Agrotóxico: IBAMA restringe uso do tiametoxam, letal às abelhas

https://climainfo.org.br/2024/02/26/ibama-restringe-uso-do-tiametoxam-agrotoxico-letal-as-abelhas

ClimaInfo, 27 de fevereiro de 2024.

[NOTA DO WEBSITE 1: Mesmo todo o planeta sabendo, inclusive a corporação dona do veneno, que essa geração de neonicotinoides, é letal para as polinizadoras e geradoras de alimento como as abelhas, ainda os supremacistas brancos eurocêntricos que seguem a doutrina da colonialidade e professam a ideologia do e do capitalismo devastador e autofágico, insistem em sua liberação. A vitória da Vida não foi completa porque se permite em sementes e no solo diretamente. Triste como o dinheiro cega a todos esses invasores e fantasmas famintos que matam seus mais ilustres parceiros que cooperam na polinização justamente de suas ‘commodities’ que lhes são tão caras].

Após 10 anos em reavaliação, órgão ignora o lobby de empresas e campanhas de desinformação e proíbe uso de aviões e tratores para aplicar produto.

As abelhas e o agronegócio responsável e sustentável do Brasil agradecem: o IBAMA decidiu restringir o uso do agrotóxico tiametoxam para proteger insetos polinizadores. Com a medida, os agricultores ficam proibidos de usar o veneno por meio de pulverizações por aviões e tratores. Já a aplicação direta no solo e em tratamento de sementes está permitida.

A aplicação do tiametoxam por pulverização estava sendo reavaliada há mais de 10 anos, lembra a Agência Pública, por ser um dos agrotóxicos mais letais às abelhas. O processo de revisão foi alvo de lobby da fabricante brasileira Ourofino e da multinacional suíça Syngenta, mostrou a Repórter Brasil.

O principal argumento utilizado pelas empresas em prol do agrotóxico era o risco de perda econômica dos produtores rurais. A pressão do agro incluiu também a contratação de um ex-servidor do Ministério da Agricultura para ajudar nas negociações com órgãos públicos, além de uma campanha online que se baseou em um estudo limitado para defender a substância.

Apesar da pressão, o IBAMA manteve a posição de restringir a substância. Assim, estabeleceu que os produtos com tiametoxam adquiridos até a data de publicação do comunicado (5ª feira, 23/2) poderão ser utilizados até o seu fim, conforme as especificações do rótulo e da bula que estavam definidas no momento que o produtor comprou o produto. E que, em um prazo de 180 dias, os fabricantes de tiametoxam se adequem às novas normas no rótulo e na bula, deixando claro os riscos do material para insetos polinizadores, detalha o g1.

Diversas pesquisas científicas relacionam o uso do veneno com a mortandade em massa de abelhas, destaca o Brasil de Fato. Os neonicotinóides, agrotóxicos feitos à base de nicotina, como o tiametoxam, atingem o sistema nervoso central das abelhas, causando desorientação. E provocam sequelas em seu sistema de aprendizagem, digestão e imunológico, podendo levar à morte.

Em 2018, a União Europeia proibiu o seu uso para proteger os insetos polinizadores, que são essenciais à reprodução de diversas espécies de plantas, sendo portanto importantíssimos para o desempenho (e a lucratividade) dos produtores rurais. O uso do tiametoxam é restrito no Canadá, enquanto os Estados Unidos estão avaliando restrições ou a proibição de seu uso, segundo o Pará Terra Boa.

Em janeiro, o IBAMA também restringiu o uso do fipronil, outro agrotóxico fatal para abelhas. Pela decisão, está proibida a aplicação em folhas e flores em todo o território nacional. No entanto, explica a Folha, embora tenha mantido sua aplicação em solo e no tratamento de sementes, o órgão ambiental avisou que também está analisando os efeitos dessas alternativas – o que é interpretado como espaço para o país banir o produto, como fizeram União Europeia e países como Colômbia e Costa Rica.

Um levantamento da FAO mostra que em 2021 o Brasil usou mais agrotóxicos em suas lavouras do que China e EUA juntos. Foram aplicadas 719,5 mil toneladas de venenos contra pestes em lavouras nacionais. A China, que tem quase sete vezes mais habitantes que o Brasil, aplicou 244 mil toneladas. Já os EUA, outra potência agropecuária global,  aplicaram 457 mil toneladas.

A restrição do tiametoxam pelo IBAMA também foi repercutida por Globo Rural e Gigante 163.

[NOTA DO WEBSITE 2: É um agrotóxico da geração dos neonicotinoides, extremamente letal às abelhas. Nosso website colocou essa ilustração da fabricante para que se veja os argumentos que usa para tentar convencer os que estão somente preocupados com os lucros ou as vantagens de hoje! Matar os polinizadores, em primeiro, e provavelmente daqui uns tempos se saberá o que causam aos seres vivos, entre eles os humanos, é ‘irrelevante’ desde que o lucro venham aqui e agora. O resto, discute-se depois. E com o dinheiro que virá, muito convencimento nem será necessário para permanecer como todos os que ainda estão aí mesmo sendo tudo o que são!].