Foto: Pablo Piovano/Divulgação
Situação dramática que vai muito além de todo o dinheiro do mundo no momento em que para isso se condena uma criança a jamais poder viver uma vida normal, alegre e saudável.
CINEMA LIBRE STUDIO
apresenta um filme das produtoras ‘SPICEE e BABEL’
“GENETICALLY MODIFIED CHILDREN”
editado por HAROLD GRENOUILLEAU
câmera de STEPHANIE LEBRUN
produzido por BABEL PRESS
dirigido por JULIETTE IGIER e STEPHANIE LEBRUN
http://cinemalibrestudio.com/genetically-modified-children/
Stéphanie Lebrun é co-fundadora do Babel Press, uma empresa produtora do documentário e que está baseada na França. Recebeu seu título de pós-graduação, em produção audiovisual, junto ao Centre De Formation Des Journalists, localizado em Paris, instituto de ensino superior em jornalismo. Ela trabalhou como repórter de 1996 a 2006 junto à televisão francesa TF1, e de 2006 a 2007 como enviada especial para a TV francesa. Os trabalhos anteriores de Lebrun incluem “PAKISTAN, L’WEAPON OF BLASPHEMY” e “BABY MADE IN INDIA”. Em 2007, ela torna-se co-fundadora da Babel Press com um grupo de jornalistas apaixonados por temas que envolvem as questões sociais, políticas e geopolíticas. Em 2015, a Babel Press co-cria a primeira plataforma europeia de documentários em vídeos, “Spicee Media“. Atualmente está residindo no Brasil.
DIRETORA/ROTEIRISTA: Juliette Igier
Juliette Igier é uma jornalista independente, cineastra e produtora que está vivendo na Argentina depois de trabalhar por muitos anos no grupo midiático público francês ‘France Television‘ e no canal internacional de tevê pública francesa ‘France 24′.
SOBRE O GLIFOSATO, A MONSANTO E O ROUNDUP
O Glifosato é um herbicida usado em mais de 750 produtos vendidos nos Estados Unidos, incluindo o produto comercial da Monsanto, Roundup. Em 2015, a Organização Mundial da Saúde/OMS/ONU (World Health Organization /WHO/UNO) alterou sua posição quanto a este princípio ativo, rotulando-o como “provavelmente carcinogênico para humanos”, sendo parte da classificação toxicológica do Grupo 2A. Apesar das descobertas da OMS, ele é ainda considerado ter toxicidade geral baixa para humanos nos níveis normais de exposição, de acordo com a EPA/U.S. Environmental Protection Agency.
Na trilha da descoberta de ser “provavelmente carcinogênico”, a OMS publicou informações esclarecendo os níveis máximos seguros de resíduos de agrotóxicos e herbicidas em alimentos vendidos aos consumidores. Indica que, quando as regulamentações forem instituídas e seguidas, e no alimento não excederem os limites máximos de resíduos tanto de um veneno como de outro, os mesmos riscos de carcinogenicidade não se aplicavam. Embora isso possa trazer conforto para aqueles que só são expostos a estes produtos pelo resíduo no consumo dos alimentos, e que têm o luxo de poder confiar nas agências reguladoras de seus países, é muito precária a situação dos agricultores, seus filhos e consumidores que residem em países onde a confiança nas agências reguladoras podem não ser garantidas.
Pelo conteúdo trágico que o documentário abaixo mostra quanto à realidade das famílias de agricultores argentinos, o website Mercola.com questiona: podem os produtos químicos da Monsanto alterar permanentemente os genes de nossas crianças?
Produtores de fumo (tabaco) com baixa renda se defrontam com taxas exorbitantes de cânceres com repercussões devastadoras afetando a saúde de seus filhos. São severas as deformidades físicas e as deficiências mentais. Escolhendo entre a pobreza ou o veneno, os produtores latino-americanos (nt.: incluindo, provavelmente, também os brasileiros) não têm escolha a não ser usar substâncias químicas nocivas que lhe chegam às mãos. E assim agrotóxicos como o herbicida com o princípio ativo ‘glifosato‘, presente no produto comercial Roundup da Monsanto, e o inseticida com o princípio ativo ‘imidaclopid’, da família dos ‘neonicotinoides‘ (nt.: o princípio ativo que o mundo tem observado estar exterminando com as abelhas), do produto comercial da Bayer, Confidor, são utilizados pelos produtores caso queiram certificar e vender suas colheitas ao grande esquema global da indústria do cigarro, também chamado de Big Tobacco. Como as leis de patente e regulamentação continuam a favorecer os lucros das empresas químicas e da Monsanto/Bayer, o fumo chega às mãos, bocas e pulmões dos consumidores, em todo o mundo, nos produtos da Philip Morris, será que sem resíduos? Mas, enquanto isso os venenos usados para as colheitas contaminam o sangue dos agricultores e de seus familiares. modificando o genoma humano, gerando, tragicamente, ‘crianças geneticamente modificadas‘.
Tradução livre de Luiz Jacques Saldanha, agosto de 2018.