Resumo da história.
- Mais do que 90 países aprovaram o adoçante artificial aspartame para uso em milhares de produtos alimentícios e bebidas, no entanto, múltiplos estudos mostram que ele gera efeitos preocupantes nos cérebro;
- O mais novo estudo publicado com ratos, investigou o efeito crônico do aspartame sobre o estresse oxidativo no cérebro; os pesquisadores detectaram que havia um aumento significativo nos níveis na peroxidação lipídica, na atividade da enzima peróxido desmutase, nos níveis de glutationa peroxidase/GPx e na atividade da catalase/CAT, mostrando que a exposição crônica de aspartame resulta em metanol detectável no sangue que pode ser responsável pela geração de estresse oxidase no cérebro;
- No início deste ano, um outro estudo investigou o efeito a longo prazo da ingestão de aspartames sobre o estatuto de defesa antioxidante em cérebro de ratos e também detectou que ele leva ao estresse oxidativo que tende a causar um dano acelerado de tecidos e órgãos.
http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2012/09/26/aspartame-causes-brain-damage.aspx?e_cid=20120926_DNL_art_2
By Dr. Mercola
Mais do que 90 países deram luz verde ao adoçante artificial aspartame para ser empregado em milhares de produtos alimentícios e bebidas.*1
Duzentas vezes mais doce do que o açúcar, o aspartame permite aos fabricantes de produtos alimentícios produzirem alimentos doces que eles comercializam como de “baixa caloria”, “diet” ou “livre de açúcar”, apelando para centenas de milhões de consumidores que querem cortar o açúcar de suas dietas.
Não dúvida a respeito disso, a quantidade menor de açúcar que se colocar na dieta, será melhor. Mas trocar o açúcar pelo aspartame não é a solução e de fato é possivelmente bem pior para sua saúde.
Apesar da segurança dada pela Administração de Alimentos e Fármacos dos EUA (nt.: U.S. Food and Drug Administration/FDA) e por outras agências de saúde pública de que o aspartame é seguro, a pesquisa está demonstrando outra coisa …
Afinal de que Inferno o Aspartame É Feito?
Virtualmente todo o material de propaganda enfatiza o aspecto de que o aspartame é natural e feito de dois amino ácidos, os blocos estruturantes das proteínas. Mas como muitas outras decepções, isto é só parcialmente verdade. Embora haja dois amino ácidos que engloba 90% do aspartame, ácido aspártico e fenilalanina, eles estão ligados formando um éster metílico que compreende os 10% restante da molécula.
O metanol é liberado do aspartame dentro de horas depois de consumido após a hidrólise do grupo metila do dipeptídio, pela quimotripsina no intestino delgado. Assim que esta ligação do éster metílico é quebrada, libera álcool metílico ou metanol que comumente é chamado de álcool de madeira. O problema com o metanol é que ele passa através da barreira hematoencefálica e se converte em formaldeído, causando lesões ao órgão. Esta molécula pode ser reconhecida como o fluido para embalsamento de corpos.
Curiosamente, o metanol é somente tóxico para os humanos. Todos os outros animais são capazes de desativá-lo antes que ele cause danos.
O metanol é um tóxico que destrói a mielina nos corpos humanos, tecido este que é um material isolante e que está em torno dos nervos, permitindo que os sinais nervosos transitem com propriedade. Uma vez injuriado, passa-se a apresentar aquilo que se chama de sintomas de desmielinazação que comumente é visto em doenças como esclerose múltipla e também enxaquecas que podem incluir desfunções bizarras e inconsistentes do campo visual.
Minha irmã que me ajudou a começar minha vida profissional em 1985, é na verdade uma das pessoas que desenvolveu estes sintomas quando exposta ao aspartame. Ino final dos anos 80, eu auxiliei a diagnosticá-la com esta sensibilidade e ela evitou este produto por mais de 25 anos.
Por que o Metanol é Tão Tóxico?
O metanol se metaboliza em ácido fórmico e formaldeído em nosso organismo. Muitos especialistas acreditam que o ácido fórmico é o problema, mas o real problema é o formaldeído que é uma neurotoxina mortal e carcinogênica. Uma avaliação da EPA (nt.: Agência de Proteção Ambiental dos EUA) sobre o metanol afirma que ele “é considerado um veneno acumulativo devido a seu baixo grau de excreção permitindo então ser absorvido. No organismo, o metanol é oxidado a formaldeído e ácido fórmico; ambos metabólitos são tóxicos”. *2
Eles recomendam sua ingestão dentro do limite de consumo de 7,8 mg/dia. Mas de acordo com Woodrow Monte, Ph.D, R.D., diretor do Laboratório da Ciência da Alimentação e da Nutrição junto à Arizona State University:*3
“Quando os refrigerantes e sucos, adoçadas com aspartame, são utilizados para recolocar a perda de fluidos durante exercícios ou esforço físico em climas quentes, a ingestão de metanol pode exceder 250 mg/dia ou 32 vezes o limite de consumo recomendado pela Environmental Protection Agency/EPA para este tóxico cumulativo”.
