Globalização (Pág. 19 de 39)

A Espiral de Morte do Ártico e a Bomba-Relógio de Metano.

Este filme inclui as perspectivas e intervenções de governantes políticos, céticos que não acreditam que o aquecimento global seja provocado pelo homem pela libertação de CO2 na atmosfera (ou seja, acreditam ser fraude), mas também os muitos investigadores cientistas que apresentam os dados, prova científica de que a temperatura está mesmo a subir, que é provocado pelos gases de efeito-de-estufa lançados pela civilização industrial e das previsões ou projeções quanto às consequências das alterações climáticas nos próximos anos.

Brasil. Entre o “keinesianismo envergonhado” e o “neoliberalismo insolente”.

“Hoje, o confronto mais provável é entre as duas mulheres, a candidata de Lula versus a candidata de Obama. Será a peleja entre dois caminhos distintos. O primeiro, do PT e aliados, encarna imensas contradições e se debate entre o “neoliberalismo retardado” (com a volta ao passado) e o “keynesianismo periférico envergonhado” (um possível passo para o futuro). Confronta as opções de abandonar definitivamente o acumulado desde 2003 ou de continuar avançando a passos lentos. Parece que, com Dilma, haveria muito mais espaço para a luta política e social nos próximos anos. O segundo caminho é o do “neoliberalismo insolente”, de Marina.

Torre ‘gigante’ vai monitorar Amazônia.

Começou a ser erguida, no coração da selva amazônica, uma torre de 330 metros de altura que vai monitorar de forma contínua, por pelo menos 20 anos, as complexas interações entre a atmosfera e a floresta. Repleto de instrumentos científicos de alta tecnologia, o observatório - que será o maior e mais completo do gênero no mundo - medirá com precisão sem precedentes os fluxos amazônicos de calor, água e gás carbônico, além de analisar minuciosamente os padrões de ventos, umidade, absorção de carbono, formação de nuvens e parâmetros meteorológicos.

Multipolar, contraditória e beligerante.

Um mundo multipolar será necessariamente um ambiente conflituoso, afirma o cientista político José Luís Fiori. Enquanto os Estados Unidos tentam exercer seu poder de forma mais indireta, as potências regionais buscam firmar sua influência e, em último grau, se unem em estratégias comuns contra o império. Dessa contradição nascem as possibilidades de conflito. “O sistema interestatal capitalista se estabiliza por meio de sua própria expansão contínua e, portanto, em última instância, através das guerras”, afirma. Na entrevista a seguir, o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o mais arguto analista de relações internacionais do País, analisa as mudanças globais e o papel do Brasil na nova ordem.

“O colonialismo não pode morrer enquanto subsistir o capitalismo”.

Said Bouamama, sociólogo especializado em questões de imigração, discriminações e processos de dominação, bem como animador do Coletivo Manouchian, acaba de publicar o livro “Figures de la Révolution Africaine (de Kenyata à Sankara)" (Editions La Découverte, 2014). Em entrevista, afirma que “não há capitalismo, por um lado, e colonialismo de outro, mas, sim, são as faces de um mesmo processo. O desaparecimento do colonialismo significa, a curto prazo, uma crise mortal para o capitalismo. Do mesmo modo, o fim do capitalismo significa o desaparecimento do colonialismo”.

Não é o clima, é a desigualdade o estopim dos conflitos.

As discussões dos últimos anos sobre os conflitos derivados de problemas climáticos variam desde informes sensacionalistas que garantem que o mundo sucumbirá às guerras pela água até os que acreditam que o assunto não tem nenhum interesse. O título de cada artigo que trata da relação entre mudança climática e conflito deveria ser: “É complicado”, segundo Clionadh Raleigh, diretora do Projeto de Base de Dados sobre a Localização e os Eventos dos Conflitos Armados (Acled).

O mais novo fantasma da Monsanto.

Estudo sugere: doença ainda inexplicada, que destrói rins e já matou milhares de agricultores, pode estar relacionada ao glifosato, herbicida-líder da transnacional. Há anos, os cientistas vêm tentando desvendar o mistério de uma epidemia de doença renal crônica que atingiu a América Central, a Índia e o Sri Lanka. A doença ocorre em agricultores pobres que realizam trabalho braçal pesado em climas quentes. Em todas as ocasiões, os trabalhadores tinham sido expostos a herbicidas e metais pesados.

Um Homem, uma Vaca, um Planeta,

O documentário (One Man, One Cow, One Planet - 2007 - Nova Zelândia) expõe a globalização e o mantra do crescimento infinito num mundo finito e o que isso representa: o desastre humano e ambiental. Mas na Índia, agricultores alternativos estão lutando contra isso. Em reviver a biodinâmica, uma misteriosa forma de agricultura, eles estão salvando suas terras outrora envenenadas e expondo o biocolonialismo das corporações multinacionais. "Um Homem, uma Vaca, um Planeta" mostra essas histórias através de ensinamentos de um senhor neozelandês que muitos estão chamando de "Novo Gandhi" (Barbara Sumner).