http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2015/03/08/altered-genes-twisted-truth-gmo.aspx
Resumo da história
- Embora os EUA tenha as leis mais rígidas no mundo quanto à segurança alimentar que se relacionam aos novos aditivos, a FDA permitiu que os transgêneros se evadissem destas leis;
- A única base legal pretendida para a comercialização dos alimentos transgênicos nos EUA, é a afirmação da FDA de que eles são “Generally Recognized as Safe/GRAS” (nt.: este é um padrão dos EUA, que assegura a comercialização segura dos alimentos – ‘geralmente reconhecido como seguro’, sem testes prévios) – uma alegação claramente fraudulenta;
- Documentos liberados como resultado de uma ação judicial contra a FDA, revelaram de que os cientistas da agência haviam advertido seus superiores de que os alimentos transgênicos colocavam maiores riscos do que os convencionais – no entanto, estas suas advertências foram não só rejeitadas como encobertas;
- A Monsanto nunca poderia ter implementado sua estratégia de assumir o controle global dos alimentos se as bases não tivessem sido estabelecidas pelos enganos de vários proeminentes biólogos moleculares, durante a década de 1970.
By Dr. Mercola
- March 08, 2015
Alimentos geneticamente manipulados podem ser uma das mais sérias ameaças não ao nosso ambiente, mas à saúde e mesmo à sobrevivência das futuras gerações. Comumente, a culpa pela propagação da manipulação genética de nossos alimentos é imputado à corporações químicas.
Mas há, na verdade, uma história oculta de como os alimentos manipulados geneticamente puderam chegar às casas e às mesas dos consumidores.
Steven Druker, de quem pode não ter nenhum conhecimento, é o advogado que entrou com uma ação judicial, no final dos anos 90, contestando a ação mais importante que a Food and Drug Administration/FDA (nt.: agência reguladora de alimentos e medicamentos dos EUA) tomou nessa área: sua presunção de que alimentos geneticamente modificados (GM) estão dentro do padrão de serem ‘Generally Recognized as Safe/GRAS’ (nt.: padrão – ‘geralmente reconhecido como seguro’ – estabelecido para que os alimentos possam ser consumidos pela população, com ‘segurança’), podendo então entrar no mercado sem um mínimo, que seja, de testes de segurança.
No entanto, as evidências revelam claramente de que a presunção de terem os alimentos transgênicos recebido o padrão ‘GRAS‘ fornecido pela FDA foi fraudulenta quando anunciada pela primeira vez em 1992. E continua fraudulenta até hoje. Não obstante, esta ação foi o que desempenhou o papel central para a permissão de que os alimentos transgênicos, inadequadamente testados, se imiscuíssem no mercado consumidor norte americano (nt.: e a partir daí, no mundo). Esta história tem muitos ingrediente e o Steven é a pessoa certa para desvelar totalmente esta novela.
Ele escreveu um livro histórico e referencial que denominou Altered Genes, Twisted Truth (Genes alterados, verdade distorcida), com um subtítulo revelador: ‘How the Venture to Genetically Engineer Our Food Has Subverted Science, Corrupted Government, and Systematically Deceived the Public‘ (nt.: Como o Risco de Manipular Geneticamente Nosso Alimento Subverteu a Ciência, Corrompeu Governo e Enganou Sistematicamente o Público).
Se o leitor tiver o mais remoto interesse neste tema, encorajo fortemente de que adquira um exemplar deste livro (nt.: infelizmente não está disponível em português, mas tem esta edição em espanhol). Ele é, sem dúvida, o melhor livro sobre este tema e fornece uma coleção valiosíssima de fatos que irão auxiliar a aniquilar todas as crenças daqueles que acreditam que os alimentos transgênicos sejam seguros.
.Steven ficou consciente deste fato dez anos antes de mim e ele é realmente um pioneiro e um vitorioso quanto a advertir o público e na proteção de nós todos da ação negligente e irresponsável da US Food and Drug Administration/FDA
Alimentos Geneticamente Modificados Cegam a Todos
A maioria das pessoas estão somente superficialmente conscientes—isso se tiverem alguma ideia—dos antecedentes que levaram à declaração política que foi um divisor de águas, em 1992, feito pela FDA ao garantir o status GRAS aos alimentos geneticamente modificados.
Eu mesmo desconhecia as discussões acadêmicas e científicas que estavam ocorrendo por algo como 15 a 20 anos antes da histórica e crucial ação da FDA de 1992 que torna possível a comercialização de alimentos transgênicos.
O livro de Steven vai com grande profundidade neste tema e fornece uma registro histórico do comportamento irresponsável tanto de muitos eminentes cientistas como instituições científicas das décadas anteriores da revolução da engenharia genética, muito antes do lacaio da Monsanto, Michael Taylor, e as hordas de comparsas das portas giratórias (nt.: expressão criada para denunciar os ‘técnicos’ ou ‘especialistas’ que ficam entrando e saindo das corporações e as agências e órgãos governamentais), mostrarem suas caras.
