Advogados das cinco maiores empreiteiras do país buscaram fechar um acordo considerado “imoral” pelo Ministério Público Federal, na véspera da deflagração da 7ª fase da operação Lava-Jato, que levou 23 pessoas à prisão e contou com dezenas de ações de busca e apreensão em cinco Estados e no Distrito Federal (Nota do site: vale ressaltar que estas corporações como a Odebrecht, eram a joia da coroa dos militares e foi esta família que abocanhou, na privatização, o Polo Petroquímico de Camaçari, depois o Polo do Rio Grande do Sul e nos últimos tempos comprou a refinaria Ipiranga. Vê-se que esta elite não é de hoje que vem sendo nutrida pela sombra do Estado).
http://www.ihu.unisinos.br/noticias/537609-empreiteiras-tentaram-acordo-imoral
A informação é de André Guilherme Vieira e Juliano Basile, publicada pelo jornal Valor, 19-11-2014.
Na quinta-feira que antecedeu a etapa “Juízo Final” da investigação, advogados da Odebrecht, OAS, Camargo Corrêa e de duas outras construtoras compareceram juntos, em Curitiba, ao prédio que abriga a força-tarefa que investiga o caso e propuseram o pagamento de até R$ 1,2 bilhão para livrar as empresas e seus executivos de sanções judiciais. O plano era fechar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). As autoridades recusaram a oferta.
“Todos se reuniram conosco ao mesmo tempo. Expuseram suas propostas. Nós as ouvimos. E dissemos obrigado, mas não”, disse um dos investigadores. O advogado da Camargo Corrêa, Celso Vilardi, confirmou o encontro e a oferta.
Agora, novas investigações poderão incluir familiares dos empresários e executivos detidos, o que poderá contribuir para novos acordos de delação, como ocorreu com Paulo Roberto Costa.