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Fim da pororoca em rio do Amapá é irreversível.

O fim de um dos fenômenos naturais mais conhecidos do Amapá, a pororoca, parece ser um caminho sem volta. Mesmo com investigações e estudos anunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) e órgãos ambientais do estado para saber as reais causas e alternativas para o Amapá ter de volta as famosas ondas, especialistas avaliam que o retorno do fenômeno tende a ser irreversível.

A poluição da criação intensiva de gado na água e no ar

Sobre a criação de gado e o aumento do aquecimento global através do efeito estufa, pondera: “Os impactos ambientais da criação extensiva no Brasil são infinitamente menores do que a criação intensiva que ocorre nos países industrializados e desenvolvidos. Feita essa distinção, acredito que o principal problema no Brasil relativo à criação de gado no que tange ao efeito estufa é a emissão de metano devido ao processo de ruminação”. E completa: mesmo nos países desenvolvidos, “a poluição que o gado causa na água e no ar é muito mais importante do que o aumento do efeito estufa. O principal problema nos países industrializados quanto ao efeito estufa é a queima de combustíveis fósseis. Penso que a criação de bovinos confinados causa uma série de outros impactos ambientais que são muito mais relevantes do que o aumento do efeito estufa”.

Estado e fazendeiros podem ser punidos pelo fim da pororoca, diz MPF

A ocupação irregular de áreas nativas para a criação de búfalos foi um dos principais fatores que provocou o fim do fenômeno da pororoca na bacia do rio Araguari, no extremo Leste do Amapá. Uma reportagem especial da Rede Amazônica no estado mostrou a destruição do ambiente responsável por uma das maiores ondas de água doce do mundo, no encontro do rio com o Oceano Atlântico. O Ministério Público Federal (MPF) apura a responsabilidade dos pecuaristas da região e também do estado em relação ao impacto ambiental, de proporções ainda não calculadas pelos órgãos de conservação.

Os índios nos salvarão, afirma bispo anglicano presidente do WCC para a América do Norte

“Estamos entrando numa era na qual a gente não tem uma consciência mais ampla dos direitos dos povos indígenas. Não existe futuro para o nosso planeta se não se envolverem as populações indígenas”. É quanto afirmou o bispo Mark MacDonald, presidente do World Council of Church (CEC) para a América do Norte e presidente dos bispos indígenas da Comunhão Anglicana no Canadá. “No decurso dos últimos sete anos – explicou – constatei que os povos indígenas no Canadá e, de fato em todo o mundo andaram para a autodeterminação e a atualização dos principais valores dos antepassados. O que é de vital importância é a consciência pública coletiva que os povos indígenas devem atingir com sua autodeterminação. Isto – acrescentou o bispo anglicano – é o aspecto mais importante: aconteça o que acontecer”.

É possível ser um consumidor consciente.

Consumidor consciente é aquele que pensa antes de adquirir um produto para além das questões de preço e marca. Ele leva em conta o meio ambiente, a saúde humana e animal e as relações justas de trabalho. Esse tipo de atitude ainda pode parecer distante da realidade de muitos consumidores, mas o Ministério do Meio Ambiente (MMA) dá dicas simples que promovem mudanças significativas no dia a dia.

Incompetência e ganância nas terras da Amazônia.

O caderno especial do Jornal O Estado de S. Paulo Favela Amazônia – um novo retrato da floresta (5/7), coordenado por Leonencio Nossa – é documento que precisa ser conhecido por todos. É, ao mesmo tempo, um retrato da devastação no bioma amazônico e um libelo sobre os formatos impiedosos da atuação humana naquela parte do nosso território – e suas consequências dramáticas internamente e para o inquietante drama do clima. Que se pode dizer quando se tem diante dos olhos os números – um terço da população das grandes e médias cidades vivendo em “territórios do tráfico”, condições mais desfavoráveis que a das favelas do Rio e de São Paulo, máfias controlando o programa Bolsa Família? Onde a biodiversidade – alto privilégio para o País – vai sendo perdida em alta velocidade?

Indígenas brasileiros, subjugados por Belo Monte?

Etnocídio, a nova acusação contra a central hidrelétrica de Belo Monte, realça dimensões mais profundas dos conflitos e das polêmicas desatadas pelos megaprojetos em construção, ou planejados, para a Amazônia brasileira. A promotora Thais Santi, do Ministério Público Federal (MPF), anunciou para “dentro de algumas semanas” uma ação judicial contra a Norte Energia, a empresa concessionária da central, com o argumento de que suas iniciativas para silenciar a resistência indígena configurariam crime de etnocídio.

Barqueiros e indígenas ocupam o rio Xingu – Nota à sociedade de Altamira e do Brasil.

Indignados por terem seus direitos fundamentais violados há mais de quatro anos pela Norte Energia S.A. (NESA), construtora da UHE Belo Monte, bem como pelo governo brasileiro, proprietários e pilotos de barcos e voadeiras que navegam pelo rio Xingu resolveram ocupar hoje, 02, um trecho deste rio, onde está sendo construída a usina, juntamente com povos indígenas das etnias Arara e Juruna, que também são impactados e tem seus direitos negados.