A Testosterona Não É Toda a História na ‘Menopausa Masculina’.

Sintomas da assim chamada “andropausa” — o equivalente masculino da menopausa feminina — pode ser desencadeada não só pelo declínio da testosterona, mas também alavancada pelo hormônio “feminino” estrogênio. Novo estudo suge. Especialistas dizem que o estudo, publicado em 12 de setembro de 2014, na edição do periódico New England Journal of Medicine, aprofunda a compreensão dos pesquisadores quanto às mudanças que ocorrem enquanto os homens vão envelhecendo (Nota do site: importante levarmos em consideração que todas estas mudanças deverão ocorrer em homens muito mais moços dos que os atuais que envelhecem, por causa da poluição dos que provocam, nos homens, menor capacidade de produzir testosterona. Alguns médicos não consideram que os homens passem por uma ‘pausa’ como as mulheres que, fisiologicamente, realizam a ‘pausa’ na menstruação, entrando efetivamente em uma menopausa).

 

 

http://consumer.healthday.com/general-health-information-16/misc-drugs-news-218/testosterone-not-the-whole-story-in-male-menopause-680065.html

 

 

Favor observar: Este artigo foi publicado há mais de um ano. Os fatos e as conclusões apresentadas podem, desde então, ter sofrido alguma alteração.  Questões sobre aspectos da saúde pessoal sempre devem ser referidas e tratadas com um médico ou algum outro profissional habilitado da área de assistência à saúde.
Testosterone Not the Whole Story in 'Male Menopause'

 O estrogênio também está envolvido, dizem os pesquisadores, e que o diagnóstico de ‘baixa Testosterona’ ainda não está bem claro.

 

By Amy Norton
HealthDay Reporter

11 de setembro de 2013 (HealthDay News) — A questão que envolve os níveis de hormônios masculinos é um tema bem mais complicado do que as propagandas sobre “baixa de T” e suplementos hormonais levem provavelmente a que os homens acreditem.

Em vez disso, os pesquisadores detectaram de que não há um limite, preto no branco, tanto para níveis “baixos” ou “sub ótimos” de testosterona. Diferentes sintomas afloram em diferentes limiares de testosterona: Massa muscular e força não declinam até o nível chegar bem baixo, enquanto a libido pode amortecer com relativamente pequenas depressões no nível do hormônio.

“A questão que os pacientes sempre apresentam, é: ‘Qual é o nível normal de testosterona?'” diz o Dr. John Amory, professor de medicina junto à Universidade de Washington em Seattle, que esteve envolvido neste estudo.

“Agora vou passar a perguntar: ‘Afinal, sobre qual ponto final estás perguntando?'” Diz Amory. “Diferentes funções da testosterona começam a se deteriorar em diferentes níveis”.

Além disso, o estudo mostra que o funcionamento dos homens pode ser prejudicado não somente pela perda de testosterona, mas também pelo estrogênio, de acordo com o pesquisador líder, Dr. Joel Finkelstein, diretor associado do Centro de Densidade Óssea junto ao Massachusetts General Hospital em Boston.

Uma pequena quantidade de testosterona que os homens produzem é convertido em estrogênio no organismo, então este hormônio também declina assim que os homens vão envelhecendo.

E neste estudo, a perda tanto de estrogênio como de testosterona afeta a libido dos homens e a função erétil e foi a perda de estrogênio, em particular, que pareceu promover o ganho de peso corpóreo.

Isso pode soar meio estranho e surpreendente, já que as mulheres — que produzem muito mais estrogênio do que homens fazem — normalmente têm mais gordura corporal. Mas o Dr. Finkelstein disse que isso é conhecido das pesquisas de laboratório quando os receptores dos hormônios estrogênicos dos machos roedores, são “nocauteados”. A partir dai, os animais “ganham gordura”.

Então o que tudo isso significa para os homens? Amory disse que deste “elefante na sala” permanece que: os médicos ainda não sabem se os suplementos de testosterona na verdade fazem mais mal do que bem.

