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Cortes de água chegam ao coração da Califórnia: a agricultura.

A Califórnia precisou de quatro anos de seca contínua para decidir aprovar, em abril, restrições obrigatórias ao uso de água em todo o Estado pela primeira vez na sua história. Nessa sexta-feira, essas restrições chegaram ao coração mais protegido de sua economia: os agricultores com direitos sobre a água que remontam aos tempos da febre do ouro, há mais de um século. A Comissão de Recursos Hídricos da Califórnia aprovou restrições na sexta-feira, 12, para 117 desses produtores. É o corte mais profundo da história para esses agricultores, um movimento que revela que a gravidade da seca terminou por derrubar todos os tabus políticos do Estado.

Novo Código Florestal e falta de água: tudo a ver.

“Veta, Dilma!”. Era o que diziam ambientalistas, músicos, cientistas, estudantes e donas de casa em todos os cantos do país, enquanto o projeto do novo Código Florestal brasileiro seguia adiante no Congresso. O grito das ruas foi ignorado – ou como disse o governo “parcialmente atendido”, e em 2012 veio a promulgação.

Lavar lixo reciclável e usar copo plástico gastam mais água; entenda

Em tempos de escassez hídrica, a necessidade de rever hábitos para economizar água se tornou prioridade. O de lavar o lixo antes de destiná-lo à reciclagem é um que precisa ser revisto. Você que está acostumado a “passar uma aguinha” naquela caixa de leite longa vida ou lata de leite condensado antes do descarte, um recado: apenas pare de fazer isso pelo resto de sua vida.

Salinização da água e proliferação de algas nas lagoas do Litoral Norte gaúcho. Entrevista especial com Cacinele Rocha .

A irrigação das lavouras, a proliferação de algas e a presença de metais pesados nas lagoas do Litoral Norte do Rio Grande do Sul são sinais de que a qualidade da água está comprometida. Os dados são apontados pela química Cacinele Rocha, que integra o Ceclimar, órgão vinculado ao Instituto de Biociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS.

Alterações das precipitações e mau uso dos aquíferos estão entre os fatores da escassez de água em parte do país.

A Amazônia não é apenas a maior floresta tropical que restou no mundo. Esse sem-fim de verde entrecortado por rios serpenteantes de tamanhos e cores variados também não se limita a ser a morada de uma incrível diversidade de animais e plantas. A floresta amazônica é também um motor capaz de alterar o sentido dos ventos e uma bomba que suga água do ar sobre o oceano Atlântico e do solo e a faz circular pela América do Sul, causando em regiões distantes as chuvas pelas quais os paulistas hoje anseiam.

Navios roubam água dos rios da Amazônia.

A hidropirataria também é conhecida dos pesquisadores da Petrobras e de órgãos públicos estaduais do Amazonas. A informação deste novo crime chegou, de maneira não oficial, ao Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), órgão do governo local. “Uma mobilização até o local seria extremamente dispendiosa e necessitaríamos do auxílio tanto de outros órgãos como da comunidade para coibir essa prática”, reafirmou Ivo Brasil.

O Brasil secou.

Em 2014, não choveu. Pelo menos não quanto deveria. Os índices de chuvas apresentam déficit, os reservatórios minguaram a percentuais críticos, a nascente do Rio São Francisco secou pela primeira vez na história. Esses eventos extremos estavam previstos pelos estudiosos das mudanças climáticas, causadas quase exclusivamente pela atividade humana, especialmente pela queima de combustíveis fósseis. Mas outro fator está agravando esse quadro: o desmatamento. A Amazônia é a responsável por manter úmido todo o continente, e sua depredação influencia diretamente no clima.