Consumidor consciente é aquele que pensa antes de adquirir um produto para além das questões de preço e marca. Ele leva em conta o meio ambiente, a saúde humana e animal e as relações justas de trabalho. Esse tipo de atitude ainda pode parecer distante da realidade de muitos consumidores, mas o Ministério do Meio Ambiente (MMA) dá dicas simples que promovem mudanças significativas no dia a dia.
http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2015/07/11/117143-e-possivel-ser-um-consumidor-consciente.html
Uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e do portal de Educação Financeira “Meu Bolso Feliz”, realizada em todas as capitais brasileiras, mapeou o interesse do consumidor sobre consumo consciente, identificando o comportamento perante os desafios que o tema traz. Um dado relevante apontou que há uma parcela significativa de pessoas que não sabem “muito bem o que fazer” para praticar o consumo consciente (17%).
Para auxiliar nesta questão, o MMA dá dicas de atitudes simples que têm impacto positivo. “Nossos hábitos de consumo têm impacto tanto sobre o nosso bem-estar como de toda a sociedade e o meio ambiente. É preciso alterar nossas velhas práticas e adotar padrões de consumo que contribuam para a construção de uma sociedade mais solidária e sustentável”, comenta a secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do MMA, Regina Gualda.
Antes de comprar – A primeira dica é pensar antes de comprar, analisando a real necessidade de se adquirir um novo produto. Se optar pela compra, escolher sempre os produtos originais e solicitar a nota fiscal.
A pesquisa apontou que 50,7% dos entrevistados dizem analisar produtos e marcas e desistir da compra se a empresa produtora adotar práticas prejudiciais ao meio ambiente ou à sociedade.
“Cada vez mais, os consumidores procuram empresas que demonstrem consciência e responsabilidade, seu comprometimento com investidores, clientes, funcionários, as comunidades onde estão inseridas e a sociedade em geral, além de sua preocupação com o meio ambiente”, chama atenção a Diretora de Produção e Consumo Sustentáveis do MMA, Raquel Breda dos Santos.
As dicas incluem dar preferência a produtos que possuam selos verdes ou similares, conferidos por auditorias independentes, pois garantem que o consumidor adquiriu um bem ecologicamente amigável. Outra dica é dar preferência aos produtos locais. Além de movimentar a economia da região, dar prioridade aos produtos locais gera benefícios para a comunidade como um todo, é mais barato e mais saudável para o organismo e o ambiente, e colabora para o desenvolvimento da região. Mais uma dica: privilegie produtos duráveis ao invés de descartáveis.
Uso racional – Quando falamos de comida, a dica é evitar o desperdício de alimentos. A pesquisa relevou que 52,8% dos entrevistados indicaram que são contra o desperdício de alimentos por princípio. A dica é servir apenas o que for comer. Lembrando que o desperdício de alguns representa a falta de alimentos para muitos outros.
Outra atitude ambientalmente adequada que ganhou destaque na pesquisa é a de evitar o uso indiscriminado da impressora (77,7%). O MMA reforça que, além de evitar a impressão desnecessária, as pessoas podem racionalizar a impressão usando a frente e o verso das folhas de papel, reaproveitando aquele que foi usado apenas de um lado.
Outro dado relevante é que 76,4% dos entrevistados dizem não utilizar o carro para pequenos deslocamentos. Caminhar, optar pelo uso da bicicleta, utilizar o transporte coletivo e realizar carona solidária são atitudes complementares que beneficiam o meio ambiente e a qualidade de vida nas cidades.
Descarte – Na hora do descarte de resíduos, é importante checar o que pode ser reutilizado e reciclado, praticando a coleta seletiva. Neste aspecto, dois pontos da pesquisa chamam a atenção: a atitude ambiental mais seguida pelos entrevistados (83,5%) foi a de verificar a possibilidade de troca ou doação de algum item antes de descartá-lo.
Já quando se fala em descarte de resíduos, 53,2% dos entrevistados sempre separam o lixo doméstico para reciclagem. Para garantir as necessidades das pessoas sem comprometer aquelas das futuras gerações, além de aumentar esse percentual, o MMA alerta para a necessidade de se praticar os 3R’s:
– Reduzir: comprando apenas o necessário, diminuindo o descarte e o desperdício;
– Reutilizar: diminuindo o uso de energia, água e recursos naturais na produção de novos bens; e
– Reciclar: transformando os bens usados em matérias primas, que retornam ao ciclo produtivo, gerando emprego e renda para pessoas que trabalham com a coleta, o transporte e a reciclagem.
São os 3Rs da sustentabilidade, que vão muito além da simples separação do lixo. E, para o transporte das compras, a sugestão é evitar o uso de sacolas plásticas descartáveis e privilegiar as sacolas duráveis e retornáveis.
Para nortear as ações do governo nessa área, o MMA implementa o Plano de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis (PPCS), documento que reúne políticas, programas e ações que promovem uma mudança para padrões mais sustentáveis de produção e de consumo no País. O PPCS priorizou seis temas em seu primeiro ciclo de implementação (2011-2014), dentre eles o de promover a educação para o consumo sustentável.
(Fonte: MMA)