“Provavelmente não foi antes do final do ano de 1994 ou 1995 que tomei conhecimento da engenharia genética e que, naquele momento, estava sendo usada para reconfigurar o núcleo genético de muitos de nossos alimentos.
O objetivo desta técnica é, em última análise, reconfigurar o núcleo genético de quase todas as frutas, vegetais e grãos comestíveis. Essa é sua grande visão.
Fui tornando-me muito preocupado assim que fui me apropriando deste tema. Sempre tive um interesse de longo prazo em me alimentar com alimentos saudáveis e nutritivos. Estive envolvido no final dos anos 80 em campanhas por uma melhor regulamentação quanto à irradiação nuclear dos alimentos.
No entanto eu estava atrasado quanto ao entendimento do que estava acontecendo com os alimentos geneticamente modificados, falo assim para se poder entender as coisas numa perspectiva do tempo. Desta forma podemos perceber porque as pessoas, há poucos anos, não tinham ainda noção de que estavam comendo alimento geneticamente modificados por todos estes anos e, pior, alimentando inconscientemente seus filhos com estes alimentos. Realmente, estávamos, a maioria de nós, completamente cegos a esta realidade.”
Deturpação Espalhafatosa da Lei Alimentar dos EUA
Steven começou a pesquisar o assunto em torno do ano de 1996 e rapidamente percebeu que havia um grande vácuo—tanto naquela época como agora—entre alegações feitas pelos proponentes dos alimentos transgênicos e os fatos reais.
Uma das principais preocupações era o fato de que, embora os EUA tivessem as leis de segurança alimentar mais estritas e rigorosas do mundo em relação a novos aditivos alimentares, a FDA/Food and Drugs Administration (nt.: agência dos EUA que controla alimentos e medicamentos) não aplicou essas leis quando se trata dos transgênicos. Bem ao contrário, em vez disso, a agência concedeu a eles uma entrada franca, contornando a lei.
Em maio de 1992 (nt.: era então presidente dos EUA, George W.Bush), a FDA fez uma grosseira presunção de que os alimentos transgênicos fossem qualificados e categorizados como “Generally Recognized as Safe/GRAS” (nt.: padrão onde o alimento é –geralmente reconhecido como seguro– liberando-o para consumo sem precisar ser analisado). Disseram então que isso significava que estes alimentos podiam ser vendidos sem nenhum tipo de teste de segurança.
“Na verdade, essa é uma deturpação flagrante da lei de alimentos dos EUA, mas foi a FDA que fez esta reivindicação”, diz Steven. “[Eles reivindicam] haver um avassalador ‘consenso científico’ serem eles seguros e tão seguros que não precisavam ser testados. Portanto, a FDA permitiu que estes alimentos entrassem no nosso mercado consumidor sem a exigência de um mínimo de teste que fosse.
Além disso, a agência nem requereu que estes alimentos fossem rotulados e identificados como tal, de modo que os consumidores, pelo menos, pudessem ser informados sobre a principal reconfiguração genética que havia acontecido. Isso me pareceu não só nada científico como irresponsável e antiético. Na época, eu tinha um palpite de que também era ilegal”.
Como ele continuou pesquisando o assunto, esse palpite foi confirmado. Não é só a política que governa os transgênicos que está em desacordo com a ciência, como viola a lei dos EUA. No início, Steven não achava que ele estivesse suficientemente qualificado para impetrar uma ação judicial contestando a decisão da FDA. Mas, com o passar do tempo, ficou claro que ninguém mais estava disposto a se expor para fazer isso.
Os Cientistas da FDA Advertiram sobre os Graves Riscos
Steven decidiu impetrar a ação judicial por sua conta e risco e fundou uma organização, sem fins lucrativos, chamada Alliance for Bio-Integrity . Felizmente, assim que a notícia se espalhou, foi contactado por um grupo de interesse público de Washington D.C., o International Center for Technology Assessment/ICTA (nt.: http://www.icta.org/).
“Dispunham de uma equipe jurídica muito boa e estavam muito interessados em assumir isso aí,” diz ele. “A ação foi impetrada em maio de 1998 e rapidamente alcançou algo muito maior… Forçou, através do processo a revelação compulsória, ou a entrega de mais de 44.000 páginas de seus arquivos internos, reveladores de sua política e o quanto havia sido feito com relação aos alimentos geneticamente modificados.”
Acabou sendo um tesouro maravilhoso repleto de “joias” escondidas que a FDA esperava, sem dúvida, que permanecem encobertas por todos os tempos. Para os litigantes, haviam memorandos condenatórios de cientistas da própria agência, indicados para força tarefa sobre biotecnologia, cujo trabalho era na verdade analisar e avaliar os alimentos geneticamente modificados tanto em termos legais como científicos, além de fazerem avaliação de riscos.
“Esta é provavelmente a primeira avaliação de risco emitida por cientistas independentes,” observa, acrescentado: “os memorandos que ia lendo eram atordoantes porque…eles reconheciam que haviam riscos incomuns nestes alimentos. Já sabiam que esta tecnologia da engenharia genética tinha o potencial de criar novas toxinas inesperadas e imprevisíveis além de alergênicos nestes alimentos alterados.