Mais adiante, ele afirma que devido a falta de algumas enzimas chaves, os seres humanos são muitas vezes mais sensíveis aos efeitos tóxicos do metanol do que os outros animais. Por isso, testes com aspartame ou metanol em animais não irão refletir de maneira acurada o seu perigo para os humanos.
“Não há estudo humano ou mamíferos para avaliar os possíveis efeitos mutagênicos, teratogênicos ou carcinogênicos da administração crônica do álcool metílico”, diz ele.
Os sintomas pelo envenenamento do metanol são muitos e incluem dores de cabeça, zumbidos nos ouvidos, tonturas, náuseas, distúrbios gastrointestinais, fraqueza, vertigem, desânimo, lapsos de memória, dormências e dores agudas nas extremidades, distúrbios comportamentais e neurite. Os problemas mais conhecidos do envenenamento do metanol são problemas de visão incluindo vista turva, contração progressiva do campo visual, vista embaçada, obscurecimento da visão, danos à retina e cegueira. O formaldeído é um conhecido carcinogênico que causa danos na retina, interfere com a replicação do DNA e pode causar defeitos de nascimento. Os pesquisadores no estudo a seguir raciocinaram então que exposição ao metanol induzido pelo aspartame é provavelmente possível pelo estresse oxidativo no cérebro.
Novo Estudo Mostra Que o Aspartame Danifica Nosso Cérebro.
O mais novo estudo publicado com ratos investigou os efeitos crônicos do aspartame no estresse oxidativo no cérebro. Os pesquisadores detectaram que havia um aumento significativo nos níveis da peroxidação lipídica, na atividade da enzima peróxido desmutase, nos níveis de glutationa peroxidase/GPx e na atividade da catalase/CAT, mostrando que a exposição crônica do aspartame resultava em metanol detectável no sangue e que poderia ser responsável pela geração do estresse oxidativo e de danos no cérebro.*4
Assim o estudo encontrou de que a exposição ao aspartame resultava em “níveis detectáveis” de metanol no sangue. O metanol é gradualmente liberado no intestino delgado quando o grupo metila do aspartame encontra a enzima quimotripsina.
Estão os Adoçantes Artificiais Danificando Nossos Cérebros?
O estresse oxidativo pode ser definido como um estado no qual radicais livres prejudiciais superam as nossas defesas antioxidantes. O estresse oxidativo tende a levar a lesões aceleradas nos tecidos e órgãos.
Um caso típico: no início deste ano outro estudo investigou o efeito de ingestão em longo prazo de aspartame sobre o estados das defesas antioxidantes no cérebro de ratos e também detectou que ele leva ao estresse oxidativo.*5 Ratos machos que receberam uma alta dose do adoçante artificial exibiram uma concentração baixa de glutationa reduzida (a forma ativa e antioxidante da glutationa) e da atividade da glutationa redutase, um sinal do aumento da lesão induzida pelo estresse oxidativo no organismo.
A deficiência de glutationa tem sido conectada a doenças relacionadas com a velhice como Alzheimer. Exames também revelaram uma leve congestão vascular – uma obstrução do fluxo normal de sangue dentro do cérebro – nestes ratos. Os pesquisadores concluíram:
“Os resultados deste experimento indicam que o consumo em longo prazo de aspartame leva a um desequilíbrio no estado antioxidante/pró-oxidante no cérebro , principalmente através do mecanismo que envolve o sistema dependente da glutationa”.
Somando-se ao problema, um dos amino ácidos do aspartame, o ácido aspártico, é capaz de cruzar nossa barreira hematoencefálica. Aí ele ataca as células de nosso cérebro, criando uma forma de superestimulação celular chamada exitotocidade que pode levar à morte celular.
A nossa barreira hematoencefálica que normalmente protege nosso cérebro do aspartato, como também das toxinas, não é capaz de nos proteger adequadamente contra os efeitos dos consumo do aspartame porque ela:
- Não é totalmente desenvolvida durante a infância;
- Não protege totalmente todas as áreas do cérebro;
- É prejudicada por numerosas condições crônicas e agudas; e
- Permite a infiltração do excesso de aspartato para o cérebro mesmo quando intacta.
