Estes dados mostram quantos bilhões de dólares estas empresas giram com a contaminação global, seja com as ‘sementes transgênicas‘ seja com os ‘defensivos agrícolas‘ e até os ‘medicamentos‘.
(NOTA DO SITE: observa-se que das 10, quatro são norte americanas, -agora a Monsanto é alemã-, três são europeias, -agora a Sygenta, suíça, é da estatal chinesa ChemChina-, e as duas últimas, uma indiana e outra australiana. Depois destas imensas fusões as ‘coisas’ ficam assim: ou seja, de todos os venenos agrícolas e outros químicos, 76,7% estão nas mãos de três mega fusões –Bayer/Monsanto, ChemChina/Syngenta e Dow/DuPont ! SERÁ QUE ISSO QUER TRADUZIR A PROPOSTA OCIDENTAL, EURO-AMERICANA, DO ‘LIVRE MERCADO‘ ? DA LIVRE CONCORRÊNCIA ? Da democracia econômica ? Ou isso é a ‘meritocracia da pessoa jurídica‘ ? Quem será que responderá estas dúvidas ?)
Resumo da história
- “Harvest of Greed” (A Semente da Ganância), (nt.: documentário da tevê estatal alemã WRD já publicado neste site, link em seu nome) investiga vários dos muitos fatos e preocupações suscitados pela fusão da Monsanto e a Bayer AG;
- O U.S. Department of Justice/DOJ (nt.: Departamento de Justiça dos EUA) aprovou a fusão em abril de 2018, seguindo a aprovação da União Europeia em março. Da mesma forma o DOJ já havia dado o sinal verde para a fusão da Dow com a DuPont e a Comissão Federal de Negócios dos EUA recentemente aprovou a aquisição da suíça Syngenta pela estatal chinesa ChemChina;
- A entidade Bayer-Monsanto é agora a maior companhia de sementes e agrotóxicos no mundo, controlando mais do que 25% do suprimento global de sementes e agrotóxicos. No total, exatamente três companhias agora dominam os mercados de sementes e agrotóxicos;
- Os produtores estão preocupados quanto a esta fusão com relação a preços e qualidade já que menor competição tende a levar a um aumento de preços enquanto reduz o incentivo a inovações;
- Esta fusão também dará a esta entidade que surge, muito mais poder para pressionar e manipular governos no sentido de aceitarem os inaceitáveis riscos colocados tanto pelos transgênicos como pelos agrotóxicos.
By Dr. Mercola
Este documentário supra citado, “Harvest of Greed”, investiga vários das muitas questões levantadas pela fusão da Monsanto e da Bayer AG. Esta negociação foi inicialmente anunciada em maio de 2016, quando a Monsanto aceitou a oferta de aquisição feita pela Bayer de $66 bilhões de dólares — a maior compra em dinheiro já registrado.1,2,3
O Departamento Federal da Justiça dos EUA aprovou a fusão em abril deste ano,4 seguindo a aprovação da União Europeia em março. Como condição da aprovação pelo DOJ, a Bayer deverá vender alguns dos ativos para a BASF — seu concorrente alemão — antes da finalização da fusão.
Isso inclui seus negócios com soja, algodão e o herbicida glufosinato, que se sobrepõem aos da Monsanto e eram pontos antitruste. Combinadas, a Bayer e a Monsanto controlam hoje quase 60% do mercado americano de sementes de algodão. A Monsanto também detém os direitos de 80% do milho e 90% da soja cultivada nos EUA. A União Europeia também exigiu que a Bayer eliminasse cerca de US $ 7,4 bilhões de suas várias firmas “para garantir uma concorrência justa”. 6
Mega-Entidade Agora Controla a Maior Porção do Suprimento Global de Sementes
Esta é a maior empresa de sementes e agrotóxicos do mundo, controlando mais de 25% do suprimento global de sementes e agrotóxicos. No total, apenas três empresas dominam o mercado global de sementes e agrotóxicos.7 (Além da fusão Bayer-Monsanto, o DOJ também deu luz verde à fusão da Dow e da DuPont, e a Comissão Federal de Negócios aprovou recentemente a aquisição pela estatal chinesa ChemChina da suíça Syngenta.)
