Disruptores Endócrinos: Cientistas e médicos alertam globalmente sobre esses químicos

Um agricultor pulverizando agrotóxicos em um campo de arroz. Imagem de Galeri ega via Wikimedia Commons ( CC BY-SA 4.0 )

https://news.mongabay.com/2024/03/scientists-and-doctors-raise-global-alarm-over-hormone-disrupting-chemicals/

Alden Wicker

04 Mar 2024

[NOTA DO WEBSITE: Mesmo que esta matéria seja do início deste ano que finda, suas informações são fundamentais porque quem está falando são os tidos como especialistas exatamente no sistema onde estas moléculas atuam. E também consta aqui as falas dos responsáveis pelo envenenamento global e ainda a lerdeza dos órgãos que muito mais do que defenderem os interesses das corporações, deveriam estar lutando pela saúde da sociedade onde eles e os criminosos das corporações também vivem e sofrem, com seus familiares, os efeitos nefastos destas moléculas. Estranha esta visão de mundo suicida. E fazem agora quase 35 anos que a Dra.Theo Corborn, trouxe este conceito de disruptores endócrinos que já vinham danificando todos os seres, desde a década de 40 e seguintes, até os dias de hoje. E permanecerão até quando?].

  • Os produtos químicos disruptores endócrinos, que prejudicam a regulação hormonal do corpo humano, tornaram-se onipresentes nos produtos de consumo, nos alimentos, na água e no solo, afirma um novo relatório, provocando graves impactos na saúde global.
  • Existem cerca de 350.000 produtos químicos e polímeros sintéticos utilizados em todo o mundo, e milhares podem ser disruptores endócrinos. A maioria não foi estudada quanto aos seus efeitos na saúde humana antes de ser comercializada. Disruptores endócrinos conhecidos e suspeitos são encontrados em agrotóxicos, aditivos e plastificantes plásticos, cosméticos e acabamentos impermeabilizantes.
  • O novo relatório examina quatro fontes de produtos químicos disruptores endócrinos: plásticos, agrotóxicos, produtos de consumo e PFAS. Suspeita-se que o aumento das taxas de câncer, infertilidade e obesidade seja, pelo menos parcialmente, atribuível à presença dessas moléculas no corpo humano.
  • A Sociedade Endócrina e a Rede Internacional de Eliminação de Poluentes (IPEN), coautoras do novo relatório, apelam à criação de tratados globais juridicamente vinculativos para restringirem e proibirem a produção e utilização de todos os disruptores endócrinos.

Um novo relatório defende fortemente que uma classe de produtos químicos industriais chamados disruptores endócrinos está por trás de muitas doenças em ascensão em todo o mundo. O relatório apela a regulamentações globais mais rigorosas que controlem a sua utilização e libertação no ambiente.

Um esforço conjunto da Sociedade Endócrina e da Rede Internacional de Eliminação de Poluentes (IPEN), o relatório inclui novas pesquisas da última década que documentam evidências de que os produtos químicos disruptores endócrinos (DEs) contribuem para distúrbios reprodutivos, cânceres, diabetes, obesidade, doenças cardíacas, condições neurológicas, função imunológica reduzida, inflamação crônica e outras condições graves de saúde. A pesquisa mostra que os produtos químicos são especialmente perigosos para mulheres grávidas e crianças.

Os disruptores endócrinos interferem nos hormônios humanos naturais e perturbam o bom funcionamento do sistema endócrino, que governa tudo, desde o desenvolvimento fetal e a fertilidade até a aparência da pele, metabolismo e função imunológica. Alguns distúrbios relacionados ao sistema endócrino podem levar à morte.

Mais de 24% das doenças e distúrbios humanos a nível mundial são atribuíveis a fatores ambientais, como poluentes e exposição a produtos químicos perigosos, afirma o relatório, e esses fatores ambientais desempenham um papel em 80% das doenças mais mortais, incluindo o câncer e as doenças cardíacas.

Estima-se que existam 350.000 produtos químicos e polímeros fabricados em todo o mundo, e milhares deles podem ser disruptores endócrinos. A maioria não foi estudada quanto aos seus efeitos na saúde humana antes de ser lançada no mercado.

