Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) abre ano letivo com campanha contra agrotóxicos.

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Continuando na perspectiva de ser um campo de debates para a Conferência Mundial , a Escola Nacional de (Ensp/Fiocruz) dará início ao ano letivo de 2012 recebendo o coordenador do Movimento Sem Terra (), João Pedro Stedile, no dia 14 de março, para proferir a aula inaugural, que terá o tema Contra os agrotóxicos e pela vida.

 

http://www.ecodebate.com.br/2012/02/23/escola-nacional-de-saude-publica-enspfiocruz-abre-ano-letivo-com-campanha-contra-agrotoxicos/

 

Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) abre ano letivo com campanha contra agrotóxicos

 

O coordenador, que esteve na Ensp ano passado, falará sobre a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e pela Vida, que tem como objetivo ampliar o debate com a população sobre a falta de fiscalização do uso, do consumo e da venda de agrotóxicos, a contaminação dos solos e das águas, bem como denunciar os impactos dos venenos na saúde dos trabalhadores das comunidades rurais e dos consumidores das comunidades urbanas. A aula inaugural será aberta ao público, não necessita de inscrição prévia e será realizada às 9h30, no auditório térreo.

Com a perspectiva de ser um fórum de discussão que promova o comprometimento dos líderes mundiais com o do planeta, a Ensp pretende participar ativamente fomentando o debate público de temas que estarão presentes nas discussões da Conferência Mundial Rio+20, que será realizada entre os dias 20 e 22 de junho, 20 anos após a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92). Em seu aniversário de 57 anos, comemorado em 2011, a escola abordou o temaRio+20: desenvolvimento sustentável, verde e erradicação da pobreza. Continuando nessa linha, dará início ao seu ano letivo de 2012 abordando o uso dos agrotóxicos em nosso país. Atualmente, o é apontado como o maior consumidor de agrotóxicos do mundo.

Em sua vinda à Ensp em dezembro de 2011, João Pedro Stedile proferiu a palestra Campanha nacional contra os agrotóxicos e o contexto político atual e abordou a temática dos agrotóxicos, além de explicar a formação da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e pela Vida. Segundo ele, foi preciso criar uma campanha nacional contra o uso de agrotóxicos que representasse todas as forças progressistas do país. “Conseguimos reunir um leque de forças que nenhuma outra campanha já conseguiu. A partir dos debates, nos demos conta de que a difusão do uso de agrotóxicos no Brasil não tem a ver com uma necessidade agronômica, ela está totalmente relacionada à etapa atual do à qual a nossa sociedade está subordinada”.

Segundo o coordenador do MST, a ideia da campanha é fazer com que a população entenda que as contradições que existem no modelo do podem gerar a construção de outro modelo de produção para a brasileira. De acordo com ele, é totalmente possível produzir alimentos saudáveis sem utilizar agrotóxicos, fazendo uso apenas da . “Ao contrário do que muitos dizem produzir baseado em agroecologia não é mais caro e com certeza é muito mais saudável em todos os pontos”, afirmou.

A Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e pela Vida pretende criar um processo de conscientização da sociedade sobre a ameaça dos agrotóxicos; denunciar e responsabilizar as empresas que produzem e comercializam agrotóxicos; convencer a sociedade sobre a necessidade de mudança do atual modelo agrícola, que produz comida envenenada; criar um espaço de construção de unidades entre ambientalistas, camponeses, trabalhadores urbanos, estudantes, consumidores e todos aqueles que prezam pela produção de um saudável que respeite o meio ambiente; além de explicitar a necessidade e o potencial que o Brasil tem de produzir alimentos diversificados e saudáveis para todos, em pleno convívio com o meio ambiente, com base em princípios agroecológicos. “O principal objetivo da campanha é proibir o uso de agrotóxicos em todo o território brasileiro”, destacou Stedile.

Informe Ensp.

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