Análises revelam impacto de pesticidas organoclorados e bifenilos policlorados (PCBs) em tartarugas-verdes

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A influência de pesticidas organoclorados e bifenilos policlorados () no desenvolvimento da fibropapilomatose, doença que atinge as tartarugas-verdes é pesquisada no Laboratório de Ecotoxicologia do Centro de na (Cena) da USP, em Piracicaba.

Nota do site: esta substância (PCB) é a que, em final de 2012 e ainda gora em janeiro de 2013, está contaminando toda a área sudeste da Ilha de Santa Catarina por irresponsabilidade da Celesc que não tomou imediatas ações, há seis meses, quando foi vazado, criminalmente, de transformadores na região da Lagoa do Peri. Toda a criação de ostras e mariscos dos criatórios da região do sul da Ilha está comprometida.

 

http://www.ecodebate.com.br/2013/01/17/analises-revelam-impacto-de-pesticidas-organoclorados-e-bifenilos-policlorados-pcbs-em-tartarugas-verdes/

 

Estudo investiga influência de poluentes na ocorrência da fibropapilomatose, doença que afeta espécie marinha

A doença, que leva a formação de tumores, pode alterar a sobrevivência da espécie, que está ameaçada de extinção. O estudo identificou traços das substâncias nas tartarugas e os pontos do litoral brasileiro em que os animais apresentam casos de fibroapapilomatose.

Fibropapilomatose pode alterar a sobrevivência de tartarugas-verdes

“A tartaruga-verde está distribuída por todos os , nas zonas de águas tropicais e subtropicais, porém a espécie consta na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), que é o inventário mais detalhado do mundo sobre o estado de conservação mundial de várias espécies vivas”, afirma a colombiana Angélica María Sánchez Sarmiento, mestranda do programa de Patologia Comparada da Faculdade de Medicina Veterinária (FMVZ) da USP, que participa da pesquisa. Além disso, a espécie também está classificada na lista vermelha da fauna brasileira ameaçada de extinção.

Angélica e a bióloga Silmara Rossi, doutoranda em Ecologia Aplicada no programa de pós-graduação interunidades entre o Cena e a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, levantam dados sobre tartarugas-verdes acometidas pela fibropapilomatose, tipo de doença tumoral benigna cuja causa é multifatorial e que pode alterar a sobrevivência dessa espécie marinha.

“A pesquisa busca determinar a presença dos pesticidas e nos tecidos de tartarugas-verdes afetadas ou não pela moléstia, comparando os resultados em áreas com diferentes taxas de prevalência da doença e estabelecendo uma possível relação com a fibropapilomatose”, aponta Angélica.

Monitoramento
As tartarugas-verdes estudadas foram resgatadas ou capturadas durante o monitoramento pelas bases dos projetos “Tamar-ICMBio” de Vitória (ES), Ubatuba (SP), Almofala (CE), Florianópolis (SC) e Fernando de Noronha (PE) e “Biopesca”, localizado na Praia Grande (SP). O trabalho é supervisionado pela professora Eliana Reiko Matushima, do Cena, e conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

“Por meio do equipamento de cromatografia gasosa com detector de captura de elétrons existente no Cena, foi possível detectar a presença de PCBs, compostos considerados carcinogênicos, possivelmente associados à formação dos tumores”, aponta Silmara.

Outro dado relevante levantado pelas pesquisadoras é que as tartarugas-verdes estudadas em Florianópolis e Fernando de Noronha não acusaram registro da doença, enquanto que em Almofala, Ubatuba e Vitória existem muitos casos. “A análise envolve tartarugas provenientes de diversas localidades da costa brasileira, com e sem fibropapilomas”, explica a bióloga. “Qualquer mal relacionado à é um fator relevante para a redução populacional desses animais e para o desequilíbrio dos ecossistemas.”

O Laboratório de Ecotoxicologia do Cena é especializado em avaliações de comportamento de pesticidas em solos, água e plantas. “O conhecimento acumulado nas pesquisas sobre o monitoramento dessas substâncias poderá fornecer uma grande contribuição para os resultados do estudo”, destaca o professsor Valdemar Luiz Tornisielo, coordenador do Laboratório.

Imagem: Divulgação Cena

Informe do Cena / Agência USP de Notícias.

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