Fórum Social Mundial requer articulação para se manter relevante, defende sociólogo.

Um dos sociólogos mais respeitados do mundo e uma das vozes mais críticas ao sistema capitalista, o português Boaventura de Sousa Santos é uma das principais atrações do Fórum Social Temático (FST), que começa nesta terça-feira, 24 de janeiro, no Rio Grande do Sul, como parte integrante do Fórum Social Mundial (FSM), promovido em 2012 de forma descentralizada.

 

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24/01/2012

 

por Redação EcoD

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Boaventura de Sousa Santos é um dos nomes mais aguardados do evento/Foto: Wilson Dias/ABr

Em entrevista à organização do evento, o professor apontou os acertos e também os erros do FSM nos últimos 11 anos (o fórum foi criado em 2001, em Porto Alegre). Para ele, o evento foi responsável por tornar a América o continente com o maior número de movimentos de contestação ao . O FSM também teve participação importante na consolidação de governos de esquerda na região, segundo Santos.

Por outro lado, o sociólogo considera que houve excesso de zelo na decisão do FSM de não produzir documentos com encaminhamentos claros. Para o futuro, ele vê desafios maiores ainda, uma vez que a década que inicia tem movimentos de resistência ao capitalismo menos articulados e sem uma agenda clara, como é o caso dos indignados de 2011 (Ocuppy Wall Street e Primavera Árabe). Na concepção de Santos, o FSM precisa se articular com tais movimentos para se manter relevante.

O FST segue em Porto Alegre e Região Metropolitana até domingo (29).

* Publicado originalmente no site EcoD.