftalatos (Phthalates)— que dão ao papel aplicado ao tampão um acabamento e uma sensação suave — são conhecidos por desregular a expressão dos genes e deles o tipo (DEHP) pode levar a múltiplos danos aos órgãos. Além do plástico do petróleo, os absorventes têm miríades de outros ingredientes potencialmente perigosos, como os neutralizadores de odores e as fragrâncias. Moléculas de produtos sintéticos e das resinas plásticas também restringem o livre fluxo do ar e podem reter o calor e a umidade, promovendo potencialmente o crescimento de fungos e bactérias na área vaginal.
O Preço que se Paga por Tampões e Absorventes ‘Clean‘ e Brancos.
Além do mais, para dar aos tampões e aos absorventes um ‘look’ imaculado, branco e “clean”, as fibras usadas necessitam ser branqueadas. O cloro é comumente utilizado para isso, podendo gerar a molécula tóxica dioxina e outros subprodutos de desinfecção (nt.: em inglês – disinfection-by-products/DBPs) como os trihalometanos. Pesquisas mostram que a dioxina se acumula nos tecidos gordurosos. E de acordo com um relatório rascunhado pela US Environmental Protection Agency/EPA (nt.: Agência Ambiental dos EUA), a dioxina é uma séria ameaça de saúde pública que não tem nível “seguro” de exposição! Relatórios publicados mostram que mesmo em níveis baixos ou mesmo traços de dioxina podem estar conectados a:
- Tecido anormal crescendo no abdome e órgãos reprodutivos;
- Célula anormal crescendo por todo o corpo;
- Supressão do sistema imunológico; e
- Disfunção hormonal e do sistema endócrino.
Enquanto isso, a postura dos funcionários da FDA em relação a quantidades traço de dioxina, é que não há riscos esperados à saúde nestes níveis de dioxinas presente nos tampões … A ONG Naturally Savvy observa que há 10 anos atrás, a representante no Congresso Carolyn Maloney introduziu uma legislação que exigia investigação sobre os riscos potenciais à saúde de qualquer ingrediente utilizado em produtos de higiene feminina, como a endometriose, colo do útero, ovário e mama. Infelizmente, a legislação não passou, e não parece que tal pesquisa tenha sido feita.
Poder-se-ia Estar Absorvendo Transgênicos Via Tampões?
Andrea descobriu um grande número de detalhes chocantes sobre os perigos potenciais colocados pelos tampões e absorventes durante sua pesquisa para o livro, Label Lessons, tais como3:
- Os tampões convencionais contém agrotóxicos … A cultura do algodão representa somente 2,4% da terra de agricultura global, mas cada ano um alarmante $2 bilhões de dólares são gastos em agrotóxicos para serem aspergidos nesta cultura.
- Tampões e absorventes com neutralizadores de odor e outras fragrâncias artificiais são nada menos do que uma sopa química misturada com cores artificiais, poliéster, adesivos, de polietileno tereftalato (PET), polipropileno e propileno glicol (PEG), contaminantes ligados à disfunção hormonal, câncer, defeitos de nascimento, secura e infertilidade.
- Os tampões convencionais em sua maioria provavelmente contenham organismos geneticamente modificados (nt.: em inglês – genetically modified organisms/GMOs). De acordo com a USDA (nt.: equivalente ao Ministério da Agricultura no Brasil), 94% de todo o algodão plantado nos EUA é geneticamente engenheirado.
Como Andrea questiona, inserir os tampões com GMO na vagina muitas vezes a cada mês apresenta alguma diferença com o ingerir alimentos transgênicos? Por tudo o que conhecemos, isso pode ser pior, considerando-se o fato de que as paredes vaginais são altamente permeáveis, permitindo o acesso direto das toxinas na corrente sanguínea — seja agrotóxico ou proteína transgênica do GMO.
Cuidado com a Síndrome do Choque Tóxico.
