Emergência climática: Relatório revela que Brasil teve 12 eventos climáticos extremos em 2023

Agência Brasil/Rafa Neddermeyer. Seca no Amazonas, Brasil, em 2023.

https://news.un.org/pt/story/2024/05/1831366

Clima e Meio Ambiente

08 Maio 2024

[NOTA DO WEBSITE: Irônico que seja a ONU que escracha o que temos feito, a partir dos legisladores, incluindo os gaúchos, tanto no estado do RS como no Congresso Nacional. Com sua voracidade de Fantasmas Famintos favorecem por suas ações irresponsáveis de eliminarem todos os entraves que são interpostos frente aos criminosos que não respeitam a sociedade. Não suportam que haja um ambiente saudável e harmônico que não provoque os terrores que viemos, no Brasil, vivendo cada vez de forma mais intensa. Será que eles desconhecem o que a ciência vem mostrando para todo o planeta? Ou será que são venais e com as mãos molhadinhas, rabiscam e rasgam todas as conquistas feitas pela sociedade para abrir perspectivas de uma vida mais igualitária e onde mais e mais conterrâneos possam usufruir as benesses que toda a natureza de nosso país disponibiliza para todos nós?].

Cinco ondas de calor, três chuvas intensas, uma onda de frio, uma inundação, uma seca e um ciclone extratropical foram reportados, sendo que nove destes eventos foram considerados incomuns e dois sem precedentes. 

Um golpe duplo causado pelo El Niño e pelas mudanças climáticas atingiu a América Latina e o Caribe em 2023, de acordo com um relatório da Organização Meteorológica Mundial, OMM, lançado nesta quarta-feira. 

No Brasil, foram registrados 12 eventos climáticos extremos, sendo nove deles considerados incomuns e dois sem precedentes. Cinco ondas de calor, três chuvas intensas, uma onda de frio, uma inundação, uma seca e um ciclone extratropical foram reportados para a OMM.

Riscos climáticos recordes

A secretária-geral da OMM, Celeste Saulo, afirmou que “infelizmente, 2023 foi um ano de riscos climáticos recordes na América Latina e no Caribe”. 

Segundo a agência, o El Niño e as mudanças climáticas induzidas pelo homem exacerbaram muitos eventos extremos, causando grandes impactos na saúde, na segurança alimentar e energética e no desenvolvimento econômico.

Muitas ondas de calor intensas afetaram a região central da América do Sul no final de agosto a dezembro, causando temperaturas escaldantes em pleno inverno. Durante a segunda quinzena de agosto, as temperaturas em partes do Brasil ultrapassaram os 41 °C. A onda de calor atingiu Rio de Janeiro e São Paulo, as cidades mais populosas do país. 

Calor intenso e seca na Amazônia

A onda de calor que atingiu a Amazônia em julho 2023 foi considerada sem precedentes e contribuiu para uma das piores secas já registradas. Segundo autoridades do Porto de Manaus, o nível do Rio Negro caiu para 12,70 m em 26 de outubro, o mais baixo já registrado desde que as observações começaram em 1902.

Outros rios importantes da Amazônia, incluindo Solimões, Purus, Acre e Branco, sofreram quedas extremas em algumas regiões e secaram completamente em outras. 

O calor intenso afetou também a vida selvagem. No Lago Tefé, mais de 150 botos cor-de-rosa foram encontrados mortos no final de setembro, com a temperatura da água atingindo um recorde de 39,1 °C.

Grandes incêndios florestais ocorreram nas regiões afetadas pelo calor no Paraguai, no Brasil e na Bolívia. Na Amazônia, foram registrados 22.061 focos de incêndio em outubro, o pior recorde para o mês desde 2008, resultando em fumaça intensa impactando toda a população de Manaus, estimada em 2 milhões de pessoas. 

Agência Brasil/Rovena Rosa. São Sebastião (SP), 22/02/2023, Casas destruídas em deslizamentos de terra na Barra do Sahy após tempestades no litoral norte de São Paulo.

Ciclone extratropical e chuvas torrenciais

O segundo evento sem precedentes registrado no Brasil em 2023 foi um ciclone extratropical no Rio Grande do Sul, que gerou chuvas volumosas, fortes rajadas de vento e causou impactos severos em muitas cidades (NOTA DO WEBSITE: tudo o que vai ser declarado aqui sobre o Rio Grando do Sul, foram os temporais do ano de 2023 e não esse de agora de maio de 2024! Ou seja, já vinha tudo sendo previsto que poderia redundar nessa tragédia de agora. E ONDE ESTÃO OS LEGISLADORES GAÚCHOS TANTO DO ESTADO COMO DO CONGRESSO NACIONAL E QUE SÃO OS “PAIS” DESSAS DESGRAÇAS PORQUE PREPOSTOS DO AGRONEGÓCIO COMANDANDO PELOS GAÚCHOS LATIFUNDIÁRIOS, ADERENTES DO SUPREMACISMO BRANCO EUROCÊNTRICO, DA COLONIALIDADE E DO CAPITALISMO INDIGNO E CRUEL, ESTEJAM NO RS OU NO RESTANTE DO BRASIL. TRISTE: SEMPRE OS GAÚCHOS! Tanto para os que seguem e honram pessoas como Lutz e outros, como os que se apossam de tudo e de todos como os supremacistas do ).

Segundo a Defesa Civil, foram registradas 46 mortes, 46 desaparecidos e 340 mil pessoas afetadas. À medida que os rios inundavam, casas e pessoas eram arrastadas pela correnteza. As cidades mais afetadas estão na região do Vale do Taquari, como Muçum e Roca Sales. Um total de 92 municípios declararam estado de calamidade pública.

O relatório menciona também que pelo menos 65 pessoas perderam a vida após chuvas torrenciais provocarem enchentes e deslizamentos de terra na cidade de São Sebastião, no litoral do estado de São Paulo. De 18 a 19 de fevereiro, caíram 683 mm de chuva em 15 horas na cidade. 

No estado do Acre, na Amazônia brasileira, fortes chuvas e o transbordamento do rio Acre inundou vastas áreas da capital Rio Branco, em 23 de março. A cidade registrou 124,4 mm de chuva em 24 horas.

Impactos econômicos

No Brasil, tanto o excesso de chuvas quanto a seca, ligados ao El Niño, atrasaram o plantio de soja. Além disso, mais de mil cabeças de gado morreram com uma onda de frio em Mato Grosso do Sul, causando um prejuízo estimado de R$ 3 milhões.

O relatório da OMM sobre o Estado do Clima na América Latina e no Caribe em 2023 confirmou que aquele foi o ano mais quente já registrado. O nível do mar continuou subindo a uma taxa superior à média global em torno da parte atlântica da região, ameaçando áreas costeiras e Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento. 

A região da América Latina e do Caribe é cercada pelos oceanos Pacífico e Atlântico e o clima na região é, em grande parte, influenciado pelas temperaturas predominantes da superfície do mar e interferências na interação entre a atmosfera e o oceano, como o El Niño.