Uma mulher segurando um bebê.
A investigação mostra que os produtos químicos disruptores endócrinos são especialmente perigosos para as mulheres grávidas e para as crianças. Imagem de Anna Dubuis/DFID via Flickr ( CC BY 2.0 ).

Atraso na regulamentação dos EDCs/Endocrine Disruptor Compounds, preocupação crescente

A atual legislação global sobre a exposição a produtos químicos tóxicos baseia-se no entendimento tradicional de que “a dose produz o veneno”. Ou seja, as substâncias perigosas só têm impacto na saúde em níveis elevados. Mas a consultora científica do IPEN, Sara Brosché, Ph.D., rebateu essa percepção errada no comunicado de imprensa da organização: “Sabemos que mesmo doses muito baixas de produtos químicos disruptores endócrinos podem causar problemas de saúde e pode não haver dose segura para exposição a EDCs”. A regulamentação dos disruptores endócrinos em todo o mundo é igualmente frouxa e atrasada em relação à ciência atual (nt.: até que enfim cientistas mais avançados começam a perceber, definitivamente, que com os disruptores endócrinos, ao interferirem nos hormônios, agem como eles. Ou seja, em doses infinitesimais! De dose toxicológica – dose é que transforma em veneno -paradigma da Idade Média, de Paracelsus- para a atual ‘dose fisiológica‘ -nossa percepção conceitual- é o que se aplica, sem dúvida, a essas moléculas disruptoras do sistema endócrino)

O novo relatório foi divulgado durante a reunião da Assembleia das Nações Unidas para o Ambiente (UNEA-6/U.N. Environment Assembly) em Nairobi, onde se espera que a UNEA dê as boas-vindas ao recém-adotado Quadro Global para os Produtos Químicos e tente promover a ação global sobre agrotóxicos altamente perigosos. Ainda este ano, espera-se que tanto o PNUA como a Organização Mundial de Saúde divulguem uma atualização do seu Relatório sobre o Estado da Ciência dos Disruptores Endócrinos, publicado há 12 anos (nt.: infelizmente no nível global, não acontece nada. A sociedade planetária, através de seus cidadãos, por omissão, negligência, ignorância ou conivência mesmo, resolveu delegar definitivamente para as corporações, via seus lobbies, nada discretos nem por detrás dos panos, o poder de decisão sobre todas as moléculas venenosas, patenteadas pelas corporações e que trazem malefícios à cada um e todos os seres vivos do Planeta! A canalhice é descarada e com assentos privilegiados em todos os fóruns da ONU).

A Endocrine Society, uma organização de cientistas e médicos investigadores hormonais que cuidam de pessoas com doenças relacionadas com hormônios, e o IPEN, que promove políticas para proteger a saúde humana da produção, utilização e eliminação de substâncias tóxicas, não estão sozinhos a soar o alarme .

Sociedades médicas, incluindo a Associação Médica Americana, a Associação Americana de Saúde Pública,Royal College of Obstetricians and Gynecologists do Reino Unido, a Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva e a Conferência Internacional sobre Saúde Infantil e Meio Ambiente, emitiram declarações pedindo mais cuidado e controle dos desreguladores endócrinos (nt.: por que estes ‘lobbies’ não têm a mesma força do que os malévolos lobbies das corporações? Às vezes parece que estas declarações dadas por essas sociedade de especialistas, inclusive das áreas mais específicas, são só ‘pro forma’. Ou seja, elas se posicionaram e deram sua bela contribuição, mas… sem nenhum valor transformador naquilo que acusam e/ou defendem. As corporações não precisam fazer nada -aparentemente- a nível público. Parece que nem precisa, pois já são a priori vencedoras, independente de quem estiver gritando contra ou a favor representando a sociedade civil e consumidora dessses produtos maléficos).

Um agricultor pulveriza pesticida num campo de arroz no Nepal.
Um agricultor pulveriza agrotóxico num campo de arroz no Nepal. Imagem de Prakash Aryal via Pexels (domínio público).

A exposição aos disruptores endócrinos é onipresente

O novo relatório examina quatro fontes de produtos químicos disruptores endócrinos: plásticos, agrotóxicos, produtos de consumo e PFAS.

