
Agricultora Eliane Rodrigues – Foto: Divulgação SFA/Maranhão
Edna Santos, Embrapa Algodão
16 set 2025
[Nota do Website: ARRASADOR! Simplesmente enterra a pretensão dos grandes latifundiários e devastadores do sul e sudeste que invadem o Cerrado para produzirem algodão envenenado e degradador de gentes e campos. Só um grupo do RS tem 600 mil hectares (!!!) e plantam algodão como commodity e não como ‘agricultura’. Essa é a diferença entre a ‘agricultura=cultura no campo’ e o ‘agronegócio=ogronegócio e/ou agronecrócio’. Um exalta a vida e o outra aniquila todas as formas de vida].
Batizado de Algodão da Liberdade, o projeto Algodão em Consórcios Agroecológicos está colhendo os primeiros resultados na comunidade quilombola São Maurício, localizada no município de Alcântara, no Maranhão (nota do website: é aqui que queriam expulsar os quilombolas por razões escusas no governo anterior). No dia 10 de setembro, foi realizada a colheita da primeira etapa do projeto-piloto implantado na comunidade em dia de campo promovido pelo Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura Familiar (SAF), em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário/MDA (nota do website: esse foi o ministério que o Temer, assim que assumiu depois do golpe, LIQUIDOU! Aqui está a razão. É quem tem apoiado a pequena propriedade e quem tem produzido mais de 75% do vai para nossa mesa e agora também produzindo algodão orgânico), Embrapa Algodão, Prefeitura de Alcântara, Sindicato de Trabalhadores Rurais de Alcântara e Consórcio Nordeste.
Na ocasião, foram realizadas uma retrospectiva da implantação do projeto, em março deste ano, e a apresentação dos resultados do cultivo do algodão consorciado com outras culturas alimentares em sistemas agroecológicos.
Uma das beneficiárias do projeto é a agricultora Eliane Rodrigues, moradora da comunidade São Maurício. “O Algodão da Liberdade é mais que um projeto, é um sonho realizado e a esperança para o futuro dessa comunidade. A nossa expectativa é certificar esse algodão, expandir a produção, gerar renda para a comunidade, produzir roupas, comercializar, trabalhar o artesanato”, afirmou.
Para o secretário da SAF, Bira do Pindaré, o momento de colheita marca uma nova fase para o sucesso do projeto. “Alcântara, no passado, foi uma grande produtora de algodão utilizando mão de obra escravizada. Hoje, a cidade renasce com a expectativa de que, agora, a liberdade vai gerar renda, incentivar a produção de alimentos e garantir segurança alimentar das famílias de agricultores, por meio das ações que o projeto Algodão Agroecológico vem desenvolvendo na comunidade São Maurício. Vimos as sementes serem plantadas aqui, e agora testemunhamos a colheita,” disse Bira do Pindaré.
O coordenador do projeto e pesquisador da Embrapa Algodão, Frederico Lisita, apresentou a evolução do projeto que culminou na colheita do algodão. “Essa é a colheita do primeiro ciclo do projeto no Maranhão, e que é um projeto que engloba todos estados do Nordeste para fortalecimento e ampliação do algodão agroecológico em consórcios alimentares na região do Semiárido. Aqui, em São Maurício, o projeto está sendo executado em uma área demonstrativa de um hectare, onde foram plantados algodão em consórcios com culturas alimentares como o gergelim, milho, mandioca, moringa, e variedades de algodão branco, marrom e verde,” afirmou o pesquisador.
Na ocasião, foi firmado o acordo de cooperação técnica entre a SAF e a Embrapa Algodão para transferência de tecnologia e capacitações de técnicos e agricultores do projeto. As capacitações abordarão orientações técnicas sobre cultivo de algodão agroecológico e orgânico, desde o preparo do solo até a colheita e certificação, através da prática e da experimentação participativa, com a implantação de unidades de aprendizagem e pesquisa, promovendo uma produção sem o uso de insumos químicos e com preços diferenciados.
Sobre o projeto
O Algodão da Liberdade integra o Projeto de fortalecimento do algodão em consórcios agroecológicos, cujo objetivo é ampliar as áreas de cultivo do algodão agroecológico para beneficiar agricultores de todos os estados da região Nordeste, além do Semiárido de Minas Gerais. Coordenado pela Embrapa Algodão, com financiamento do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), o projeto conta com a parceria da SAF, do Consórcio Nordeste e da Prefeitura de Alcântara.