A fusão entre Bayer-Monsanto preocupa profundamente desde o início e assim reguladores anti-competição foram instalados para investigar esta aquisição. Bernie Sanders (nt.: pretendente a candidato à presidência dos EUA que foi derrotado pela Hillary Clinton) tornou pública sua opinião de que esta aquisição coloca “uma ameaça para todos os norte americanos” e precisava ser bloqueada.8 Também instigou o DOJ a “reabrir sua investigação do monopólio da Monsanto sobre o mercado de sementes e de produtos químicos”. Os produtores rurais também expressaram preocupação quanto a esta fusão que poderá fazer subir os preços, já que menos competição inevitavelmente tende a levar ao aumento dos preços.
Apenas como um exemplo, o preço de um saco de sementes de milho subiu de US $ 80 para US $ 300 somente na última década – um aumento de preço atribuído à concentração das empresas de sementes e à redução da concorrência. A fusão da Bayer e da Monsanto está prevendo de que vão piorar as coisas. Os agricultores também temem que a consolidação resulte em produtos de menor qualidade, reduzindo o incentivo à inovação. Os agricultores orgânicos também têm suas preocupações. Como observado por Food and Power: 9
“Para Kristina Hubbard, diretora de defesa e comunicação da Organic Seed Alliance, a fusão representa uma ameaça especial aos agricultores orgânicos. Ela observa que os regulamentos do Programa Federal de Orgânicos sobre sementes orgânicas geralmente determinam que os produtores devem usar sementes orgânicas para suas plantações. Mas há uma exceção concedida para sementes não orgânicas quando ‘uma variedade equivalente produzida organicamente não está comercialmente disponível’.
Sementes não orgânicas aceitáveis são geralmente de propriedade das empresas gigantes de sementes. ‘Essa isenção é importante porque atualmente o suprimento [de sementes orgânicas] não é suficiente para atender às necessidades diversas e regionais de todos os agricultores orgânicos’, diz ela. Com a concentração contínua na indústria de sementes, dizem que os agricultores que dependem destas opções de sementes não-orgânicas se deparam com menos opções à medida em que as empresas monopolistas reduzem a pesquisa e o desenvolvimento.”
A Fusão Bayer-Monsanto É Improvável que Beneficie Alguém, A Não Ser Seus Acionistas
O CEO da Bayer AG, Werner Baumann, declarou que “não é nosso plano, ambição ou intenção evitar que os agricultores tenham escolha”. 10 Mas a história prática tanto da Monsanto como da Bayer sugere que se seria muito ingênuo acreditar nele. Como observado por Mark Connelly, analista agrícola do grupo de investimentos CLSA Americas, “Essas empresas querem ganhar mais dinheiro, e aumentar os preços. Nenhuma companhia neste meio industrial precisa destes negócios no sentido de inovar.”11
De fato, há poucas dúvidas de que a fusão da Bayer-Monsanto dará à próxima entidade ainda mais poder para intimidar os agricultores a pagarem mais (bully farmers into paying more) e pressionarem e manipularem os governos a aceitarem os riscos inaceitáveis apresentados pelas colheitas transgênicas (genetically engineered (GE) crops) e aumentarem o uso de agrotóxicos mais tóxicos (more toxic pesticides).Um exemplo das táticas de braço forte da Monsanto incluídas no documentário acima é da Índia, onde mais de 300.000 agricultores se suicidaram devido a dívidas relacionadas à produção. Quando o governo tentou regular o preço da semente – a principal causa que levou a essas dívidas – a Monsanto processou o governo indiano.
