
Garimpo cerca a comunidade Hupiano na Terra Indígena Yanomami, em Roraima – Lalo de Almeida – 12.jan.2024/Folhapress
Folha de São Paulo – Vinicius Sassine, correspondente do jornal na Amazônia, e Lalo de Almeida, fotógrafo
07 nov 2024
[Nota do Website: As imagens se mostram por si mesmas. Algo que deixa qualquer ser humano indignado com a violência não só sobre todos os ambientes, mas e principalmente sobre e contra nossos coirmãos que não querem ser ‘ocidentais’. Não querem ser dominados, como somos, os que professam a doutrina da colonialidade que faz ‘qualquer negócio’ para aplacar a voracidade da cultura greco-romano-judaica-cristã-islâmica que se submete ao capitalismo mais indigno e cruel jamais sonhado por um ser vivo].
Documentário registra avanço do garimpo em terras indígenas e impactos no modo de vida.
O cerco do garimpo de ouro a aldeias na Amazônia, nas terras indígenas que estão entre as mais populosas do país, é uma realidade em que cenários pouco se alteram, dada a dificuldade de enfrentamento a redes criminosas que operam essa estrutura de exploração ilegal do minério. Entre junho de 2023 e janeiro de 2024, a reportagem da Folha esteve nas quatro terras indígenas mais invadidas pelo garimpo ilegal no Brasil. Os invasores cercaram aldeias e transformaram radicalmente a vida dessas comunidades, impondo perdas de roças, comida, saúde e dignidade. O tempo passou, e o domínio continua. O jornal publica, agora, um documentário sobre essa realidade. A reportagem é de Vinicius Sassine, correspondente do jornal na Amazônia, e Lalo de Almeida, repórter fotográfico. “O Cerco” é um registro da invasão garimpeira até o quintal de comunidades das Terras Indígenas Kayapó e Mundurucu, no Pará; Sararé, em Mato Grosso; e Yanomami, em Roraima. O documentário é conduzido pelos depoimentos de caciques e líderes nesse território.