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Mato Grosso, hidrelétricas e a cegueira programada.

Após uma votação apertada e empatada no Conselho Estadual de Meio Ambiente de Mato Grosso (Consema), a Secretaria do Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso (SEMA) se posicionou em favor da Usina Hidrelétrica (UHE) Paiaguá, dando seu voto de minerva pela concessão da licença prévia necessária. Projetada para gerar 28 MW, ela provocará o alagamento de 2.200 hectares afetando 19 km do rio do Sangue, na bacia do rio Juruena (MT).

Índios afetados por hidrelétricas: três processos judiciais, nenhuma consulta.

Os indígenas impactados de maneira definitiva pelos projetos de usinas hidrelétricas na Amazônia nunca foram consultados previamente, da forma definida pela Constituição brasileira e pela Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da qual o Brasil é signatário. Por esse motivo, o governo brasileiro responde a três processos judiciais, movidos pelo Ministério Público Federal no Pará e no Mato Grosso.

Área central da bacia do Tapajós tem de ser preservada, diz estudo.

Certa vez em uma reunião a presidente Dilma Rousseff teria perguntado à ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, qual era o planejamento da pasta para áreas na Amazônia que precisavam ser conservadas. Não há resposta fácil para esse tema, e todas são polêmicas. Quais são os ecossistemas aquáticos e terrestres imprescindíveis de serem preservados na Amazônia? Pesquisadores de duas ONGs, o WWF e a TNC, desenvolveram um modelo espacial que procura dar foco ao planejamento da conservação. No caso da bacia hidrográfica do Tapajós, por exemplo, a conclusão do estudo é que o bloco central deveria ser preservado de qualquer modo.

Melhoria contínua das condições de segurança das usinas nucleares tem dado certo, segundo a Aben.

A melhoria nos procedimentos de segurança das usinas nucleares em todo o mundo é contínua e tem dado certo, disse à Agência Brasil o diretor da Associação Brasileira de Energia Nuclear (Aben), Edson Kuramoto. Isso, segundo ele, pode ser constatado pelo fato de nos últimos 50 anos terem ocorridos apenas três acidentes graves. “Fora esses três grandes eventos, não ocorreu nenhum acidente dessa magnitude. Isso prova que esse procedimento que vem melhorando a segurança das usinas continuamente tem dado certo”, disse.

Tesouro desembolsa R$ 8,4 bi para garantir desconto na tarifa de luz.

O aporte que o Tesouro Nacional precisará fazer para garantir o corte nas contas de luz subiu consideravelmente e chegará a R$ 8,4 bilhões. Em 2014, conforme já admitiram autoridades do setor elétrico, deverá crescer ainda mais. Inicialmente, quando divulgou o plano de redução das tarifas de energia, o governo estimava contribuição de R$ 3,3 bilhões do Tesouro para compensar a retirada de encargos.

A razão da crise elétrica. Artigo de José Eli da Veiga.

"A opção preferencial do lulismo foi se submeter aos lobbies favoráveis à construção de termelétricas movidas a combustíveis fósseis. Jogando no lixo a linha formulada pelo PT antes das eleições de 2002, sob a liderança e coordenação de Luiz Pinguelli Rosa (UFRJ) e Ildo Sauer (USP)", afirma José Eli da Veiga, professor dos programas de pós-graduação do Instituto de Relações Internacionais da USP (IRI/USP) e do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), em artigo publicado no jornal Valor, 29-01-2013.