Entre 1997 e 2014, a Monsanto também processou 147 agricultores por “reutilizar indevidamente sementes patenteadas.”12 Eles nunca perderam um único caso, mesmo nos casos em que campos orgânicos foram contaminados ou polinizados com sementes transgênicas indesejadas.
Bilhões Contra a Bayer
Em resposta ao anúncio da fusão em 2016, a Associação de Consumidores Orgânicos (OCA) lançou um boicote contra a Bayer. A campanha “Bilhões contra a Bayer” é uma continuação da bem-sucedida campanha “Milhões contra a Monsanto”. Após a aprovação do negócio pela DOJ em abril, a OCA renovou seu pedido para que consumidores de todo o mundo participassem do boicote. Você pode acompanhar a campanha e saber das últimas atualizações de notícias no Facebook.13 Como observado em um comunicado à imprensa de setembro de 2016: 14
“Dois dos mais fétidos criminosos corporativos do mundo serão um só. A Monsanto vai arrumar sua sede e ir para o exterior. O nome Monsanto muito maligno será aposentado. Mas um criminoso corporativo agora com qualquer outro nome – ou mesmo tamanho – continua a ser um criminoso corporativo.
Essa fusão só aumenta a urgência e fortalece nossa determinação de perseguir as corporações que envenenam tudo o que está à vista. Nós os seguiremos até os confins da terra, se necessário. Vamos expor seus crimes. Vamos acabar com a tirania tóxica. Nós nos tornaremos os Bilhões Contra a Bayer. E vamos precisar da sua ajuda …”
Até mesmo muitos funcionários da Bayer desconfiam da fusão. Embora ambas as empresas tenham um passado multi-facetado, a Bayer conseguiu escapar deste tipo pesado de crítica, se não de ódio, mas está no mesmo nível da Monsanto no decorrer dos tempos.
Segundo o documentário, a Bayer afirma que a fusão tem amplo apoio entre seus funcionários, mas quando são abordados sob a promessa de anonimato, o consenso geral foi de consternação em herdar a reputação maculada da Monsanto. Tais medos provavelmente se tornarão realidade mais cedo ou mais tarde. Ativistas na Argentina, por exemplo, prometem que a má reputação da Monsanto não pode ser limpa, e que agora será transferida para a Bayer.
Glifosato — O Legado Tóxico
Tanto a Bayer quanto a Monsanto insistem que o glifosato (glyphosate), princípio ativo do herbicida Roundup e de outras formulações de mata-mato, são “produtos muito seguros quando usado adequadamente”. No vídeo, o CEO da Bayer, Werner Baumann, ressalta que mais de 3.000 estudos apoiam a segurança do produto químico. No entanto, numerosos outros estudos chegaram à conclusão inversa, mostrando que ele representa riscos tóxicos para o solo (toxic risks to soil), animais e humanos.
“As coisas que se ouve em debates públicos, ultimamente, são baseadas em informações equivocadas sobre os riscos deste produto”, diz Baumann. “Assim, pensamos que o glifosato, mesmo que ele pertença à nossa companhia, é um bom produto e sua licença de uso deveria ser renovada”.
Realmente, no final de 2017, a União Europeia renovou sua permissão de uso do glifosato pelos próximos cinco anos. 15 No entanto, o processo não passou sem críticas, tais como as de Martin Häusling, membro do Die Grünen Partei (nt.: Partido Verde alemão) e do Parlamento Europeu que observou que muitos dos estudos que liberam o glifosato foram financiados pela própria Monsanto enquanto as pesquisas independentes continuam encontrando problemas.
De fato, os cientistas descobriram que ele não só pode ser carcinogênico, 16 mas também afeta nossa habilidade para produzir proteínas em seu pleno funcionamento ao inibir a via metabólica xiquimato (shikimate pathway) (encontrada nas bactérias da flora intestinal) bem como interfere com a função das enzimas citocromo p450 (cytochrome P450 enzymes) (requeridas para a ativação da vitamina D, criação do óxido nítrico e sulfato de colesterol) (nt.: além disso, são necessárias para produção tanto de estrogênio como de testosterona, além de muitas outras funções fundamentais).