Desde o último relatório da Endocrine Society sobre este tema em 2014, a compreensão científica das substâncias per e polifluoradas (PFAS) e da sua ligação com doenças relacionadas com o sistema endócrino cresceu enormemente e agora compreende a sua própria secção do relatório. PFAS é uma classe de produtos químicos usados ​​para revestimentos resistentes a manchas e água e foi encontrado em roupas infantis e  embalagens de alimentos, bem como na água potável de quase metade dos americanos. O relatório de 2024 também expande as evidências que indicam que os disruptores endócrinos podem levar a disfunções metabólicas, incluindo a obesidade.

Os consumidores podem ser facilmente expostos a eles através de móveis, brinquedos e produtos infantis, embalagens de alimentos, eletrônicos, materiais de construção, cosméticos e roupas. No entanto, esta informação não está sendo disseminada sistematicamente aos médicos ou pacientes que têm doenças relacionadas com o sistema endócrino. Nem está incluído nos rótulos dos produtos, exceto nos cosméticos, onde pode ser confuso e inútil.

“Nós [médicos e cientistas] precisamos fazer um trabalho melhor para levarmos recursos ao público”, escreveu a principal autora do relatório, Andrea C Gore, professora e catedrática de farmacologia na Universidade do Texas em Austin, por e-mail à Mongabay. “Alguns médicos que conheço me disseram que perguntam a seus pacientes, inclusive em clínicas de fertilidade, sobre escolhas de estilo de vida. Estas questões estão começando a incluir [preocupações] sobre o uso de plásticos, o que as pessoas comem, e podem levar a conversas para fazerem mudanças, como não usarem plástico no micro-ondas e lavarem frutas e vegetais.”

Mas a questão da toxicidade vai muito além da cozinha. Embora os disruptores endócrinos, como o bisfenol A (BPA), recebam mais atenção quando estão em produtos de consumo, como mamadeiras, “as exposições a EDCs dos plásticos ocorrem em todas as suas fases da produção, uso, descarte e até mesmo de plásticos reciclados, ”, diz o relatório.

Alimentos embalados em plástico.
PFAS são uma classe de produtos químicos usados ​​para revestimentos resistentes a manchas e água. Eles foram encontrados em roupas infantis e em embalagens de alimentos. Imagem de Janet McKnight via Flickr ( CC BY 2.0 ).

A exposição a disruptores endócrinos nos plásticos é especialmente problemática na Ásia, onde a maior parte do plástico é fabricada sob controles ambientais e no local de trabalho pouco rigorosos, e nos países em desenvolvimento, onde os resíduos de plástico são normalmente descartados no final do seu curto ciclo de vida (nt.: uma sentença que dá a impressão que nos países ‘desenvolvidos’ isso não ocorre. A única diferença é que nestes, o lixo é enterrado e/ou escondido com mais eficácia e daí parecer que não desperdiçam como todo o mundo. Ou muito pior, é exportado para os países ‘pobres’ como uma ‘bondade’ para os recicladores que não têm outra opção de vida!)

A produção global de plásticos disparou nos últimos 50 anos, passando de 50 milhões de toneladas métricas para 460 milhões de toneladas métricas anualmente hoje. Embora os plásticos possam conter milhares de aditivos, muitos dos quais são conhecidos por serem perigosos e muitos outros quase desconhecidos pelos investigadores, o novo relatório centra-se nos bisfenóis como o BPA e os ftalatos, dois disruptores endócrinos conhecidos e onipresentes nos produtos de consumo de resinas plásticas, incluindo garrafas, roupas de ginástica/esportes etc. (nt.: todas feitas de poliésters), suprimentos médicos (nt.: bolsas de sangue e soro, catéteres e outros utensílios de UTIs, feitos com o carcinogênico PVC, ricos em ftalatos) e brinquedos infantis.

Muitos disruptores endócrinos chegam ao corpo humano através de embalagens de alimentos e utensílios de cozinha. Como exemplo, o relatório cita pesquisas que mostram que as pessoas estão expostas a 60 nanogramas por dia de retardadores de chama tóxicos em utensílios de cozinha de plástico, especialmente os reciclados. Acredita-se que as embalagens de alimentos contribuam para os níveis de ftalatos e BPA em nossos corpos.