Estas toxinas poderiam ser muito difíceis de detectar a não ser que cada alimento fosse submetido a uma bateria de testes toxicológicos de longo prazo, muito rigorosos, do mesmo tipo que a indústria de biotecnologia foi rotineiramente evitando realizar. Isso foi repassando de um governo para o outro. O que surpreende é que não só entendiam estes riscos inequívocos como os cientistas advertiam sobre eles aos seus superiores.”
A FDA Dá Suporte à Indústria de Biotecnologia como Uma Questão Política
De acordo com o que admite a própria FDA, ela vem operando, há anos, sob esta visão política de promover a indústria biotecnológica dos Estados Unidos. Esta decisão foi mais importante, de promoção da indústria e defender a frágil imagem dos alimentos transgênicos, do que divulgar e dar a conhecer as advertências dos cientistas. Assim a agência encobriu estes alertas. Se Steven não tivesse tomado a iniciativa de acionar a agência, estas advertências de seus próprios cientistas ainda estariam desconhecidas até os dias de hoje.
“Não saberíamos até que a agência vem mentindo ao longo de todos estes anos. Mas, felizmente, agora nós sabemos,” diz ele. “E o que sabemos, é que, embora os cientistas da agência tivessem esmagadoramente concluído e advertido seus superiores que estes alimentos geram riscos únicos, que eles não poderiam presumir segurança e que cada um deles deveria estar subjeito a testes toxicológicos rigorosos de longo prazo, o que o público ouvia da FDA, era que: a agência não tem conhecimento de qualquer informação mostrando que os alimentos desenvolvidos por estes métodos, da engenharia genética, diferem de outros alimentos de qualquer maneira significativa ou uniforme.”
Agora, penso ser impossível que qualquer mulher ou homem que leia uma amostra que seja, dos memorandos dos cientistas da FDA que estão no site da nossa Alliance for Bio-Integrity … sinta que a afirmativa da agência seja outra coisa que não uma fraude assombrosa destinada a induzir a população a erro, além de induzir o mundo, permitindo que o alimento geneticamente modificado tenha passe livre para entrar no mercado. Isso é sem dúvida uma fraude impressionante”.
Por quase 20 anos, o público norte americano vem sendo exposto largamente a estes alimentos experimentais e não testados, que segundo seus próprios cientistas diziam, envolvia riscos únicos e não poderiam ser presumidos como sendo seguros. A FDA insistia de que os transgênicos podiam ser tidos como seguros e que havia um estrondoso consenso científico sustentando sua decisão, mas as evidências mostram que isso é uma mentira descarada. Existe um documento importante(document #8), um ofício do coordenador de biotecnologia da FDA para a Health Canada (nt.: equivalente ao Ministério da Saúde no Brasil), escrita no outono de 1991, exatos seis meses antes da decisão da agência sobre alimentos transgênicos.
Neste ofício o Dr. James Maryanski diz que não há consenso sobre a segurança deste alimentos dentro da comunidade científica. Este documento está nos arquivos próprios da FDA. “Mesmo que não tivéssemos os memorandos dos cientistas, teríamos essa admissão e, mesmo assim, o que aconteceu? A FDA simplesmente enterra isso tudo e mente sobre os alimentos alterados“, diz Steven. O que é pior: a FDA é amplamente respeitada tanto nos EUA como no mundo e agora o país – conhecido por ter forte ação sobre segurança alimentar – diz que os transgênicos desfrutam do padrão GRAS (nt.: sistema que diz serem os alimentos seguros para consumo, sem necessidade de nenhum tipo de testes de segurança alimentar). Com isso abre-se o caminho para uma aprovação fácil no Canadá. A Europa também relaxa sua atitude em relação aos transgênicos, respaldada no resultado da mentira da FDA.
Como e Porque a Discussão Científica Foi Alterada de Cautelosa para Confiante em Favor da Segurança dos Transgênicos
Steven mergulhou por inteiro nos primórdios da história da engenharia genética que ocorreu muito antes de a tecnologia ser capaz de produzir uma planta geneticamente modificada que pudesse ser consumida. Demorou muito tempo para o desenvolvimento de bactérias geneticamente modificadas antes que os cientistas pudessem, de fato, manipular geneticamente quaisquer culturas viáveis e comestíveis.
A engenharia genética primeiro tornou-se uma realidade lá no início dos anos 70. Na época, foi um avanço radical. De acordo com o biólogo, ganhador do Prêmio Nobel, George Wald, foi a maior e mais radical intervenção humana que já havia ocorrido na ordem natural. Mesmo os cientistas que estavam atuando neste processo estavam conscientes de quão radical era ela e quão importante era ser cuidadoso. Inicialmente, os próprios cientistas alertaram para os perigos dessa nova tecnologia e como ela deveria ser usada com extrema prudência e cautela.