É importante lembrar que os tampões podem criar um ambiente favorável para o crescimento de bactérias. Micro fissuras na parede vaginal provocadas pelos tampões permitem que bactérias entrem e se acumulem. Um risco reconhecido originário do uso dos tampões é a síndrome do choque tóxico (nt.: em inglês – Toxic Shock Syndrome/TSS), que pode ser causado pelas toxinas venenosas tanto das bactérias Staphylococcus aureus (staph) como as do grupo A das Streptococcus (strep). Esta síndrome pode ser uma condição de ameaça à própria vida. Por isso é tão importante reconhecer os sinais e os sintomas. Se qualquer destes sintomas abaixo aparecer enquanto estiver usando os tampões na menstruação, fique segura de que precisa de assistência médica :
Súbita febre alta Vômito Diarreia Queda da pressão arterial Convulsões Erupções nas palmas das mãos e nas solas dos pés Dores musculares Vermelhão nos olhos, boca e/ou garganta
Pra minimizar os riscos desta condição de risco à vida:
Evitar os tampões super absorventes – escolher a menor taxa de absorção para o fluxo Nunca deixar o tampão durante a noite; em vez disso, usar absorventes Quando inserir o tampão, ser extremamente cuidadosa, não arranhar as paredes vaginais (evitar aplicadores plásticos) Alternar o uso de tampões com absorventes diários ou mini durante a menstruação Trocar os tampões pelo menos a cada 4-6 horas Não usar o tampão entre os ciclos
Alternativas Seguras.
Muitos dos produtos de higiene feminina são feitos principalmente de rayon, viscose e polpa de felpa de celulose de madeira … não algodão — quanto mais orgânico. O rayon e a viscose apresentam um perigo potencial em parte por suas fibras altamente absorventes. Quando usadas em tampões, estas fibras podem espetar a parede vaginal e quando removido o tampão, as fibras soltas ficam para trás dentro do corpo, aumentando o risco de SCT.
Felizmente, existem alternativas seguras e a partir do momento em que o FDA regulamente a absorção dos tampões, todos os que estã no mercado necessitam seguir as mesmas diretrizes. De acordo com o Dr. Philip Tierno, um professor clínico de Microbiologia e Patologia da New York University Medical Centre, 100% dos tampões de algodão “consistentemente testados abaixo dos níveis detectáveis para as toxinas SCT”. Baseada em sua própria pesquisa, Andrea recomenda as seguintes marcas de tampões e absorventes listadas abaixo. Eu também criei uma linha exclusiva de produtos de higiene feminina de algodão orgânico que podem ser encontrados na minha loja virtual.
- Natracare
- Diva Cup
- Seventh Generation Chlorine Free Organic Cotton Tampons
- Glad Rags Organic Pads
- Organyc 100% Organic Cotton Tampons
Tome Uma Atitude: Exija a Total Revelação.
Para exigir a total revelação dos rótulos, a ONG Naturally Savvy criou uma ação peticionária questionando a transnacional Procter & Gamble no sentido de revelar os ingredientes de seus produtos de higiene feminina. Pode-se assiná-la aqui:
“Revelar o que está nos produtos daquilo que eles fazem para ir dentro ou sobre os corpos das mulheres não deveria ser opcional, mas sim uma obrigação!” ela escreveu. “Precisamos de companhias que sejam responsáveis pelos produtos que fabricam. Precisamos saber antecipadamente como evitar o rayon, resíduos de agrotóxic0s, algodão transgênico, dioxinas, toxinas químicas e petroquímicos além de plásticos muitas vezes detectados em produtos de higiene feminina. Precisamos que sejam revelados nos rótulos dos tampões ou absorventes para que, como mulheres, possamos tomar decisões fundamentadas quando vamos adquirir quaisquer produtos”.
Para maiores informações sobre os riscos potenciais existentes e comumente utilizados nos produtos de higiene feminina, pode-se baixar o livro (download the book): Label Lessons: Your Guide to a Healthy Shopping Cart, livremente até 26 de junho de 2013.
Fontes e Referências.
Tradução livre de Luiz Jacques Saldanha, maio de 2013.
Saudações.
Por gentileza queira informa onde realizar o teste de toxidade em policarbonato de carbono.
Agradecimentos.
Atenciosamente.
Noemi Raquel
Boa dia, como estava sem acesso à internet não pude responder de imediato. Somos um site que tem o objetivo de ampliar acesso a algumas informações que estejam, por várias razões, omitidas do grande público. Este artigo é um deles. Sugerimos então fazer contato com o Dr. Mercola, autor do mesmo, para acessarem a este seu interesse. Grato pelo acesso, felicidades, Luiz.