Crédito: Santiago Nicolau/Flickr
https://www.ehn.org/ddt-exposure-sperm-impact-2667291912.html
15 de fevereiro de 2024
[NOTA DO WEBSITE 1: Vão fazer 51 anos que o DDT foi proibido na maioria dos países (no Brasil foi em 1995) e ele ainda está por aí com seu metabólito mais conhecido, o DDE. Como sempre, moléculas com o elemento CLORO. É terrível, mas a maioria das moléculas de laboratório com cloro, agora se mostram que são muito resistentes para se metabolizarem e quando fazem, transformam-se em metabólitos, às vêzes, mais tóxicos do que as originais].
[NOTA DO WEBSITE 2: Só para recordar de moléculas, sempre sintéticas, que a petroquímica moderna nos presenteou e são umas das mais letais do mundo: dioxinas e furanos, as mais terríveis; tada a família dos PCBs, ascarel entre nós; o indiscutível cancerígeno PVC; os herbicidas 2,4,5-T e 2,4-D, fontes do Agente Laranja; todos os agrotóxicos organoclorados como o DDT bem como os clorofosforados, como o clorpirifós; tricloroetileno, solvente largamente usado… e assim vai. Normalmente as substâncias de laboratório que tenham cloro além de muito tóxicas, muitíssimas têm se mostrado serem disruptoras endócrinas].
A exposição ao DDT está associada a alterações no epigenoma do espermatozoide (que controla o funcionamento do ADN) que poderiam potencialmente ser transmitidas às gerações futuras, de acordo com um estudo recente publicado na Environmental Health Perspectives .
Resumidamente:
- O DDT, um insecticida ligado a defeitos congênitos, infertilidade, câncer e atrasos no desenvolvimento neurológico (nt.: aqui está o terrível caso do retardo mental dos embriões, conforme mostra o documentário ‘Amanhã, seremos todos cretinos?‘), foi proibido na maioria dos países nos anos 70, mas ainda é utilizado em África e na Índia para controlar a malária.
- As evidências sugerem que estas alterações no epigenoma podem ser transmitidas ao embrião, impactando a saúde do bebê e potencialmente levando a doenças multigeracionais.
Citação chave:
“Estas descobertas sugerem que a exposição ao DDT… tem impacto no epigenoma do espermatozoide… e pode ter um impacto negativo na saúde das gerações futuras.”
Por que isso é importante:
Foi demonstrado que o DDT pode viajar longas distâncias através de padrões climáticos, correntes oceânicas e até mesmo por toda a cadeia alimentar. Isto significa que, embora o uso de DDT tenha terminado na maioria dos países, a contaminação por DDT é um problema contínuo a nível mundial e prevê-se que piore com o tempo. Dado o potencial do DDT para impactar a saúde ao longo das gerações, os autores deste estudo destacam a necessidade urgente de encontrar métodos alternativos para o controle da malária que não dependam do DDT.
Tradução livre, parcial, de Luiz Jacques Saldanha, fevereiro de 2024.