“Mas eles então perceberam que havia um feedback negativo do público … Com o tempo, eles começaram a mudar sua história. Ficou claro que eles tinham que projetar uma frente unida de confiança sobre esta [tecnologia]. O que começamos a ver foi uma campanha progressiva de distorção… tudo para convencer tanto o público como o governo de que a engenharia genética era algo que não é essencialmente diferente dos processos que vêm ocorrendo na natureza desde o princípio de todos os tempos … E assim eles prosseguiram com esta batida“.
O establishment científico montou uma enorme campanha de lobby no verão de 1977, orquestrada para convencer os congressistas em Washington de que não havia necessidade de legislação. Naquela época, vários projetos de lei para regulamentar a engenharia genética já haviam sido levantados no Congresso. Esse esforço conjunto também se baseou na desinformação, que Steven detalha em seu livro, incluindo alegações de evidências que, na realidade, não existiam.
Move-se o Ônus da Prova
Esses esforços de lobby não foram apoiados pela indústria de biotecnologia, lembrem-se. Não havia indústria de biotecnologia nesta época. Este é um tema chave do livro de Steven, porque é fácil esquecer que houve um tempo antes deste ramo industrial e muito poucos sabem quem eram os líderes do establishment de engenharia genética, ou por que a tecnologia foi inventada em primeiro lugar. Por mais que a maioria de nós despreze a Monsanto por seu comportamento repreensível, eles nunca poderiam ter implementado sua estratégia se não fosse pelo mau comportamento anterior dos biólogos moleculares.
“A indústria da biotecnologia – tão irresponsável como tem sido em geral – não é a que tem a culpa principal. Ela está nos pés do establishment principal da biologia molecular. Eram os cientistas que estavam fazendo a pesquisa, recebendo as doações e querendo desenvolver esta tecnologia. A maioria deles tinha objetivos altruístas. Eles pensaram que isso ia ser usado para curar tantos males no campo da medicina … Mas acho que eles acabaram desenvolvendo um princípio de psicologia que é de que os ‘fins justificam os meios’…
Mas quando se tem tantos cientistas altamente poderosos e influentes que estão trabalhando juntos para convencer o mundo de que a engenharia genética é inerentemente segura e que a pesquisa que eles estão fazendo é segura, isso pode ser um pouco perigoso. E acho que resultou nisso mesmo, acabou sendo muito perigoso para o mundo.
Um dos pontos muito claramente apresentado no livro é que o ônus da prova que era das novas tecnologias e dos novos produtos, exigindo normalmente de quem desenvolve, substancie a segurança da nova tecnologia e seus produtos, alterou-se completamente. Ele foi deslocado por causa do subterfúgio e da fraude, colocando nos ombros dos críticos, daqueles que levantavam preocupações em relação a estes novos produtos e tecnologias. Havia bons cientistas que também tinham preocupações, mas de repente foram colocados contra a parede e a imposição era: “tem que ser provado de que eles são perigosos”. Assim, o ônus da prova quanto à segurança dos transgênicos foi simplesmente removido.”
Biólogos Moleculares Empurrados para Engenharia Genética Sem Salvaguardas
Assim, os precursores da indústria de biotecnologia foi, na verdade, o establishment da biologia molecular. James Watson, o co-descobridor da estrutura do DNA, era um dos membros deste establishment e, por razões óbvias, um dos grandes proponentes da engenharia genética. Ele foi um dos cientistas que se tornou muito loquaz, afirmando que a engenharia genética era segura e que preocupações anteriores haviam sido exageradas. E os biólogos moleculares que eram fortemente a favor de avançar com a engenharia genética sem salvaguardas adequadas, angariaram um grande poder dentro da Academia Nacional de Ciências (National Academy of Sciences/NAS). É uma das principais organizações científicas nos EUA.
“Meu livro entra na história dos bastidores, mostrando que a Academia Nacional de Ciências—já que sua agenda era fortemente influenciada por poderosos biólogos moleculares—temia permitir uma revisão completa e justa dos possíveis problemas ecológicos pela liberação de organismos geneticamente modificados,” diz Steven.
Em contraste, um dos cientistas que se esforçou para defender a integridade da ciência foi o Dr. Philip Regal, um eminente e honrado biólogo que se tornou o homem certo para tentar alinhar a ciência genética em seus primeiros 15 a 20 anos de existência. Ele também foi um grande recurso para o livro de Steven, dando-lhe o conjunto de reminiscências pessoais que havia escrito, descrevendo o que havia experimentado na busca deste empreendimento.
“Foi uma mina de ouro. Isso me permitiu entrelaçar sua história fascinante com a história que eu contava e torná-la assim uma narrativa muito mais empolgante e convincente. Ele fez uma grande contribuição … Ainda não são muitas pessoas que sabem sobre ele. Espero que através do meu livro, ele receba todo o respeito e gratidão que merece tanto do público como do mundo em geral.”
