Publicações (Pág. 36 de 63)

O homem não produziu o milho sozinho.

O clima está, para muitos, na origem do milho a partir do seu ancestral selvagem há 10.000 anos. Não é uma criação agronômica dos habitantes da América Central. A reportagem é de Nicolas Constans e publicada no jornal francês Le Monde, 13-02-2014. A tradução é de André Langer.

Índio falou, tá falado.

“As línguas indígenas permanecem no substrato do português e guardam informações e saberes, funcionando como uma espécie de arquivo. Conhecer a contribuição efetiva que legaram à língua portuguesa é entender como viviam os povos que as falavam e se apropriar dessa experiência milenar”. O comentário é de José Ribamar Bessa Freire em artigo no blog Amazônia, 09-02-2014.

Antropólogos denunciam racismo na regularização de terras quilombolas.

Remanescentes de quilombos sofrem racismo do Estado brasileiro, segundo a Associação Brasileira de Antropologia (ABA). Para os especialistas, as decisões técnicas e políticas do governo federal estariam impedindo a regularização fundiária dessas comunidades, pilar de uma série de outros direitos. O racismo das instituições públicas é determinante para que os quilombolas continuem à margem da cidadania, denunciam os antropólogos.

Os discursos e estratégias contra as demarcações de terras dos povos indígenas e quilombolas no Rio Grande do Sul, por Roberto Antonio Liebgott.

Nos discursos disseminados nos meios de comunicação, especialmente por autoridades, os problemas causados pelas demarcações são explicados basicamente a partir de três argumentos: o primeiro afirma haver interesses de grupos estrangeiros nas terras indígenas e isso explicaria o empenho de ONGs e entidades indigenistas (de assessoria aos índios) na defesa das demarcações. O segundo afirma que se trata de muita terra para os “índios”, porque estes “não trabalham” e/ou porque arrendam as terras que possuem. O terceiro argumento, e certamente o mais contundente, reitera que não se pode, a pretexto de demarcar terras para índios, cometer injustiças com os agricultores que “produzem” alimentos para a população.

Assentados são exemplos na venda de produtos para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).

As vaquinhas Crioula e Moeda são como tesouros para o seu Astrô, como é conhecido o agricultor familiar Astrogercilio Pinto de Almeida no Assentamento Pequeno Willian, na região rural de Planaltina, no Distrito Federal. Os animais foram comprados com o dinheiro da venda de produtos para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) do governo federal, que ajuda a sustentar a família: mulher e seis filhos. “Já deu para comprar as coisas para os filhos, as duas vaquinhas para tomar o leite, tudo melhorou. Antes tinha que ir longe pra comprar 1 litro de leite. Hoje eu tenho e ainda dou para os companheiros”, comemora.

Produtores ribeirinhos pedem socorro. O caso da juta no Pará, artigo de João de Deus Barbosa Nascimento Júnior.

Considerando que a cultura da juta é típica das áreas de várzeas e sendo, a região amazônica rica em áreas dessa natureza, por possuir a maior bacia hidrográfica do mundo, isso bastaria para mostrar a importância socioeconômica do seu cultivo para os ribeirinhos amazônicos (nota do site: quando perguntado sobre alternativas ao poliéster e outras fibras sintéticas, AQUI ESTÁ UMA DELAS).

No Pará, indígenas apreendem máquinas e expulsam garimpeiros.

A noite mal havia chegado quando índios da etnia Munduruku atracaram na ribanceira de um garimpo localizado no Rio da Tropas, afluente do Rio Tapajós, na região oeste do Pará. Das cinco voadeiras, todas lotadas, saíram guerreiros, guerreiras e crianças, todos com um objetivo: expulsar garimpeiros ilegais da terra dos Munduruku.