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Milho USA

Foto de Preston Keres, USDA/FPAC

https://www.thenewlede.org/2022/09/high-levels-of-toxic-PFAS-found-in-pesticides-used-in-farming

SHANNON KELLEHER

26.09.2022

Agrotóxicos amplamente utilizados contêm níveis preocupantes de “produtos químicos para sempre/forever chemicals” tóxicos, os PFAS, aumentam as preocupações sobre os riscos à saúde humana. representados pelos pesticidas usados ​​no cultivo de alimentos,

De acordo com um estudo publicado no final deste mês de setembro encontrou um tipo de PFAS chamado PFOS em níveis centenas de milhares de vezes maiores do que a Agência de Proteção Ambiental (EPA) considera seguro em 6 de 10 inseticidas testados, incluindo malathion (nt.: inseticida fosforado, ou seja, que atua fortemente no sistema nervoso central, autorizado para uso no Brasil), um dos inseticidas mais comumente aplicados no mundo.

O PFOS (nt.: essa substância atua como um tensoativo, ou seja, permite que o veneno seja absorvido mais facilmente pela folha ao quebrar a resistência do tecido da planta) foi encontrado em níveis que variam de 3.920.000 a 19.200.000 partes por trilhão (ppt), muito mais alto do que o alerta de saúde da EPA para PFOS na água potável, que é fixado em 0,02 ppt. O PFOS não é mais fabricado nos EUA e tem sido associado ao câncer, bem como a problemas no fígado, tireoide e sistema imunológico.

Produtos químicos PFAS, incluindo PFOS, também foram encontrados em amostras de solo, grãos de milho, vagens e amendoins que foram pulverizados com agrotóxicos em um laboratório de pesquisa do governo em Lubbock, Texas, onde o estudo foi realizado.

“O nível de absorção de PFAS por plantas detectado neste estudo sugere que essa via de exposição representa uma grande ameaça à segurança de nosso suprimento de alimentos”, escreveu Tim Whitehouse, diretor executivo do grupo de vigilância governamental PEER, em uma carta de 26 de setembro para Administrador da EPA Michael Regan.

“Por esse motivo, é bem possível que o PFAS em nossos alimentos seja uma via de exposição maior ao PFAS do que a água. Essa ameaça não é apenas para a segurança da agricultura dos EUA, mas para o suprimento mundial de alimentos, pois esses agrotóxicos são amplamente aplicados em outros países”, escreveu Whitehouse na carta.

A PEER está pedindo que a EPA exija que os fabricantes testem todos os agrotóxicos registrados e certifiquem que eles não contenham PFAS e proíbam o uso daqueles que contenham PFAS. A PEER também está pedindo à EPA que remova as declarações de seu site dizendo que os agrotóxicos registrados não contêm PFAS.

Em 1º de setembro, a EPA propôs a remoção de 12 químicos PFAS de sua lista de ingredientes inertes (nt.: substâncias que se agrega ao princípio ativo para dar mais ‘eficiência’ à ação tóxica do agrotóxicos).

“A exposição ao PFAS é uma questão urgente de e ambiental em nosso país e continuamos trabalhando agressivamente para reduzir o uso desses produtos químicos perigosos”, disse Michal Freedhoff, administrador assistente do Escritório de Segurança Química e Prevenção da Poluição em um comunicado de imprensa. “Garantir que esses 12 produtos químicos não possam mais ser usados ​​em agrotóxicos é um passo importante para proteger os trabalhadores, o público e nosso planeta da exposição desnecessária ao PFAS.”

No entanto, o novo estudo sugere que remover esses PFAS da lista de ingredientes inertes não é suficiente para garantir que eles não estejam presentes em produtos comerciais.

Embora um estudo recente da EPA tenha descoberto que os produtos químicos PFAS possam vazar de embalagens para os agrotóxicos e produtos alimentícios, Kyla Bennett, diretora de política científica da PEER, disse que isso provavelmente não pode explicar os níveis astronomicamente altos identificados no novo estudo.

Nathan Donley, Diretor de Ciências da Saúde Ambiental do Centro de Diversidade Biológica, especulou que o PFAS pode se formar quando ocorrem reações químicas entre ingredientes não divulgados em produtos comerciais de agrotóxicos.

“Nós realmente não temos uma boa ideia de quais são os ingredientes desses produtos”, disse Donley. “Não tenho certeza de quais reações químicas ocorreriam sem saber quais são os componentes, mas essa me parece ser a explicação mais provável.”

Tradução livre, parcial, de Luiz Jacques Saldanha, outubro de 2022.