Fundamentação Fraudulenta Estabelece a Sustentação Massiva da Trapaça dos Transgênicos
O Dr. Regal e alguns de seus colaboradores conseguiram reunir duas grandes conferências e ficaram chocados ao saberem quantos projetos de alto risco os engenheiros genéticos estavam planejando e programando para lançamento iminente. Muitos destes projetos de alto risco foram interrompidos por causa dos esforços do Dr. Regal. Ainda assim, sua voz acabou sendo superada por todos os outros, resultando nesta elite tecnológica com a qual estamos lidando ainda hoje.
“Os meios de comunicação tenderam a apresentar todas as declarações que e quando exaltavam quão bons eram estes alimentos e quão seguros eles estavam nas bocas dos especialistas científicos. Sempre que surgiram preocupações, eles colocavam isso como se estivesse saindo da boca de não-cientistas ou de ativistas, apresentados como quem não sabia muita coisa sobre ciência. Só eram pessoas apenas preocupados.”
O mesmo tipo de tática ainda hoje é usada, com grande efeito. Raramente, houve alguma vez que um cientista preocupado conseguisse algum espaço e tempo na mídia convencional. Os cientistas também são prejudicados pela ameaça de perder o dinheiro dos financiamentos ou sua própria carreira profissional.
“É realmente uma espécie de comédia do absurdo. A elite que tinha o poder e a capacidade de manipular a imprensa, prevaleceu. Ela foi bem sucedida em proclamar a impressão de que não haviam problemas reais com a engenharia genética. De que havia um consenso científico esmagador de que assim era. E, por fim, de que nenhuma normatização era realmente necessária. Estes cientistas transmitiram a impressão de que eram confiáveis – e que estavam regulando muito bem a tecnologia e que não precisava ser normatizada. Eles essencialmente mantiveram sua regulamentação em um mínimo razoável para seus propósitos”.
Os ‘Marqueteiros’ Manipuladores dos Anos 70
É importante entender isso, porque o fato de que as regulamentações sobre engenharia genética foram mantidas num estágio mínimo desde o início, é o grande arcabouço que deu base para estruturar a defectível decisão da FDA de 1992. Se os regulamentos de segurança para o setor fossem mais rigorosos, é improvável que esta tecnologia pudesse ter conseguido se estabelecer.
“Se essa base fraudulenta não tivesse sido estabelecida pelo establishment científico dominante, especialmente o da biologia molecular, a FDA não poderia ter feito o que fez. Não teria a aura de respeitabilidade científica, nem poderia a Monsanto e a indústria de biotecnologia ter feito mais tarde o que vieram a fazer“.
“A responsabilidade primeira, a principal culpa, remonta ao início dos anos 70, com os biólogos moleculares que, pouco a pouco, falsificaram as coisas, falsificaram os fatos e aplicaram o ‘jogo de corpo’ manipulador. Como o meu livro diz, finalmente, o ‘drible maroto’ irá cruzar a linha de chegada para uma distorção completamente falsa … Como o Dr. Philip Regal mencionou: ‘Dentro da comunidade científica, a maledicência se tornou tão boa quanto a verdade; tão positiva como os fatos.’ E as pessoas simplesmente papaguearam o que ouviram o que as outras pessoas diziam.“
O Maior Desastre dos Transgênicos Usado Como Alavancagem para Atacar os Suplementos Naturais
Embora não haja provas de que um alimento integral desenvolvido através da engenharia genética tenha matado alguém depois de apenas algumas refeições, sabemos que um suplemento alimentar geneticamente modificado foi extremamente tóxico – e ceifou vidas. Na década de 80, um suplemento do aminoácido essencial L-triptofano, que foi produzido através da engenharia genética, foi a primeira grande catástrofe dos transgênicos (GMO), matando dezenas de pessoas que o tomaram. Milhares ficaram seriamente doentes, muitos dos quais permanentemente incapacitados. O novo transtorno que afligiu estas pessoas desafortunadas foi chamado de ‘síndrome de eosinofilia-mialgia’ (eosinophilia–myalgia syndrome/EMS). Eu fui testemunha deste surto enquanto era médico atuante (nt.: palavras do Dr. Joseph Mercola, autor deste texto).
Na década de 80 costumava prescrever L-triptofano para meus pacientes para auxiliar seu sono e tratamento de depressão. O mesmo faziam vários outros médicos. No entanto, os suplementos que prescrevíamos foram fabricados convencionalmente. Mas quando um dos fabricantes começou a usar engenharia genética, seguiu-se uma epidemia mortal e a FDA retirou todas as marcas de L-triptofano do mercado. Assim, a agência usou esse desastre como uma ferramenta e uma alavanca para atacar os suplementos naturais com um registro de segurança impecável. Antes do lançamento da versão transgênica do L-triptofano, esse suplemento nunca havia criado um problema em ninguém.