E isso é uma importante questão, afirmam tanto Amory como Finkelstein. A deficiência de testosterona vem sendo diagnosticada em milhões de homens a cada ano e, nos EUA sozinhos, as receitas para este hormônio saltaram em 500% entre 1993 e 2000.

E exatamente agora, a definição para “baixa T” varia, dependendo do laboratório que faz as análises, de acordo com Amory.

Mas na média, os níveis de testosterona abaixo de 300 nanogramas por decilitro (ng/dL) são considerados baixos, diz Finkelstein — e esta é uma espécie de medida única para todas as alternativas. “E um dos objetivos de nosso estudo foi encontrar algo melhor que isso”, disse ele.

Para aprofundar o tema, sua equipe recrutou 400 homens saudáveis entre os 20 e os 50 anos. Todos eles tomaram uma droga que suprimiu a testosterona natural e a produção de estrogênio. Então, metade deles usaram diferentes doses de um gel de testosterona ou um gel com um placebo inativo por 16 semanas. A outra metade usou estes mesmos produtos mais uma medicação que bloqueava sua testosterona que era convertida em estrogênio.

Desta maneira os pesquisadores foram capazes de identificar os níveis nos quais a perda da testosterona estimulou sintomas particulares — e se o estrogênio desempenhava um papel chave em quaisquer um destes problemas.

Em geral eles detectaram aumentos na gordura corpórea e um declínio no interesse sexual começar a emergir em leves níveis de deficiência da testosterona. Mas a perda muscular e a disfunção erétil não se mostraram até os níveis de testosterona ficaram bem baixos — em torno de 200 ng/dL ou menos.

Finkelstein concorda que nenhuma destas ponderações responde a grande questão com relação a se a reposição de testosterona é uma boa coisa. E os pesquisadores ainda precisam ver se suas descobertas são verdadeiras também em homens mais velhos do que 50 anos.

“Este estudo é um passo ao longo do caminho em nosso entendimento”, disse Finkelstein. “Gostaria de dizer aos homens que permaneçam cautelosos e conservadores” quanto à terapia com testosterona.

Amory disse haver alguns homens que se beneficiam da terapia da testosterona que vem na forma de gel tópico, emplasto ou adesivo transdérmico e injeções, podendo custar acima de $300 dólares por mês.

Mas eles são os homens cujos níveis de testosterona são claramente baixos e causam problemas. A dificuldade, de acordo com Amory, é quando um homem tem um “nível T” moderadamente baixo e um vago sintoma tal como fadiga – que pode ter várias causas.

Os suplementos de testosterona têm efeitos colaterais potenciais, incluindo a acne e o avolumamento da próstata. Mas talvez a maior preocupação é de que os efeitos sobre a saúde em longo prazo, ainda são desconhecidos.

“Se um homem questiona-me se isso aumentará seu risco de doenças cardíacas daqui a uns 10 anos, tudo o que posso dizer é: ‘eu não sei'”, diz Amory. “Estamos fazendo um voo cego sobre isso”.

Tanto este pesquisador como Finkelstein apontam para a história de reposição hormonal em mulheres como um conto de fadas relacionado à prevenção. Houve um tempo em que os médicos prescreviam amplamente estrogênio e progesterona para mulheres, como forma de evitar doenças cardíacas – até que um grande estudo clínico nos EUA descobriu que as mulheres mais velhas a quem se forneceu estes hormônios, na verdade, enfrentaram um aumento nos riscos de coágulos sanguíneos, ataque cardíaco, derrame e câncer de mama.

“Não tivemos ainda um estudo análogo com homens”, disse Amory.

Mais informações

A Urology Care Foundation tem mais informações sobre baixa testosterona (low testosterone).

FONTES: Joel Finkelstein, M.D., associate director, Bone Density Center, Massachusetts General Hospital, Boston; John Amory, M.D., M.P.H., professor, medicine, University of Washington, Seattle; Sept. 12, 2013, New England Journal of Medicine

Última atualização: