Estudo detecta alterações no sangue de macacos da região de Fukushima.

Exames de sangue feitos em macacos que moram na região de , após a catástrofe nuclear, puseram em evidência uma presença menor de glóbulos brancos e vermelhos, o que poderia causar maior vulnerabilidade nesses primatas, revelou um estudo publicado esta quinta-feira (24) na revista “Scientific Reports”, do grupo “Nature”.

 

 

http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2014/07/25/107309-estudo-detecta-alteracoes-no-sangue-de-macacos-da-regiao-de-fukushima.html

 

 

Entre abril de 2012 e março de 2013, a equipe de Shin-ichi Hayama (Universidade Japonesa de Ciências da Vida e Veterinárias) analisou o sangue de 61 macacos que vivem em um raio de 70 km da usina de Fukushima Daiichi, danificada pelo tsunami de 11 de março de 2011.

Para dispor de um ponto de comparação, os cientistas também analisaram o sangue de 31 macacos da península de Shimokita, situada a 400 km da usina nuclear.

“Comparados com os macacos de Shimokita, os símios de Fukushima tinham quantidades significativamente menores de glóbulos brancos e vermelhos, de hemoglobina e hematócritos”, afirmaram os pesquisadores.

“Os resultados sugerem que a exposição a substâncias radioativas contribuiu para causar modificações hematológicas nos macacos de Fukushima”, acrescentaram.

Ao mesmo tempo em que excluem doença infecciosa ou desnutrição como outra causa possível das alterações, advertiram que serão necessários novos estudos para confirmar suas conclusões.

(Fonte: G1)

Tepco admite grande vazamento de pó radioativo de Fukushima

 

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A companhia administradora da usina de Fukushima, Tepco, admitiu que grandes quantidades de pó radioativo vazaram em agosto de 2013 do reator 3 da central no momento da limpeza de sucata e na retirada de detritos acumulados.

Segundo cálculos da Tokyo Electric Power (Tepco) apresentados na quarta-feira (23), em 19 de agosto de 2013, 280 bilhões de becquerels por hora de césio 134/137 vazaram da central ao invés dos 10 milhões de becquereles/h habituais. Isso aconteceu durante quatro horas. No total, 1,12 trilhão de becquerels vazaram.

A Tepco, que promete agora reforçar a vigilância e avaliar melhor o excedente de vazamentos, não tinha se manifestado publicamente até ser interpelada pelo Ministério da Agricultura em março, depois de constatar uma nova contaminação radioativa na região Minamisoma, a pouco mais de 20 km da central.

O ministério mencionou na época a hipótese de que uma contaminação de arrozais das imediações pudesse ter ocorrido por causa da retirada de sucata acumulada na parte superior do reator 3.

“Esta possibilidade existe, não podemos descartá-la embora não tenha sido provada”, declarou na semana passada à AFP um porta-voz da Tepco, sem fornecer cifras.

Três dos seis blocos da usina Fukushima Daiichi foram arrasados por explosões de hidrogênio nos dias que se seguiram ao acidente provocado em 11 de março de 2011 por um gigantesco tsunami que se seguiu a um terremoto de magnitude 9 no nordeste do Japão.

Meses depois das operações de limpeza do reator 3, as amostras de arroz coletadas em 14 locais da região de Minamisoma apresentavam um nível de contaminação de césio radioativo de mais de 100 becquerels por quilo, o limite legal. Esse arroz não chegou ao mercado e o ministério informou a Tepco para que tomasse as medidas legais.

Mas, nem o Ministério da Agricultura, nem a Tepco informaram as autoridades de Minamisoma. “Tinham o dever de dar explicações à administração municipal”, lamentou um membro da administração de Minamisoma em declarações à TV pública NHK.

(Fonte: Terra)