“A evidência científica é muito clara: os suplementos de triptofano não foram um problema. Até onde sabemos, o único suplemento de triptofano que já criou um problema foi o criado através de bactérias geneticamente modificadas. Como meu livro demonstra, quando alguém reúne todas as evidências que temos e coloca tudo junto, então o dedo é fortemente apontado para a própria tecnologia da engenharia genética como tendo sido a causa da contaminação tóxica que causou a grande epidemia em 1989 e 1990.“
Pessoas morreram porque consumiram um produto de engenharia genética. E é importante entender como esse evento trágico foi tecido no sentido de servir ainda mais para a agenda do setor. Em vez de levantar questões sobre engenharia genética de suplementos, a tragédia foi usada para levantar questões sobre a segurança dos suplementos naturais. Sem dúvida, um acidente letal como este está fadado a ocorrer novamente, e quando isso acontecer, a indústria usará o incidente com o L-triptofano como um modelo para o modo como abordará e desviará a atenção novamente, já sabendo como ele funcionou tão bem na primeira vez.
“Se não tivermos conhecimento destes fatos, poderão continuar fazendo o mesmo jogo. É muito importante descobrir a verdade, porque isso não pode continuar no futuro e que mudanças sejam feitas. Mudanças radicais devem ser feitas.“
O Suplemento Transgênico que Matou Dezenas e Feriu Milhares
Como o L-triptofano foi re-engenheirado geneticamente? Em meados dos anos 80, uma das principais desenvolvedoras de suplementos de L-triptofano, a Showa Denko Corporation no Japão, decidiu que poderia produzir mais L-triptofano na mesma quantidade de tempo se desse à bactéria que estava usando, genes extras. As bactérias naturalmente possuem os componentes genéticos para sintetizar o L-triptofano. Ao dar à bactéria uma cópia extra destes genes, eles defendiam de que mais L-triptofano seria produzido e mais rápido.
Surpreende. Eles descobriram que, para atingir taxas máximas de produção, deveriam também impulsionar um destes genes com um promotor de um vírus. Isso criou uma situação muito antinatural. Como observa Steven, “eles estavam brincando de maneira muito radical e sem precedentes, com o metabolismo de bactérias que foram usadas com segurança por muitos e muitos anos“. Houve relatos iniciais de que o suplemento causava problemas às pessoas e, à medida que a produção aumentava, o produto parecia ter se tornado cada vez mais tóxico.
“A versão final [desta bactéria geneticamente modificada], e que foi a mais modificada de todas e a mais perturbada em seu metabolismo, produziu não apenas muito L-triptofano, mas também alguns contaminantes incomuns. O perfil deste triptofano tóxico era altamente incomum. Continha muito mais contaminantes do que a maioria dos produtos. Embora fossem em nível muito baixo. Ainda era puro, conforme os padrões farmacológicos. Foi testado puro. Normalmente, a maioria dos produtos químicos não é perigosa nesta concentração extremamente baixa, mas ao menos um destes [contaminantes] era, e isso criou uma grande epidemia.”
Agora, um dos pontos, que é muito preocupante, é que esta epidemia … só foi determinada porque os sintomas eram altamente incomuns e únicos … Foi fortuito no sentido de que era uma doença muito estranha. Porque caso contrário não teria sido sequer reconhecida. E estes suplementos de triptofano continuaram sendo comercializados e ainda matariam e mutilariam muitas pessoas. É um fato muito importante de se saber.“
‘Desaparecendo um Desastre dos Transgênicos’
A poderosa, persistente e bem-sucedida desinformação foi implementada para desassociar a engenharia genética da contaminação tóxica deste suplemento de L-triptofano. Consequentemente, a maioria das pessoas – incluindo muitos cientistas – não sabe que esta epidemia letal foi causada por um suplemento alimentar geneticamente modificado.
De acordo com Steven, as reivindicações de que a contaminação tóxica tinha sido causada por algum defeito no processo de fabricação, independente da engenharia genética, simplesmente não é verdade. Em seu livro, ele detalha a evidência científica que sugere, fortemente, que a toxina foi possivelmente produzida pelas enzimas bacterianas, provavelmente dentro das próprias bactérias ou no preparado antes de passar pelo sistema de purificação o que poderia colocar a culpa diretamente sobre a própria alteração genética feita, não em algum processo de fabricação falho.
“É tão grosseiro que se ouve de ambos, tanto dos governos ao redor do mundo que estão promovendo isso, como dos cientistas, alegarem de que nenhum alimento transgênico já foi associado a um problema de saúde pública. Um funcionário do governo declarou que até algo como um espirro ou um resfriamento já foi associado a algum produto da engenharia genética. O quê? Houve inclusive uma grande epidemia!““
Os Transgênicos se Infiltram na Agricultura
No início dos anos 80, algumas grandes corporações começaram a se interessar pelas possíveis aplicações da engenharia genética na agricultura. Lembrar-se de que, se a fundamentação preliminar dos biólogos moleculares (discutida acima) não tivesse sido estabelecida e o ônus da prova ainda não tivesse sido mudado, a Monsanto, a Dow e outras corporações transnacionais não teriam ido em frente para investirem em sementes geneticamente modificadas já que nunca teriam sido capazes de obter esses produtos perigosos já consumados, estando padronizados como GRAS concedido pela FDA, como visto acima.
