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Presidente já reduziu áreas protegidas em prol das hidrelétricas.

A defesa da construção de hidrelétricas na Amazônia pela presidente Dilma Rousseff não se limita ao discurso como o feito anteontem no Planalto. Essa defesa impôs recentemente a redução de 1.032 quilômetros quadrados da área de cinco unidades de conservação na floresta, abrindo caminho para duas novas usinas. A medida provisória que muda limites de áreas de proteção foi editada discretamente em janeiro e tem de ser aprovada pelo Congresso até o último dia de maio.

O maior desafio de nossa espécie é manter o planeta habitável.

"O planeta funciona como um sistema biofísico que modera o clima (mundial, continental e regional) e forma o solo e sua fertilidade. Os ecossistemas oferecem uma variedade de serviços, inclusive o fornecimento de água limpa e confiável. A diversidade biológica é uma biblioteca viva essencial para a sustentabilidade. Cada espécie representa um conjunto de soluções único para uma série de problemas biológicos e pode ser de importância crítica ao avanço da medicina, da agricultura produtiva, da biologia que fornece a atual sustentação para a humanidade e, mais importante, pode fornecer soluções para o desafio ambiental", escreve Thomas Lovejoy, professor de ciências e política pública na Universidade George Mason e diretor de biodiversidade do Centro H. John Heinz III de Ciência, Economia e Meio-Ambiente, em artigo publicado no jornal International Herald Tribune e reproduzido pelo Portal Uol, 06-04-2012.

Cúpula dos Povos: ativistas criticam mercado de crédito de carbono.

A política de emissão de crédito de carbono é “perversa” com o meio ambiente e não ajuda a reduzir a emissão de poluentes. A avaliação é de Graciela Rodrigues, que integra o comitê responsável pela organização da Cúpula dos Povos, evento que vai discutir o desenvolvimento sustentável do planeta de forma paralela à Rio+20, debate da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o mesmo tema, previsto para ocorrer entre os dias 15 e 23 de junho.

Produtos naturais ganham mercado e substituem fertilizantes e agrotóxicos.

Quarto maior consumidor de fertilizantes e um dos líderes mundiais no uso de agrotóxicos, o Brasil começa a expandir duas novas tecnologias naturais para aumentar a fertilidade dos solos e combater pragas. Resultado de pesquisas nacionais, os fertilizantes orgânicos da Embrapa e o controle de pragas com uso de vespas e ácaros, da empresa brasileira BUG, são opções sustentáveis que garantem a produtividade e saúde da lavoura.

Ganhos e perdas na senda da inovação, artigo de Washington Novaes.

Quase à mesma hora em que era sepultado em São Paulo, há duas semanas, o corpo do professor Aziz Ab’Saber, uma das figuras mais importantes do pensamento científico e ambiental brasileiro, chegava às mãos do autor destas linhas o livro Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial, editado pelo Ministério do Meio Ambiente, sob coordenação do gerente de Recursos Genéticos, Lídio Coradin – obra importante para o País na área em que o falecido professor da Universidade de São Paulo (USP) foi um expoente.

Belo Monte já causa êxodo na Amazônia, denuncia ativista.

No mais pragmático e contundente discurso neste III Fórum Mundial de Sustentabilidade, em Manaus, a ativista ambiental Bianca Jagger – ex-mulher do cantor Mick Jagger – fez uma crítica ferrenha contra a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, em meio à floresta amazônica no estado do Pará e denunciou ter provas de que já existe um êxodo na região por causa das obras.

A questão ambiental está no cerne da oposição dos movimentos sociais equatorianos ao governo de Rafael Correa.

“Está cada vez mais claro que os governos da ‘nova esquerda’ não oferecem alternativas reais de desenvolvimento e bem-estar. Por isso, os povos estão se organizando e falando cada vez mais alto. É preciso escutá-los”. O comentário é de Tadeu Breda, escritor e autor do livro O Equador é Verde — Rafael Correa e os Paradigmas do Desenvolvimento (Editora Elefante, 2011) em artigo para o sítio Outras Palavras, 20-03-2012.

A Amazônia não é nossa! artigo de José Eustáquio Diniz Alves.

A Amazônia não é nossa e nem de ninguém. A Amazônia não pertence ao Brasil, nem à Bolívia, Peru, Colômbia ou Venezuela. Não pertence a país algum. A Amazônia não é um patrimônio da humanidade. Desde seu berço, ela nunca teve dono, pois nasceu e cresceu muito antes do surgimento do ser humano. A Amazônia pertence a ela mesmo.