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Quarenta anos depois do “outro 11 de setembro”, grande parte do sonho de Allende se realizou.

O 40º aniversário do “outro 11 de setembro” não foi grande coisa para os meios de comunicação estadunidenses, com exceção daqueles mais abertos, como o Democracy Now. Certamente, os ataques terroristas do 11 de setembro nos Estados Unidos, há 12 anos, mudaram o mundo; talvez mais do que os próprios autores dos ataques haviam imaginado. Mas a mudança não se deu diretamente através das mortes ou da destruição que estes ataques provocaram. E sim pelo pretexto que serviu para que surgisse uma organização de yihadistas mais violenta, conhecida como o governo dos Estados Unidos, o qual lançou duas guerras que resultaram na morte de mais de um milhão de pessoas e contribuiu para a instabilidade e a violência que persistem ainda hoje e que parecem não ter fim. Os ataques do 11 de setembro também serviram como desculpa para lançar um ataque, em casa, contra as liberdades civis e, como sabemos agora, para que houvesse um nível sem precedentes de vigilância.

A produção de alimentos vista do espaço.

Em uma coluna recente este blog mostrou, usando imagens de satélite dos últimos 30 anos, o crescimento urbano de algumas cidades brasileiras. Como haviamos mencionado, a população mundial ultrapassou a casa dos 7 bilhões em 2011, e de acordo com as últimas projeções devemos chegar aos 9 bilhões daqui a 37 anos.

Serge Latouche, o precursor da teoria do decrescimento, defende uma sociedade que produza menos e consuma menos.

Era o ano 2001, quando ao economista Serge Latouche coube moderar um debate organizado pela UNESCO. Na mesa, à sua esquerda, lembra, estava sentado o ativista antiglobalização José Bové; e um pouco além, o pensador austríaco Ivan Illich. Naquele momento, Latouche já havia tido a oportunidade de comprovar em campo, no continente africano, os efeitos que a ocidentalização produzia sobre o chamado Terceiro Mundo.

Insegurança alimentar é resultado de um contexto político, econômico e social.

A fome no Brasil é um “fenômeno socialmente produzido e reproduzido, pela mão do homem, que iniciou com a usurpação de terras indígenas pelos colonizadores, que deram origem a nossa aristocracia rural”, diz Brizabel da Rocha, autora de Política de segurança alimentar nutricional e sua inserção ao sistema único de assistência social (São Paulo: Paco Editorial, 2012). Ao avaliar as políticas públicas brasileiras de combate à fome, ela enfatiza que “desde a República até o nosso século encontramos políticas públicas reprodutoras da pobreza, na tentativa de sua superação, com supremacia dos interesses econômicos sobre os direitos sociais”.

Para Raupp, investir em ciência é base de desenvolvimento sustentável.

A ciência é o caminho para conseguir um desenvolvimento sustentável de longo prazo e também minimizar as disparidades sociais no Brasil. A parceria entre entidades públicas e privadas são essenciais nesse processo, defende o ministro de Ciência e Tecnologia, Marco Antonio Raupp, que fez a conferência de abertura da 65ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira Para o Progresso da Ciência (SBPC), com a palestra “Conquistas recentes e novos desafios”, no Teatro da UFPE, no Recife, nesta segunda-feira (22).

A prioridade é crescer de qualquer jeito. Entrevista com a ambientalista Teresa Urban.

Chegamos ao século 21 numa situação curiosa: do ponto de vista internacional, nós somos reconhecidos e classificados como o País da megadiversidade, um dos campeões em termos de reserva de recursos naturais. Ao mesmo tempo, não temos uma cultura própria de olhar isso como uma riqueza. A opinião é da jornalista, escritora e consultora em gestão ambiental, Teresa Urban, em entrevista para o jornal Gazeta Mercantil, 11-06-2007. Para ela, essa situação se deve basicamente a dois fatores: a inexistência de um processo de produção de conhecimento sobre a biodiversidade para ser levado à sociedade, e à nossa condição de analfabetismo ambiental que reduz a educação ao "adestramento" dos cidadãos para poupar água, energia e cuidar do lixo.

Uruguai vai vetar compra de terras por estatais estrangeiras.

O governo do Uruguai nos próximos dias deve fazer aprovar no Congresso do país um projeto que veta a aquisição de terras no país por estatais estrangeiras. A proposta, que é de autoria da Frente Ampla, o partido governista, e conta com o endosso do presidente José Mujica, prevê ainda um recenseamento para se definir qual a quantidade de terra no país está em poder de estrangeiros. Desde que assumiu, Mujica adotou diversas medidas para tentar controlar investimentos no campo.