O glifosato também quelatiza importantes minerais, interfere na síntese e no transporte de sulfato como com a síntese dos amino ácidos aromáticos e a metionina, resultando na escassez de folato e de neurotransmissores, perturbando o microbioma por agir como um antibiótico e prejudicando as vias metabólicas da metilação e inibe a liberação do hormônio de estimulação da tiroide pela glândula pituitária, podendo levar ao hipotiroidismo.
Testes Recentes Governamentais Mostram que o ‘Roundup’ É Mais Tóxico do que o Glifosato Isolado
Mais recentemente, o teste toxicológico 17 feito pelo Programa Nacional de Toxicologia dos EUA (nt.: U.S. National Toxicology Program/NTP) concluiu que a fórmula do ‘Roundup’ (nt.: nome do herbicida da Monsanto) é realmente muito mais tóxica do que o glifosato (nt.: princípio ativo do herbicida) sozinho.18 O teste do NTP foi realizado por solicitação da Agência de Proteção Ambiental dos EUA (nt.: Environmental Protection Agency/EPA) seguindo a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer da OMS/ONU (nt.: International Agency for Research on Cancer/IARC da WHO/UNO) sobre a reclassificação do glifosato, há três anos, como um provável carcinogênico da classe 2 A.19 (nt.: é importantíssimo se saber que, por uma questão ética, não se faz pesquisas com seres humanos, mas como este veneno tem dado esta resposta em animais, a OMS extrapola como ‘provavelmente’ e não ‘objetivamente’ o glifosato como sendo carcinogênico).
Nesta época, a IARC observou preocupações quanto às formulações comerciais (glyphosate formulations) com glifosato por terem, possivelmente, maior toxicidade devido a interações sinérgicas. Acontece que isso é exatamente o que o teste do NTP encontrou. De acordo com o resumo de seus resultados, as formulações de glifosato “alteraram significativamente” a viabilidade das células humanas ao interromper a funcionalidade das membranas celulares.
Mike DeVito, chefe interino do Laboratório do NTP comentou sobre os resultados, dizendo: “Vimos que as formulações são muito tóxicas. As formulações estavam matando as células. O glifosato, na verdade, não estava fazendo isso”.
Documentos internos da Monsanto, obtidas através de solicitações anteriores à Lei da Livre Informação (nt.: Freedom of Information Act/FOIA), revelam que os próprios funcionários da Monsanto não estavam convencidos de que o produto fosse inofensivo. Por exemplo, num email de 2002, o executivo da Monsanto, William Heydens, disse: “O glifosato está OK, mas o produto formulado … provoca danos.”20
A Monsanto Acusada de Crimes Contra a Humanidade
No 16 de outubro de 2016 (Dia Mundial da Alimentação), a Monsanto foi levada a julgamento por “crimes contra a natureza e a humanidade” no tribunal em Haia, Holanda. O comitê que peticionou a ação 21 incluiu Vandana Shiva, Corinne Lepage (ex-ministra do Meio Ambiente da França), Giles-Eric Séralini (toxicólogo pesquisando toxicidades dos transgênicos e do glifosato)(toxicities of GMOs) e Olivier De Schutter (ex-Relator Especial para o Direito à Alimentação da ONU) entre outros. O parecer jurídico sobre as provas apresentadas no tribunal foi entregue em 18 de abril de 2017. Conforme relatado pelo Corporate Europe Observatory: 22
“O tribunal concluiu que:
- Monsanto violou os direitos humanos à alimentação, à saúde, a um meio ambiente saudável e à liberdade indispensável para a pesquisa científica independente;
- ‘Ecocídio’ deve ser reconhecido como um crime no direito internacional;
- Direitos humanos e leis ambientais são solapados por regulamentações comerciais e investimentos amigáveis somente às corporações.”