Mas as bases foram colocadas e o caminho para a frente estava aberto. É por isso que é tão importante entender toda esta história que vem de outras décadas. Em seguida, entra nesta história, Michael Taylor, sócio de uma importante firma de advocacia de Washington, D.C., representava a Monsanto. Depois de servir como consultor jurídico desta corporação, Taylor foi então instalado como Comissário Adjunto em Política Alimentar na FDA – uma posição que nem sequer existia antes de Taylor conseguir este posto (nt.: importante se saber que estamos em pleno governo de George W. Bush, pai, recém falecido).
“Eu acho que o motivo foi porque, ao examinar os registros vi que havia cientistas da FDA que estavam se opondo aos rascunhos da declaração de sua política, dizendo: “Esperem aí, o que está acontecendo com todos os elementos científicos nisso?” Acredito, esta é a minha crença, de que Michael Taylor foi trazido para dar um trilho a este impasse crítico, fazendo com que as coisas se movessem em direção ao que a Casa Branca e ao presidente George W. Bush além das pessoas que dirigiam a FDA, queriam. Mas certamente, podemos ver através dos memorandos … de onde vinha a pressão. Vinha da Casa Branca e do Office of Management and Budget/OMB (nt.: é o escritório de administração e orçamento diretamente ligado ao presidente dos EUA. Administra o orçamento e supervisiona as agências reguladoras como a FDA). As considerações econômicas e políticas estavam superando as considerações científicas. E os pobres cientistas da FDA gastando seu tempo tentando fazer seu trabalho como cientistas e que acabou não dando em nada.”
O livro de Steven também mostra como a agenda política de desregulamentação do ex-presidente Ronald Reagan (nt.: 1981 a 1989) encaixou-se com o establishment da biologia molecular, ou seja, dando à indústria um grande avanço. Existe nos EUA uma lei de 1958 que exige que cada novo aditivo ao alimento precisa demonstrar ser seguro. Eles não podem ser presumidos como tal antes do tempo. Assim, cada um e todos eles devem, por lei, passar por testes rigorosos de segurança. Isso, exatamente isso, está na lei que a FDA simplesmente passou por cima, agindo como se esta exigência jamais tivesse existido, ao conclamar de que os alimentos geneticamente modificados não precisavam ser testados.
Quando o vice-presidente Dan Quayle (nt.: do governo do George W.Bush de 89 a 93) anunciou a política da agência, anunciou um alívio regulatório para a indústria, dizendo que “estamos liberando a indústria de quaisquer novas obrigações e regulamentações”. O que ele não sabia era que a indústria também estava sendo liberada de uma lei que, desde 1958, havia sido uma das principais proteções legais do consumidor nos EUA. Agora estava sendo ilegalmente contornada, esta norma, em nome da desregulamentação. Esta atividade ilegal permitiu que a indústria de biotecnologia se perpetuasse e aumentasse sua penetração no mercado, sem nunca ter que comprovar a segurança de nenhum de seus produtos. Lembrar de que a segurança dos alimentos transgênicos é meramente presumida. Não está provada.
A Ação Judicial Transgênicos e FDA, Descarrilhou
Então, o que aconteceu com o processo de Steven contra a agência, poderia-se perguntar? Em suma, foi bloqueado. E aqui está o porquê: como Steven explica, a juíza concluiu que não havia necessidade de uma ação judicial já que são necessárias somente quando há um litígio sobre fatos materiais. Os processos são feitos para esclarecer os fatos. Neste caso, os fatos críticos foram os próprios arquivos que a FDA possuía em maio de 1992, quando divulgou sua política. Como estes eram os fatos principais, não havia necessidade de um julgamento, pois todos concordaram com o conteúdo dos registros. Depois de enviar as súmulas e as ponderações, o magistrado normalmente pedirá argumentos orais, para extrair mais informações.
“Estávamos ansiosos esperando que ela emitisse sua decisão. No entanto, surpreendentemente ela não fez. Quando deu sua opinião, foi um pouco desconsertante. O que ela declarou foi que, efetivamente, em maio de 1992 os administradores da FDA tinham uma base racional para presumir que os alimentos geneticamente modificados fossem geralmente reconhecidos como seguros (nt.: Generally Recognized as Safe/GRAS, padrão que permite que os alimentos sejam comercializados sem nenhum teste de segurança prévio).”
Essa foi a questão legal chave. A presunção de que a FDA tinha sobre o fato de que os transgênicos eram ‘geralmente reconhecido como seguro’ está sob uma base racional? A equipe de Steven precisou demonstrar que houve uma “violação arbitrária e extravagante da sobriedade administrativa”. Mas enquanto a FDA pudesse mostrar alguma base racional para sua decisão, eles poderiam ser mantidos. Neste caso, a equipe de Steven demonstrou que não havia base racional.
