Foram 29 ºC graus perto do Oceano Ártico…

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Derretimento Do ártico

https://www.msn.com/en-us/weather/topstories/it-was-84-degrees-near-the-arctic-ocean-this-weekend-as-carbon-dioxide-hit-its-highest-level-in-human-history/ar-AABlBAQ

Jason Samenow – May 14, 2019

Neste fim de semana (11 e 12/05), foi quando o dióxido de carbono atingiu seu nível mais alto na história da humanidade.

Níveis De Carbono Na Atmosfera
Níveis de dióxido de carbono de, aproximadamente, 1750 até o presente. (Scripps Institute of Oceanography)

Durante o final de semana, o sistema climático soou alarmes simultâneos. Perto da entrada do Oceano Ártico, no noroeste da Rússia, a temperatura subiu a 29 graus Celsius (84 graus Fahrenheit). Enquanto isso, a concentração de dióxido de carbono na atmosfera eclipsou 415 partes por milhão pela primeira vez na história da humanidade.

Por si só, são apenas dados. Mas, em conjunto com tantos indicadores de uma atmosfera alterada e um aumento de temperatura, eles se misturam formando um quadro inconfundível da existência de uma mudança climática induzida pelo homem.

A vaporosa leitura de 84 graus Fahrenheit (29 ºC) de sábado foi postada em Arkhangelsk, na Rússia (Arkhangelsk, Russia), onde a temperatura média alta é de cerca de 54 graus Fahrenheit, nesta época do ano. A cidade de 350.000 pessoas fica ao lado do Mar Branco, que se alimenta no Mar de Barents, no Oceano Ártico.

Em Koynas, uma área rural a leste de Arkhangelsk, foi ainda mais quente no domingo. Subiu para 87 graus Fahrenheit (31 graus Celsius) [soaring to 87 degrees (31 Celsius)]. Muitas localidades na Rússia, desde a fronteira do Cazaquistão até o Mar Branco, registraram temperaturas recordes no fim de semana, cerca de 30 a 40 graus (cerca de 20 graus Celsius) acima da média. O calor também se espalhou para o oeste da Finlândia, que atingiu os 77 graus Fahrenheit (25 graus Celsius) no sábado [which hit 77 degrees (25 Celsius) Saturday], a temperatura mais quente do país até o momento.

As condições anormalmente quentes nessa região provinham de uma zona proeminente de alta pressão centrada sobre a Rússia ocidental. Essa onda de calor em particular, enquanto uma manifestação do arranjo de sistemas climáticos e flutuações na corrente de jato, se encaixa no que tem sido um ano excepcionalmente quente no Ártico e na maior parte das latitudes médias.

Na Groenlândia, por exemplo, a estação de derretimento da camada de gelo começou cerca de um mês antes (the ice sheet's melt season began about a month early). No Alasca, vários rios viram o gelo do inverno se romper em suas primeiras datas registradas (saw winter ice break up on their earliest dates on record).

Em todo o Ártico, a extensão do gelo marinho paira, por semanas, perto de uma baixa recorde (the extent of sea ice has hovered near a record low).

Dados da Agência Meteorológica do Japão mostram que abril foi o segundo mês mais quente (April was the second warmest on record) já registrado em todo o planeta.

Todas essas mudanças ocorreram contra o pano de fundo de incessantes aumentos no dióxido de carbono, que agora cruzou outro limiar simbólico.

A medição de dióxido de carbono no sábado, de 415 partes por milhão no Observatório Mauna Loa, no Havaí, é a mais alta em pelo menos 800 mil anos e, provavelmente, em mais de 3 milhões de anos (probably over 3 million years). Os níveis de dióxido de carbono aumentaram quase 50% desde a Revolução Industrial.

O grampo em que o dióxido de carbono se acumulou na atmosfera aumentou nos últimos anos (in recent years). Ralph Keeling, diretor do programa que monitora o gás no Scripps Institution of Oceanography, em Diego/, twittou (tweeted) que seu acúmulo no ano passado está “no seu limiar”.

O dióxido de carbono é um gás de efeito estufa que, junto com a ascensão de vários outros gases que aprisionam o calor, é a principal causa do aquecimento climático nas últimas décadas, concluíram os cientistas.

Dezoito dos 19 anos mais quentes registrados no planeta ocorreram desde 2000 (of the 19 warmest years on record for the planet have occurred since 2000) e nós continuamos observando essas altas temperaturas incomuns e muitas vezes recordes.

Elas não vão parar em breve, mas os cortes nas emissões de gases causadores do efeito estufa acabariam por atrasá-los (cuts to greenhouse emissions would eventually slow them down).

Tradução livre de Luiz Jacques Saldanha, maio de 2019.

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