Uma coleção de brinquedos de plástico.
Uma coleção de brinquedos de plástico. Os consumidores podem ser facilmente expostos a disruptores endócrinos através de móveis, brinquedos e produtos infantis, embalagens de alimentos, eletrônicos, materiais de construção, cosméticos e roupas. Os rótulos dos produtos quase não ajudam na identificação de bens de consumo que contenham EDCs. Imagem de David Zellaby via Flickr ( CC BY-NC-ND 2.0 ).

Contaminação do ar, da água e da terra

A exposição aos disruptores endócrinos provenientes de agrotóxicos, poluentes atmosféricos e resíduos industriais varia muito de país para país. Agrotóxicos altamente perigosos que são proibidos no Norte Global ainda estão sendo produzidos e exportados para o Sul Global, onde estão cobrando um alto preço, de acordo com um novo Atlas de Agrotóxicos, sendo o Brasil um dos principais usuários e agrotóxicos agrícolas ligados às mortes por câncer infantil.

O DDT ainda é produzido na Índia e a exposição humana ocorre em todo o mundo, apesar de ter sido proibido em muitos países, incluindo os EUA, desde 1972. O glifosato, o herbicida mais utilizado no mundo, tem oito das 10 características principais de um disruptor endócrino, de acordo com o relatório, e tem sido associada a resultados adversos na saúde reprodutiva.

Embora os trabalhadores agrícolas estejam especialmente em risco, os proprietários podem ser expostos através do uso de glifosato nos seus jardins e relvados, e a população em geral pode ser exposta através de resíduos de alimentos, ar, água e poeiras tóxicas. Uma análise de amostras coletadas em 2013 e 2014 mostrou que 81% dos americanos tinham níveis detectáveis ​​de glifosato na urina, com níveis semelhantes na União Europeia e na Austrália.

O relatório também analisou os efeitos específicos dos hormônios sobre a saúde causados ​​pelos metais pesados, chumbo e arsênico. O chumbo, ainda utilizado em tintas em muitos países, pode contribuir para problemas relacionados com o sistema endócrino, como o início tardio da puberdade e a menopausa precoce. O arsênico, que foi encontrado em alimentos para bebés, “há muito que está associado ao câncer e a outras condições de saúde, e evidências mais recentes mostram que o arsênico pode perturbar múltiplos sistemas endócrinos”, diz o relatório.

Pesticida Roundup da Monsanto em uma loja.
O glifosato, o herbicida mais utilizado no mundo, tem oito das dez características principais de um disruptor endócrino, de acordo com o relatório, e tem sido associado a resultados adversos na saúde reprodutiva. Imagem de Global Justice Now via Flickr ( CC BY 2.0 ).

EDCs mal regulamentados

Em 1998, a Agência de Proteção Ambiental/EPA dos EUA estabeleceu um programa para avaliar os agrotóxicos utilizados nos alimentos quanto à disruptura endócrina. Mas “até à data, a agência testou muito poucos agrotóxicos e não encontrou nenhum que fosse disruptor endócrino”, diz o relatório. Embora os Estados Unidos, a nível federal, proíbam alguns ftalatos em produtos infantis, a Agência de Alimentos e Medicamentos/FDA dos EUA não tem requisitos para testes para disruptores endócrinos e permite que o BPA e vários ftalatos que são conhecidos como tal, continuem a ser utilizados legal e intencionalmente em embalagens de alimentos. (As indústrias de plásticos e químicas apontam para essa política negligente da FDA como se fosse uma prova da segurança do plástico.)

Quando solicitado a comentar esta história, o American Chemistry Council (ACC) disse que não teve a chance de revisar completamente o novo relatório mas que o Conselho não acreditava que a ligação entre os produtos químicos disruptores endócrinos e as doenças humanas tivesse sido suficientemente estabelecida para merecer ação. “Tomar medidas mesmo quando a causalidade não foi suficientemente estabelecida é inconsistente com as leis de regulamentação de produtos químicos dos EUA baseadas no risco”, escreveu um representante da ACC num e-mail para Mongabay. “Também é inconsistente com o uso criterioso de recursos limitados de (nt.: realmente o cinismo é impressionante. Aqui a ciência que vem comprovando que a química sintética é de tal forma estranha à Vida na Terra que jamais elas conseguirão ser ‘metabolizadas’ até os seus elementos constituintes porque não foi a Vida que os construiu, por isso não sabe o que fazer com elas. Não parece lógico?? Basta ver o DDT que ainda está presente, por exemplo, nos EUA, depois de 50 anos de proibido por lá. Como? A resposta parece inquestionável já que é uma substância sintética e por isso estranha aos corpos naturais!).