De acordo com os regulamentos internos próprios da FDA, para se qualificar um aditivo ou suplemento como sendo ‘geralmente reconhecido como seguro’ deve haver sólidas evidências técnicas de segurança que tenham sido efetivamente conhecidas e aceitas pela comunidade científica. Isso normalmente significa que as evidências deveriam ter sido publicadas em uma revista científica revisadas por pares, para que sua solidez pudesse ser certificada. Deve haver um consenso esmagador de que o produto é seguro e este consenso deve estar baseado em evidências técnicas sólidas.
“Os arquivos da própria FDA mostram que, no caso de alimentos geneticamente modificados, nenhuma dessas condições se aplicava. Na verdade, seus arquivos mostram exatamente o oposto. Houve certamente uma grande disputa sobre a segurança desses alimentos, mesmo dentro da FDA. A maioria de sua equipe científica afirmava de que não se poderia presumir que fosse seguro. Isso aí é um fato científico. É um fato material. Além disso, havia a carta do próprio coordenador de biotecnologia da FDA, admitindo que não havia consenso científico“.“
“A propósito, nem precisávamos nos basear no que estava nos arquivos, porque nove cientistas das ciências biológicas, altamente credenciados, deram um passo sem precedentes ao assinarem a acusação como litisconsortes. Era inédito para um grupo de cientistas estar processando uma agência reguladora federal com base de que uma de suas políticas está sendo considerada cientificamente insalubre. Bem ali, ao fazer isso, demonstramos que não havia um reconhecimento geral e consensual sobre a segurança dos transgênicos dentro da comunidade científica.”
Teatro do Absurdo
Em anos anteriores, a FDA havia retirado um suplemento do mercado alegando que não era GRAS (nt.: ou seja, não poderia ser vendido no mercado sem testes de segurança) com base no testemunho de apenas dois especialistas. Agora nesta ação de Steven, a juíza reconheceu que os queixosos mostraram que houve divergência significativa dentro da comunidade científica ao trazer nove cientistas. Mas então ela ficou numa situação problemática.
No entanto, ela afirma que a questão crítica não era se esses alimentos poderiam ser razoavelmente presumidos seguros em 1998 (o ano em que o processo foi aberto). A maioria das pessoas acha que É uma questão crítica, porque se esses produtos não podem ser legitimamente considerados seguros – e, portanto, estão sendo comercializados ilegalmente, mesmo que milhões de pessoas estejam comendo – isso é claramente um grande problema. Mas, como Steven explica, a juíza não estava interessada em determinar se os alimentos transgênicos eram realmente GRAS em 1998 e estavam realmente sendo vendidos legalmente na época. Em vez disso, ela se concentrou apenas em saber se os administradores da FDA tinham algum motivo racional para presumir que os transgênicos eram GRAS em maio de 1992.
Assim, ela decidiu que as provas apresentadas em maio de 1998 eram irrelevantes – apesar do fato de se demonstrar claramente que os alimentos transgênicos não eram GRAS naquele momento. Além disso, ela disse que os administradores da agência tinham o direito de ignorar as opiniões de sua própria equipe científica – essencialmente dando-lhes ‘rédeas soltas’ para os administradores fingirem que havia consenso em 1992, quando claramente não havia. E mais, ela mesma ignorou aquela carta do coordenador de biotecnologia da agência admitindo não haver um consenso científico sobre a segurança durante esse período. Tampouco fez qualquer menção a um memorando crucial de um funcionário da FDA admitindo que a evidência técnica necessária para apoiar esta presunção de GRAS estava totalmente ausente. E ela não conseguiu tomar nota dessas duas admissões críticas, embora os escritos dos demandantes tivessem claramente chamado a atenção dela.
Como resultado, a FDA ainda se apega à sua presunção infundada e completamente refutada de que os alimentos geneticamente modificados são GRAS (nt.: ou seja, seguros por princípio). No entanto, uma vez que se esteja ouvindo a história de Steven ou mesmo lendo seu livro, saber-se-á da verdade sobre o assunto na próxima vez que ouvir alguém falar sobre a ‘esmagadora segurança’ dos transgênicos… Este é um livro e uma discussão fascinantes, além de ser carregado com tantas informações novas que transformou esta entrevista na mais longa que jamais fiz (nt.: palavras do Dr. Joseph Mercola, entrevistador e autor deste texto em inglês).
Por isso, precisávamos dividi-la em duas partes. Publicaremos a segunda parte em 15 de março de 2015 (nt.: pretendemos prontamente traduzir também esta segunda parte).
Nunca vi dados científicos com tamanho “desvio” como neste artigo. Ainda confundem OGM com transgênico. Falta muito conhecimento para poderem divulgar tamanha manipulação sem nenhuma fundamentação científica apropriada. É só mais um palavreado bonito. E o pior que é que muitos irão acreditar. Muito triste. Porque não dão o exemplo da insulina recombinante?? Que libertou os diabéticos? Do fator de crescimento recombinante??? E de todos os novos imunoterápicos que estão curando ou aumentando consideravelmente a sobrevida dos pacientes com câncer??? Porque aí não vão poder crucificar a engenharia genética e nem generalizar com estratégias que funcionam e não apresentam risco.