O excesso de aspartato ou ácido aspártico lentamente começa a destruir os neurônios e a grande maioria (75% ou mais) das células neurais e numa área particular do cérebro são mortas antes dos sintomas clínicos da doença crônica ser percebida. Então, quando elas ocorrem, podem ou não estar associadas com o consumo de aspartame, embora através de exames de doenças crônicas que são piores pela exposição a longo prazo ao dano do amino ácido excitatório e incluem:
Esclerose múltipla (MS) Esclerose lateral amiotrófica Perda de memória Problemas hormonais Perda de audição Epilepsia Doença de Alzheimer e demência Doença de Parkinson Hipoglicemia AIDS Lesões cerebrais Desordens neuroendócrinas
http://www.youtube.com/watch?v=kq_LkOvPELk
Por Que Sempre Foi Aprovado?
Se ele causa lesão cerebral, por que é permitido então para nossos produtos alimentícios e bebidas? A fato dos fatos é que a FDA rejeitou o aspartame não uma vez, mas múltiplas vezes. Os dados científicos não sustentaram se é ou não um produto seguro. Mas a FDA é uma agência federal que está sujeita aos ventos políticos e a os funcionários encarregados das ações da agência vêm sendo apontados de terem muitos conflitos de interesse, tanto econômicos como éticos.
Em 1975, a FDA chegou a conclusão de que o aspartame não poderia ser permitido estar no mercado. O passo seguinte da agência foi constituir um conselho público de averiguação composto por especialistas externos à agência para investigar a segurança do aspartame. Em 1980 este conselho rejeitou por unanimidade seu pedido de aprovação. Um outro painel agora interno da FDA convocado em 1980 também rejeitou a aprovação do mesmo.
Assim, neste aspecto foram três ataques contra o aspartame, quatro se contarmos o relatório Bressler. Este documento foi compilado em 1977, depois que cientistas da FDA averiguaram os estudos de campo conduzidos sobre este adoçante. Este relatório descobriu fraude e manipulação de dados tão sérios que a agência enviou seus arquivos para o Advogado Geral dos EUA, no escritório de Chicago, para constituir um processo.
Basicamente, os resultados dos dados científicos foram bastante claros até 1980: o aspartame era um veneno feito pelo homem, perigoso e causador de tumores cerebrais, e a companhia vinha tentando impô-lo nos suplementos alimentícios. Este foi o veredicto no processo feito pela FDA. Poder-se-ia pensar que este seria o fim do aspartame, certo?
Não por muito tempo.
Para maiores detalhes sobre a história como o aspartame fez para vir a ter seu processo aprovado pela FDA, apesar de todos os sinais de precaução quanto aos perigos potenciais sobre a saúde e as conhecidas fraudes científicas, ver o documentário 60-Minutes abaixo e de como Mike Wallace faz seu belo trabalho de sumarizar uma longa história, sem dúvida.
http://www.youtube.com/watch?v=kn5slnNB8h0
Sabia que o Aspartame Pode Nos Tornar Gordos?
Se és uma das pessoas que vem sofrendo dores de cabeça e enxaquecas, problemas de visão, fadiga, ataques de ansiedade, dores abdominais ou outros sintomas quando consomes aspartame, tomar a decisão de eliminá-lo de tua dieta, será provavelmente uma escolha fácil.
Para o restante dos leitores, fazer isso tendo por base a possibilidade de que talvez “um dia” possam surgir os sintomas de lesão cerebral, é muito mais abstrato e provavelmente muito pouco para uma possível decisão de tomar esta atitude agora.
É por isso que eu quero compartilhar com vocês uma das grandes decepções que cercam os adoçantes artificiais como o aspartame: a de que eles ajudam a perder peso ao se evitar o açúcar.
Isso é um MITO. Pesquisas têm mostrado que os adoçantes artificiais podem:
- Estimular teu apetite;
- Aumentar a fome por carboidratos; e
- Estimular o armazenamento de gordura e o ganho de peso. De fato, refrigerantes ‘diet’ que são bem conhecidos como fontes de adoçantes artificiais, podem duplicar, na verdade, o teu risco de obesidade! *6
O ponto é, se estás vivendo um momento difícil para desistires do aspartame, pensa no seu potencial de lesar o teu cérebro ou talvez no simples fato de que ele pode te levar a te envolveres com alguns quilinhos a mais num futuro muito próximo. Isso poderá te motivar a ir em direção a uma mudança positiva.
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Fontes e Referências.
- 1 UAB School of Medicine June 2, 2010
- 2 Journal of Applied Nutrition Volume 36, Number 1, 1984, Aspartame: Methanol and the Public Health, Woodrow Monte, Ph. D
- 3 See ref 2
- 4 Journal of Biosciences epub August 3, 2012
- 5 Drug and Chemical Toxicology March 2, 2012
- 6 Study presented at the meeting of the American Diabetes Association in San Diego, 2005 (nt.: http://shine.yahoo.com/healthy-living/diet-soda-may-be-making-you-fat-2504019.html).
Tradução livre de Luiz Jacques Saldanha, outubro de 2012.