Quando perguntado se a Bayer continuará com as práticas comerciais dissimuladas da Monsanto, Baumann disse que a nova entidade será gerenciada “de acordo com nossos padrões”, acrescentando que “a Bayer representa transparência, confiabilidade e um estilo diferente de debate”.
Monsanto — Destruidor do Mundo Natural
Além das sementes dos transgênicos e seu principal produto, o ‘Roundup’, a Monsanto também foi a líder na produção do Agente Laranja da Guerra do Vietnam, dos PCBs, do DDT, do hormônio recombinante do crescimento bovino e do aspartame – toda esta história está resumida em “A História Completa da Monsanto, ‘World’s Most Evil Corporation‘”,23 publicada originalmente pela Waking Times em 2014.24
“Para adicionar afrontas à lesão mundial, a Monsanto e seus parceiros no crime, Archer Daniels Midland/ADM, Sodexo e Tyson Foods escrevem e patrocinam a Lei de Modernização da Segurança Alimentar de 2009: HR 875 (Food Safety Modernization Act). 25 Esta ‘Lei’ dá às fazendas corporativas um monopólio virtual para policiar e controlar todos os alimentos cultivados em qualquer lugar, incluindo os do seu próprio quintal, atribuindo severas penas e sentenças de prisão para aqueles que não usassem agroquímicos e fertilizantes. E o presidente Obama … aprovou.
Com esta Lei, a Monsanto afirma que somente os alimentos transgênicos [geneticamente modificados] são seguros e os alimentos orgânicos ou caseiros potencialmente espalham doenças, por isso devem ser regulados quanto à existência para se resguardar a segurança do mundo… …À medida que posteriores revelações são desveladas, mostram-se as verdadeiras intenções deste gigante do mal, demonstrando de que a Monsanto criou a ridícula ‘Continuing Resolution – HR 933′ 26, mais conhecida como Lei de Proteção da Monsanto, que Obama também, como um robô, assina como lei.
Esta lei declara que não importando o quão prejudiciais as plantações de transgênicos da Monsanto sejam, bem como quanta devastação elas causem ao país, os tribunais federais dos EUA não podem impedi-las de continuarem de ser plantadas em quaisquer lugares que forem escolhidos. Sim, Obama assinou uma cláusula que coloca a Monsanto acima de qualquer lei e a torna mais poderosa do que o próprio governo”.
A Bayer Também Tem uma Longa, Negra e Destrutiva História de Genocídio
Apesar de ter uma reputação pública muito mais “limpa” do que a Monsanto, a Bayer é na verdade apenas mais do mesmo. Fundada na Alemanha em 1863 por Friedrich Bayer e Johann Wescott, também tem uma longa e sórdida história de criação de venenos e de destruição em massa. 27 Durante a Segunda Guerra Mundial, a Bayer (então IG Farben) (nt.: sigla em alemão – Interessen-Gemeinschaft Farbenindustrie AG – ou seja, ‘Grupo de Interesses da Indústria de Tintas SA’, quando Hitler uniu Basf, Bayer e Hoest, as três irmãs da química sintética alemã), produziu o gás Zyklon B, usado nas câmaras de gás nazistas, para erradicação de 11 milhões de pessoas cujo único crime era ter nascido judeu.
De acordo com a Alliance for Human Research Protection, a empresa também estava “intimamente envolvida com as atrocidades experimentais humanas cometidas por Mengele em Auschwitz”. 28 Em um caso, a Bayer comprou 150 prisioneiras saudáveis do comandante do campo de Auschwitz para uso como cobaias para testar uma nova droga para dormir. Todas as cobaias testadas morreram e outra ordem para os presos foi emitida.
Enquanto alguns de seus membros do conselho acabaram sendo presos e julgados por seus crimes contra a humanidade, outros escaparam e ajudaram a criar o Federal Reserve. 29 Se acharmos que a passagem do tempo poderia ter transformado esta entidade corporativa em mais amável, segura e gentil, vamos abrir os olhos fortemente.
