Publicações (Pág. 24 de 63)

Livro sobre genocídio Waimiri-Atroari é lançado e respalda trabalho da CNV do Amazonas.

A editora Curt Nimuendajú acaba de lançar mais uma obra que já nasce clássica para a historicidade Ameríndia e chega aos leitores cumprindo dois papeis: o primeiro de passar a limpo a história recente dos povos indígenas; o segundo de denunciar um dos mais atrozes massacres promovidos pela ditadura militar (1964-1985): o assassinato de 2 mil Waimiri-Atroari, entre 1972 e 1977, para fins da abertura da BR-174, ligação entre Manaus (AM) e Boa Vista (RR).

Importantes personagens indígena durante o segundo dia da COP20 em Lima.

Pela primeira vez na história das Conferências das Partes (COP), as comunidades indígenas têm um Pavilhão indiano dentro do site oficial. Além disso, Voices para o clima, espaço de livre acesso público instalado no Jockey Club del Peru, tem uma Maloca em que lideranças indígenas de todo o mundo apresentam suas propostas e projetos para a adaptação à mudança climática.

Tribunal concede habeas corpus para soltar cacique Suruí.

Depois de 35 dias preso em um cadeião na periferia de Belém, o cacique da aldeia Itahy, do povo Aikewara, no sul do Pará, Welton John Oliveira Suruí, vai ter sua liberdade de volta. Ele havia sido preso pela Polícia Federal por organizar protestos em que cobrava melhorias no atendimento à saúde de seu povo e compensações pelo impacto causado pela estrada federal BR-153, que corta o território indígena, e pelas quais os Aikewara aguardam desde o ano de 1998.

Povos tradicionais são proibidos de utilizarem recursos naturais por leis de proteção ambiental

Na Ilha do Bananal, a maior ilha fluvial o mundo, situada no Estado do Tocantins (norte brasileiro), e cercada pelos rios Araguaia e Javaés, povos indígenas que vivem em um território reconhecido são proibidos de caçarem, pescarem e retirarem palha de coqueiro para construírem moradia e realizarem rituais. É que parte da área é também regulamentada por lei como Unidade de Conservação, que coíbe qualquer tipo de uso direto da fauna, flora e outros recursos naturais. Diante da incompatibilidade aplicada a esses tradicionais mestres do manejo sustentável, os índios têm sofrido a condição não poderem garantir simples atividades de subsistência para as comunidades.

MPF pede à Justiça perícia urgente sobre impactos de agrotóxicos em área indígena.

O Ministério Público Federal (MPF) encaminhou à Justiça ação com pedido para que seja realizada com urgência perícia científica em área de cultivo de dendê e em área indígena de Tomé-Açu, no nordeste do Pará. Há informações de que o uso de agrotóxicos pela empresa Biopalma está provocando sérios impactos no meio ambiente e, principalmente, na saúde das famílias indígenas Tembé, diz a ação.

Tapajós: respeitem a forma da gente ser.

Todo o cotidiano dos Mundururuku é permeado pela relação com o rio. O Rio Tapajós corre em tom esverdeado cortando a floresta amazônica. Depois de cerca de uma hora de viagem, avista-se, no alto de sua margem direita, um conjunto de casas que forma a aldeia Sawré Muybu. O barco encosta na beira do rio, onde a trilha por um morro alto leva ao centro da aldeia. A subida é tão árdua que é difícil acreditar que essa aldeia pode ser alagada, caso a Usina Hidrelétrica de São Luiz do Tapajós venha a ser construída.

Tapajós – a luta pelo rio da vida.

Ao saber da intenção do governo federal em construir um complexo de sete hidrelétricas ao longo da bacia do Tapajós, o movimento de resistência indígena Ipereg Ayu, formado por caciques, mulheres, jovens estudantes e guerreiros da etnia Munduruku, lançou um chamado para fazerem cumprir o direito à consulta prévia, livre e informada garantido pela Constituição brasileira e pela Convenção 169 da OIT, Organização Internacional do Trabalho.