O ACC apontou para o recentemente renovado Programa de Triagem de Disruptores Endócrinos (EDSP/Endocrine Disruptor Screening Program) da EPA, que acabou de encerrar o período de comentários sobre vários tipos de agrotóxicos. A EPA “descobriu que os níveis regulatórios existentes são protetores na maioria dos casos. Este é um resultado importante que demonstra que alguns riscos mediados pelo sistema endócrino provavelmente não são tão significativos como alguns inicialmente previstos quando o EDSP foi lançado há mais de duas décadas”, escreveu o representante da ACC. (Em um comentário enviado em fevereiro à EPA, a Endocrine Society criticou vários aspectos do programa de triagem da EPA como insuficiente e excessivamente restrito).

A Associação da Indústria de Plásticos não respondeu ao pedido de comentários da Mongabay para esta história.

A União Europeia começou a levar mais a sério a ameaça dos disruptores endócrinos, adotando critérios para a sua identificação em biocidas e agrotóxicos. Em 2020, a UE apelou a diversas ações, incluindo sua proibição em produtos de consumo.

Quando a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos apresentou o seu parecer apoiando uma proposta de redução do nível de ingestão diária tolerável de BPA em materiais em contacto com alimentos, o Conselho Americano de Química respondeu que “os efeitos de doses baixas [foram] baseados em muito poucos estudos experimentais em animais de qualidade inferior .”

A utilização de EDC continua quase inalterada, especialmente em países não ocidentais. Como os EDCs não são rotulados e são tão difundidos, é impossível, mesmo para o público mais instruído, evitá-los. É por isso que o IPEN, que centra o seu trabalho nos países em desenvolvimento, apela a acordos globais para restringir e proibir estes produtos químicos.

O IPEN afirma esperar que o tratado internacional sobre plásticos, atualmente em negociação (nt.: e já vimos que não resultou em nada), aborde os produtos químicos perigosos nos plásticos. No entanto, algumas nações, incluindo os EUA, a Rússia, a Arábia Saudita e o Irã, estão resistindo a esse processo. “Onde há plásticos, há EDCs”, disse Brosché, conselheiro científico do IPEN, em entrevista coletiva em 26 de fevereiro desse ano de 2024. “Sabemos que o problema se tornará muito pior sem ação internacional.”

Citações:

Gore, AC, La Merrill, MA, Patisaul, HB, e Sargis, R. Produtos químicos disruptores endócrinos: ameaças à saúde humana. A Sociedade Endócrina e o IPEN. Fevereiro de 2024

Åke Bergman, Jerrold J. Heindel, Susan Jobling, Karen A. Kidd e R. Thomas Zoeller Estado da ciência dos produtos químicos disruptores endócrinos. OMS e PNUMA. 2012

Comitê ACOG. (2013). Exposição a agentes ambientais tóxicos.  Fertilidade e Esterilidade,  100 (4), 931-934. doi: 10.1016/j.fertnstert.2013.08.043

Whitehead, HD e Peaslee, GF (2023). Recipientes diretamente fluorados como fonte de ácidos perfluoroalquil carboxílicos.  Cartas de Ciência e Tecnologia Ambiental,  10 (4), 350-355. doi: 10.1021/acs.estlett.3c00083

Smalling, KL, Romanok, KM, Bradley, PM, Morriss, MC, Gray, JL, Kanagy, LK,… Wagner, T. (2023). Substâncias per e polifluoroalquil (PFAS) na água da torneira dos Estados Unidos: comparação de exposições mal atendidas em poços privados e de abastecimento público e implicações para a saúde associadas.  Meio Ambiente Internacional178 , 108033. doi: 10.1016/j.envint.2023.108033

Tradução livre, parcial, de Luiz Jacques Saldanha, dezembro de 2024.