Maior aterro do mundo possui 7 milhões de pneus e pode ser visto DO ESPAÇO.

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Parece mentira, mas é verdade. No Kwait, mais especificamente na região desértica de Sulaibiya, existe esse aterro pra lá de gigantesco, onde são descartados os pneus usados oriundos de diversas partes do mundo — principalmente dos Estados Unidos da América — que pagam para usar esse lixão. A extensão do deserto que já foi tomada por esse depósito de atinge tal proporção que pode até ser vista do espaço. E o depósito está aumentando.

 

 

http://www.portaldomeioambiente.org.br/lixo-e-reciclagem/9468-maior-aterro-do-mundo-possui-7-milhoes-de-pneus-e-pode-ser-visto-do-espaco

 

 

 

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Por Mustafá Ali Kanso

A pergunta que se faz é:

— Por que tais resíduos não são reciclados?
A resposta é a mesma de sempre:

— É mais barato largá-los no ambiente.

Se a população local reclamar o jeito é enviá-los para longe. De preferência em lugares desertos.
Isso nos leva a argumentar sobre a necessidade de leis internacionais mais rigorosas.

O ato de simplesmente abandonar um resíduo no solo, não está apenas adiando a resolução do problema. Está tornando esse problema maior.

A ação das intempéries desencadeia processos complexos e aleatórios que culminam invariavelmente no incremento do potencial de contaminação de tais resíduos que não se restringem simplesmente ao local de seu descarte.

Um dos exemplos mais gritantes é fato de que o acúmulo de pneus e outros resíduos de borracha em uma mesma área tende a produzir incêndios espontâneos. Mesmo em aterros.

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Tais ocorrências, além de intensificarem a do solo — pela disposição de toda uma gama de materiais tóxicos presentes e/ou gerados por e em suas cinzas — bem como produzem, concomitantemente, poluentes gasosos que se difundem pela atmosfera.

Dessa feita, fica cada vez mais evidente a conclusão que a poluição realizada por cada nação, não se restringe tão somente ao seu solo pátrio.

Cedo ou tarde seus efeitos são sentidos em todo o planeta.

O processo de vulcanização da borracha inclui o enxofre na constituição desses materiais, por conseguinte, a sua queima tende a formar óxidos de enxofre, tais como os anidridos sulfuroso e sulfúrico, que transportados pelas correntes aéreas migram para regiões populosas produzindo chuvas ácidas e todo um contingente de mazelas respiratórias.

Por essa razão que tal prática é considerada ilegal na Europa, desde que em 2006 a União Europeia proibiu a utilização de aterros para o descarte de pneus e de outros resíduos similares.
As razões dos europeus não são as mesmas para qualquer cidadão em qualquer região do mundo.
É claro que a proibição simples e crua, não resolve o problema.

São necessárias além das leis, forças políticas que as façam cumprir — seja pela fiscalização oficial — seja pelo engajamento da população.

— Há que se dizer que o rigor das leis ambientais se manifeste com pesadas multas, de tal forma que onere proibitivamente o simples descarte e obrigue as indústrias produtoras de tais materiais que se responsabilizem pelo destino final de seus rejeitos, desenvolvendo técnicas de que tornem seus processos sustentáveis dos pontos de vistas econômico, social e ambiental.

Se isso não for feito urgentemente, quem sabe as maiores obras da humanidade a serem vistas do espaço serão montanhas e montanhas de nosso próprio lixo.

Que herança deixaremos para as gerações futuras?

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Fonte: HypeScience.

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