Emergência climática: Pantanal em chamas: bioma foi o que mais secou no Brasil desde 1985

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https://climainfo.org.br/2024/06/26/pantanal-em-chamas-bioma-foi-o-que-mais-secou-no-brasil-desde-1985

ClimaInfo, 27 de junho de 2024.

[NOTA DO WEBSITE: Sem palavras! O infográfico abaixo nos mostra o crime que viemos fazendo desde a invasão dos sulistas, fazendo a ‘Conquista do Oeste’, como com ufanismo uma mídia do RS apresentava a ação dos ‘gaúchos’, catarinenses e paranaenses, todos com sobrenomes ítalo-germânicos. Esse é o resultado da visão neoliberal do ‘desenvolvimentismo’ a qualquer preço, desde que só alguns se locupletem do patrimônio nacional em detrimento do resto da população. E pior, esse resto continua votando em quem lhes rouba com fanatismo religioso e um moralismo cínico e retrógado. Mas este é o nosso país nos dias de hoje. Até quando? Talvez até secar a última gota amazônica ou pantaneira. Até lá o roubo é louvado em nome de Deus!].

No ano passado, superfície de água foi de 382 mil hectares, 61% abaixo da média entre 1985 e 2023, e apenas 2,6% estava coberto.

Os dados da Coleção 3 MapBiomas Água, lançada na 4ª feira (26/6), mostram que o Pantanal foi o bioma brasileiro que mais secou em 38 anos. No ano passado, a maior planície alagável do planeta respondeu por 2% da superfície de água de todo o . Em 1985, essa participação era de 10%, destaca Carlos Madeiro no UOL.

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Em 1985, o Pantanal registrou uma superfície de água anual (aquela que fica pelo menos seis meses do ano alagada) de 1,9 milhão de hectares, quase 13 vezes a área da cidade de São Paulo. Trinta e oito anos depois, em 2023, esse número caiu 80,7%, para 382 mil hectares, cerca de 2,5 vezes o tamanho da capital paulista, além de representar apenas 61% da média histórica trabalhada pelo MapBiomas para o bioma.

“O Pantanal está secando. Literalmente secando”, disse à Míriam Leitão n’O Globo o coordenador geral do MapBiomas, Tasso Azevedo. E a destruição atual, com o fogo batendo recordes, é a união explosiva de três eventos predatórios, explica.

“A corrente de água que vem da , os rios voadores, está diminuindo por causa do desmatamento na região. No planalto, no entorno do Pantanal, muitas áreas estão sendo convertidas em pastagem ou campos de . E isso aumentou muito o assoreamento da Bacia do Paraguai. Tanto que o Pantanal está ficando mais raso. E tem um terceiro problema, que é a destruição do pasto natural para ser substituído pelo pasto plantado”, detalhou Azevedo.

Com o agravamento das , o desmatamento não só impede a possibilidade de mitigação de impactos como acelera as emissões de gases de efeito estufa e intensifica os eventos extremos. Somado a esse contexto, o recente El Niño intensificou a seca, detalha O Globo.

Mas não foi só o Pantanal que “encolheu” no ano passado. Em todos os meses do ano, inclusive durante a temporada de chuvas, a superfície de água diminuiu em todo o país. A perda registrada no ano passado foi de 3% em comparação com 2022, informa o DW.

A água cobriu 18,3 milhões de hectares do Brasil, ou 2% do território nacional, em 2023. Embora essa extensão corresponda ao dobro da área de um país como Portugal, representa uma queda de 1,5% em relação à média do período analisado, de acordo com a Agência Brasil.

A Amazônia, que abriga 62% da superfície de água do país, sofreu uma seca severa no ano passado, e isso se refletiu nesse indicador. Em 2023, a superfície de água foi de quase 12 milhões de hectares, ou 2,8% da superfície do bioma. É uma retração de 3,3 milhões de hectares em relação a 2022.

O panorama da superfície de água no Brasil lançado pelo MapBiomas também foi repercutido por g1Brasil de FatoValorUm só planetaExameTerra e SBT.

Em tempo 1: Uma nota técnica do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LASA/UFRJ) alerta que 2 milhões de hectares do Pantanal poderão ser queimados de julho a setembro, informam O Globo e g1. Os pesquisadores destacam que nunca o solo do bioma esteve tão seco e inflamável, mas que, embora o esteja desfavorável, só há incêndios por causa da ação humana.

Em tempo 2: A fumaça dos incêndios no Pantanal pôde ser vista em cidades do noroeste do Paraná, como São João do Caiuá e Paranavaí, na 3ª feira (25/6). Imagens feitas pela RPC e reproduzidas pelo g1 mostram como a fumaça tomou conta do céu na região.

Em tempo 3: O governo federal vai liberar R$ 100 milhões para ações do e do ICMBio de combate aos incêndios no Pantanal, informam ValorCorreio Braziliense e Agência Brasil. Além disso, de acordo com o g1, o Ministério da e Segurança Pública confirmou o envio de 80 agentes da Força Nacional para auxiliar no combate ao fogo.

Em tempo 4: O fogo no Pantanal está preocupando pecuaristas da região, informa a Globo Rural. Além dos incêndios, a estação seca após chuvas abaixo da média no período úmido também coloca em xeque a disponibilidade de pastagens até a primavera, quando é esperado o retorno das precipitações. “Temos um longo caminho pela frente, com pelo menos mais três a quatro meses de estiagem, e tudo pode acontecer”, diz o pesquisador da Embrapa Pantanal, Carlos Padovani.

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