Em 2003, foi revelado de que a Bayer vendeu remédio para coagulação sanguínea contaminado com o vírus HIV na Ásia, América Latina e Europa em meados da década de 1980. 30 A droga, concentrado do Fator VIII, valia milhões de dólares e a empresa continuou a vendê-la, mesmo contaminada, por um ano depois que o fato foi constatado. Apenas em Hong Kong e Taiwan, mais de 100 hemofílicos contraíram o HIV e morreram após o uso do medicamento.
O medicamento Trasylol, da Bayer – usado para controlar o sangramento durante a cirurgia – também foi responsável por, pelo menos, 1.000 mortes a cada mês nos 14 anos em que esteve no mercado. 31 Em 2006, documentos provaram que a Bayer escondeu evidências mostrando resultados desfavoráveis da droga para continuar vendendo. Ações judiciais também foram impetradas contra ela pela morte prematura de 190 jovens mulheres que tomam a pílula anticoncepcional Yaz, o que aumenta em 300% o risco de coágulos sanguíneos.
Improvável que a Bayer Altere a Percepção Pública dos Transgênicos e da Agricultura Tóxica
Entre 2006 e 2007, a Bayer também foi responsável por contaminar as importações de arroz dos EUA com três variedades não aprovadas de arroz transgênicos em desenvolvimento pela Bayer CropScience. A Bayer também patenteou os agrotóxicos neonicotinoides (neonicotinoid pesticides), suspeitos de serem responsáveis pela morte em massa de abelhas em todo o mundo, ameaçando assim o suprimento global de alimentos. E, faz também a resina plástica, Bisfenol-A/BPA, agora reconhecida por ter um impacto perigoso no sistema endócrino humano, por ser um disruptor endócrino.
Em suma, a história da Bayer é tão sombria e antiética quanto a da Monsanto, se não mais, e alguns referiram-se, legitimamente, à fusão destes dois gigantes destrutivos como um “casamento feito no inferno”. 32 Embora alguma mudança seja possível, parece improvável que essa nova mega-entidade da Bayer-Monsanto mude radicalmente e, conhecendo-se melhor suas histórias, agora combinadas, o mundo poderá se preparar mais para este enfrentamento de uma luta monumental.
Fontes e Referências
- 1 The Guardian September 14, 2016
- 2 Mother Jones September 14, 2016
- 3 Bloomberg September 14, 2016
- 4 Fortune April 10, 2018
- 5, 9 Food and Power August 10, 2017
- 6 USA Today March 21, 2018
- 7 Mother Jones January 31, 2018
- 8 The Guardian September 14, 2016
- 10 USA Today September 15, 2016
- 11 Business Insider February 5, 2017
- 12 Food Democracy Now September 6, 2014
- 13 Facebook, Billions Against Bayer Campaign
- 14 Organic Consumers Association September 13, 2016
- 15 Reuters December 12, 2017
- 16 The Lancet Oncology March 20, 2015
- 17 National Toxicology Program, Glyphosate and Glyphosate Formulations
- 18 The Guardian May 8, 2018
- 19 The Lancet Oncology March 20, 2015; 16(5): 490-491
- 20 Monsanto Papers, Hayden email April 25, 2002
- 21 Institute of Science in Society December 7, 2015
- 22 Corporate Europe Observatory April 18, 2017
- 23 Global Research, The Complete History of Monsanto
- 24 Sourcewatch.org Monsanto
- 25 The Food Safety Modernization Act of 2009: HR 875
- 26 Infowars.com, March 28, 2013, HR 933 Continuing Resolution
- 27 Seattleorganicrestaurants.com
- 28 AHRP.org January 27, 2005
- 29 Wall Street and the Rise of Hitler, by Antony C. Sutton. May 11, 2010. Clairview Books.
- 30 The New York Times May 22, 2003
- 31 CBS News February 14, 2008
- 32 The Guardian September 14, 2016
Tradução livre de Luiz Jacques Saldanha, junho de 2018.