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O grito da Terra.

"Na encíclica Laudato si’, lançada nessa semana, o papa Francisco traz uma grande surpresa: ele elabora o tema dentro do novo paradigma ecológico, coisa que nenhum documento oficial da ONU até hoje fez". O comentário é de Leonardo Boff em texto publicado pelo jornal O Estado de S.Paulo, 20-06-2015. O texto será publicado como um capitulo de um livro italiano, Curare la Terra (Editrice Emi, Bologna 2015). O texto também foi publicado pelo jornal La Repubblica, 20-06-2015.

A nova encíclica também fala das tribos indígenas isoladas da Amazônia.

Delas também fala a nova encíclica do Papa Francisco, a Laudato Si', dedicada ao meio ambiente e ao destino da humanidade. Porque elas são uma parte fundamental do meio ambiente, embora não se saiba por quanto tempo, caso as coisas continuarem como até agora. Lamentavelmente, em torno delas seu habitat vai se estreitando como uma armadilha à medida que é contaminado irremediavelmente, deixando-as desamparadas. Estamos falando de comunidades inteiras de indígenas da Amazônia, dizimadas por doenças e um processo de desmatamento que as leis dos governos não são capazes de controlar. A consequência é que há tribos que estão prestes a desaparecer, do Peru ao Brasil, como denuncia, baseando-se em dados concretos, a revista Science.

Laudato si’: a íntegra e um “guia” para a leitura da Encíclica .

Este texto oferece um instrumento de suporte para uma primeira leitura da Encíclica, ajudando a compreender o seu desenrolar na totalidade e a identificar as linhas principais. As primeiras duas páginas apresentam a 'Laudato si’ na sua globalidade; depois, cada página corresponde a um capítulo, indica seu objetivo e reproduz alguns trechos significativos. Os números entre parêntesis remetem aos parágrafos da Encíclica. As últimas duas páginas oferecem o índice completo.

A Guerra do Contestado e os heróis de uma luta desigual.

“A guerra foi maldita, ceifou milhares de vidas camponesas por interesses do capital e dos coronéis da época, gerando, 100 anos depois do seu início, um território maldito, marcado pela maldição das políticas públicas ineficientes, corruptas e de interesses de pequenos grupos que dominam a região, em todas as escalas”, escreve o professor Nilson Cesar Fraga, coordenador do Observatório do(s) Centenário(s) da Guerra do Contestado – UEL e UFPR, que assessorou a 3ª etapa do curso Lutas Populares no Paraná, promovido pelo CJCIAS/CEPAT, em parceria com o Centro de Formação Milton Santos-Lorenzo Milani, e com o apoio do Instituto Humanitas Unisinos.

Arquivos & Diversidade Étnica: de Coroados a Kaingangs.

Muito ainda está por ser escrito sobre a história indígena no RS. Sabemos que as lutas por igualdade racial travadas ao longo do último século têm trazido uma série de conquistas para os movimentos negros e indígenas, como a aprovação de leis que garantem a obrigatoriedade do ensino da história e cultura africana, afro-brasileira e dos povos indígenas nas escolas, entretanto, também sabemos que é longo o caminho a percorrer para que haja pleno reconhecimento de nossas matrizes identitárias e sócio culturais, e que as dificuldades e o desconhecimento são ainda maiores quando tratamos dos povos indígenas, sobre os quais pouco estudamos, com os quais temos menos contato cotidiano, e pouca informação sobre sua organização, modos de vida, cultura material e imaterial, transmissão oral do conhecimento, hábito alimentares, técnicas artesanais…

O primeiro genocídio do século XX – em vídeos.

O primeiro genocídio do século XX foi esquecido. Cometido entre 1904 e 1908 na atual Namíbia, à época colônia alemã, acabou se tornando uma verdade inconveniente demais no período em que a região foi dominada pela África do Sul, depois da Primeira Guerra Mundial. A Namíbia ficou independente apenas em 1990 e hoje, 110 anos depois do início da tentativa de extermínio dos Herero e dos Nama, tenta ir adiante e se tornar uma democracia em todos os sentidos – inclusive racial.

Roubar o futuro das próximas gerações.

"O lugar dos jovens nas sociedades atuais é o lugar da competitividade, da inovação, da eficiência e da velocidade. A identidade da geração atual emergente é a produtividade crescente, voltada ao desenvolvimento." A opinião é do jurista italiano Gustavo Zagrebelsky, ex-presidente da Corte Constitucional da Itália. O artigo foi publicado no jornal La Repubblica, 25-03-2015. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

“Quando você tira a criança da sala de aula e traz para o mundo, a aprendizagem se expande”.

“Para a construção de uma cidade educadora, os nossos desafios são imensos”, assim o economista Ladislau Dowbor definiu a busca por um projeto de cidade, sociedade e educação que seja verdadeiramente transformador e consciente de seu meio e ecossistema. Para ilustrar a urgência da tarefa, ele citou o relatório da World Wildlife Fund (WWF) que aponta que, entre 1970 e 2010, perdemos 52% da vida vertebrada na Terra.

Governador do AM enfraquece gestão de UC’s do estado.

Os efeitos nocivos da destruição do meio ambiente nunca estiveram tão claros na rotina dos brasileiros como agora, com a atual crise hídrica e energética que afeta o País. A ciência vem comprovando que as florestas tropicais são fundamentais para a manutenção dos sistemas de chuva que abastecem represas e reservatórios de água. Mas mesmo em um momento tão crítico, a insensatez da política não cansa de nos surpreender: em uma reforma administrativa, o governo do Amazonas, que possui a maior área preservada de floresta Amazônica do continente, fragilizou secretarias estratégicas para o tema e extinguiu dois órgãos estaduais responsáveis pela gestão ambiental.