Crédito: andrezza richter /Flickr
17 de junho de 2024
[NOTA DO WEBSITE: O agronegócio, como tem por princípio o negócio, todo o negócio é negócio. Ou seja, a última coisa que fazem é a produção agrícola que tem como função a geração de alimentos. E como veneno não se coaduna com alimento, utilizar agrotóxicos já demonstra que os produtores não fazem agricultura=cultura no campo. Assim, existir essa realidade de contaminações e violações da saúde de todos os que vivem no entorno, é algo absolutamente óbvio! Agora imagina-se os produtos que são gerados neste processo, como também não serão contaminados?].
O povo Avá-Guarani no Brasil está lutando contra graves problemas de saúde causados pela contaminação por glifosato de plantações de soja e milho próximas, o que levou a uma queixa internacional de direitos humanos contra a Bayer.
Caroline Oliveira reporta para o Brasil de Fato.
Resumidamente:
- Cerca de 4.000 indígenas Avá-Guarani no Paraná, Brasil, estão expostos ao glifosato, o ingrediente ativo do agrotóxico, herbicida, amplamente utilizado chamado Roundup.
- Problemas de saúde como dores de cabeça, tonturas, problemas de pele e câncer são comuns nestas comunidades devido ao vazamento de agrotóxicos de fazendas adjacentes.
- Apesar de estar em uma terra indígena demarcada pelo governo federal, há pouca proteção contra contaminação por venenos agrícolas, o que motivou uma queixa de direitos humanos à OCDE/Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, organismo da ONU, contra a Bayer. Atualmente é quem detém o controle acionário da Monsanto, dona da patente do glifosato/Roundup.
Citação chave:
“Quando eles borrifam veneno, muitas pessoas têm dores de cabeça e vão ao posto de saúde com mais frequência. Toda vez que eles usam veneno, enfrentamos um conjunto de problemas médicos. A longo prazo, algumas pessoas tiveram câncer. Nunca tivemos isso [antes].”
— Celso Japoty Alves, líder Avá-Guarani
Por que isso é importante:
A exposição ao glifosato apresenta riscos significativos à saúde, contribuindo para doenças crônicas e degradação ambiental, criando preocupações com direitos humanos e regulatórias nas práticas agrícolas do Brasil.
Tradução livre, parcial, de Luiz Jacques Saldanha, julho de 2024