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De 2003 a 2014: as hidrelétricas de Lula e Dilma.

"A construção das usinas incluídas no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) tem como objetivo satisfazer a volúpia por grandes obras do cartel de empreiteiras, maiores doadoras das campanhas de Lula e Dilma", escreve Telma Monteiro, ativista socioambiental.

Fotógrafo faz vídeo incrível de Chernobyl usando drone.

O acidente de Chernobyl em 1986 ficou conhecido como o maior desastre nuclear da história humana. Com mais de 56 mortes diretas e mais de 4000 indiretas – consequências das partículas radioativas espalhadas no ar -, estima-se que o prejuízo financeiro da União Soviética com o evento foi de 18 bilhões de rublos.

TI Munduruku: Funai admite pressão e condiciona demarcação à usina no Tapajós.

Em um vídeo filmado pelos Munduruku em setembro deste ano durante uma reunião na Funai em Brasilia, a presidente do órgão, Maria Augusta Assirati, afirma ter sido pressionada durante sua gestão por setores do Governo Federal para não assinar o relatório de demarcação da Terra Indígena Sawré Muybu, localizada na região de Itaituba, Pará. Ela chega a chorar e diz que ainda não publicou os estudos e o mapa com as coordenadas da TI porque outros órgãos do governo federal passaram a discutir a demarcação, que, se aprovada, inviabilizaria legalmente a construção da hidrelétrica de São Luiz do Tapajós, no rio Tapajós. Além de indígenas, ribeirinhos e representantes da Fundação, também estavam presentes, Nilton Tubino, da Secretaria Geral da Presidência da República e Celso Kjinic, do Ministério de Planejamento.

Governo retoma as grandes barragens.

A situação crítica do abastecimento hidrelétrico e a queda progressiva da fatia dessas usinas na matriz de energia fizeram o governo tirar da gaveta um plano polêmico, congelado há anos: a construção de hidrelétricas com grandes reservatórios d'água. Discretamente, esse modelo de usina, praticamente banido do planejamento do setor há uma década, tem sido retomado pelo governo.

Arqueólogos se posicionam contra licenciamento de barragens nos rios Tapajós e Teles Pires.

A participação de cientistas em processos de construção de barragens na Amazônia é uma grande polêmica aberta. Os processos de licenciamento feitos pelo governo têm sido atropelados, e algumas empresas de “pesquisas” costumam distribuir laudos para temas que não são de sua especialidade. No rio Tapajós, cientistas que invadiram territórios indígenas para realizar levantamentos, contra a vontade das populações locais e sem consulta prévia, tiveram que ser escoltados pelo Exército e a Força Nacional. Ou seja: a força bruta do Estado está sendo utilizada por cientistas, como um antigo modelo colonial, para impor às populações locais formas de extração de recursos que impactem diretamente seus territórios e suas vidas. Como diz o cacique Juarez, nesse vídeo: “eles não são pesquisadores, são exploradores de terra”.

Japão limpo de nuclear.

A população japonesa está prestes a comemorar um feito histórico: pela primeira vez em quase meio século o país vai completar um ano sem usar energia nuclear. O último dos 48 geradores foi fechado no dia 15 de setembro de 2013 e, ao mesmo tempo, o país tem contribuído para o desenvolvimento das energias renováveis, provando que o Japão pode alcançar o objetivo de ter 40% de sua matriz energética apenas com fontes renováveis.

Japão anuncia construção da maior usina solar flutuante do mundo.

O acidente na usina de Fukushima ocorrido em março de 2011 ainda traz sérias dores de cabeça ao governo japonês, que procura alternativas a essa fonte energética. Outro problema é a falta de espaço cada vez mais latente no país asiático – formado por 233.000 quilômetros quadrados (tamanho equivalente ao estado de São Paulo), mas cuja população conta com 128 milhões de habitantes.

Na Bahia, energia eólica impacta comunidade.

O vento é a fonte de energia que mais cresce no Brasil. Entre 2006 e 2013, houve um crescimento de 829% desse setor. Hoje, já são 167 parques eólicos em todo o país, mas 36 deles estão desconectados da rede por falta de linhas de transmissão. Um parque eólico é um espaço, terrestre ou marítimo, onde estão concentrados vários aerogeradores destinados a transformar energia eólica em energia elétrica.

As hidrelétricas e o processo de intervenção na Amazônia.

“Qual modelo de desenvolvimento e ocupação que nós queremos na Amazônia? A construção das hidrelétricas que estão sendo feitas corresponde ao modelo que se deseja?”, questiona André Villas-Bôas em entrevista à IHU On-Line, concedida por telefone. Na avaliação dele, é um equívoco “achar que as hidrelétricas não são uma força de atração de um conjunto de investimentos que acabam modelando a forma que estamos ocupando a Amazônia”.