https://www.ehn.org/nanotechnology-in-agriculture-a-double-edged-sword-2667365253.html
28 de fevereiro de 2024
[NOTA DO WEBSITE: Matéria que nos mostra como a pretensão das corporações petroagroquímicas de se considerarem, primeiro, portadoras dogmaticamente da verdade científica única e incontestável, e em segundo, se considerarem isentas por sua perigosa e criminosa obsessão de ampliarem sempre e incontestavelmente seu poder econômico e com isso político, em cima da sobrevivência de todos os seres planetários, torna-as realmente perigosas. Elas são as verdadeiras ‘pragas’, mas do apocalipse].
A incursão da nanotecnologia na agricultura com agrotóxicos nano-habilitados promete uma melhor proteção das culturas com um impacto ambiental mínimo, mas levanta preocupações ambientais e de saúde significativas (nt.: duas dúvidas. Primeira: abdicarão as corporações petroagroquímicas de seus volumosíssimos negócios com volumes imensos de produto físico por terem sido ‘comovidas‘ pelas questões ambientais e de saúde pública para orientarem a aplicação de ‘gotículas’ de suas ‘preciosidades’? Segunda: não estaremos como sociedade global, lançando ‘nanomoléculas’ de substâncias que são venenos, de forma irresponsável por estarem em ‘volumes’ de nanograma… ou seja NOVE ZEROS DEPOIS DA VÍRGULA DE UMA GRAMA = 10-9, dez na menos 9… 0,000000001 de uma grama!?).
Martina G. Vijver e Tom Nederstigt escrevem para The Conversation.
Resumidamente:
- Os agrotóxicos nano-habilitados poderiam potencialmente reduzir o volume de venenos necessários, diminuindo assim a contaminação ambiental (nt.: pela nossa história recente desde o final da 2ª Guerra Mundial, essas ‘suposições’ ‘positivas’ só têm se mostrado total e fatalmente equivocadas. Por que agora estariam certas?).
- No entanto, estes agrotóxicos podem ser mais prejudiciais para organismos não visados, incluindo a vida aquática e os polinizadores, devido à sua maior absorção e maior durabilidade (nt.: ou seja, aqui contraria totalmente a ‘diminuição da contaminação ambiental’ pretensamente proposta no uso dessas moléculas mortíferas).
- O comportamento imprevisível dos nanomateriais no ambiente dificulta a sua monitorização, representando um desafio para garantir a segurança alimentar e ambiental (nt.: bem, pelo menos aqui já se reconhece que essa opção/solução das corporações que têm praticado, em nome do dinheiro, verdadeiros extermínios de espécies vivas, é uma temeridade, ou seja, mais uma loucura da ganância do supremacismo branco eurocêntrico, tranvestida de ‘ciência’).
Citação chave:
Muitas das propriedades que melhoram o desempenho (nt.: esse conceito de ‘melhora de desempenho’ nada mais é do que os venenos tornarem-se mais efetivos em sua letalidade) dos agrotóxicos nano-habilitados no controle de pragas (nt.: outro conceito construído ideologicamente: ‘pragas’. Será que não são as ‘técnicas agronômicas da modernização da agricultura/revolução verde’ que tornam organismos vivos e que têm o mesmo direito das commodities de viverem, ‘pragas’ e não bioindicadoras, organismos consorciados etc., parceiros do agricultor?) podem igualmente exacerbar os seus impactos em outros organismos além das pragas visadas.
— Martina G. Vijver e Tom Nederstigt, cientistas ambientais
Por que isso é importante:
A mudança para agrotóxicos nano-habilitados na agricultura apresenta um equilíbrio precário entre a luta pela sustentabilidade e a proteção contra riscos ambientais e de saúde imprevistos. Os autores defendem um escrutínio regulamentar rigoroso para se navegar pelas implicações complexas da integração da nanotecnologia em setores essenciais como a agricultura. Entretanto, a indústria continua a minimizar os danos causados pelos agrotóxicos e a fugir às reformas.
Tradução livre, parcial, de Luiz Jacques Saldanha, fevereiro de 2024.