Foto mostra área de garimpo ilegal na Amazônia, em Itaituba, no Pará — Foto: Lucas Landau/Reuters
Por g1
22/09/2023
[NOTA DO WEBSITE: Vale a pena acessar o link original para se ver o que atualmente se tem feito para remediar o que os últimos governos federais fizeram com nosso País. Parece que o propósito político-ideológico era o extermínio do Brasil, através de todas as formas de ilegalidades, permissivas e excludentes].
Em apenas um ano a área ocupada pela atividade no país cresceu 35 mil hectares – o tamanho de uma cidade como Curitiba.
Levantamento do MapBiomas aponta que o garimpo teve um “crescimento explosivo” no Brasil em 2022: em apenas um ano, a área ocupada por essa atividade no país aumentou em 35 mil hectares, equivalente ao tamanho de uma cidade como Curitiba.
O crescimento se concentrou principalmente na Amazônia, que, em 2022, abrigava quase a totalidade (92%) da área garimpada no Brasil.
- Garimpo aumentou 787% em terras indígenas entre 2016 e 2022, aponta Inpe
- Alertas de garimpo ilegal caem com retomada de ações de proteção
Ainda de acordo com o levantamento, chama a atenção a presença do garimpo em áreas protegidas, como nos Parques Nacionais do Jamanxin, do Rio Novo e da Amazônia, no Pará; na Estação Ecológica Juami Japurá, no Amazonas, e na Terra Indígena Yanomami, em Roraima.
César Diniz, coordenador técnico do mapeamento de mineração do MapBiomas, destaca que a persistência desses garimpos em áreas proibidas mostra que o apoio econômico e político obtido pela atividade.
“O tamanho desses garimpos sobressai nos mapas, sendo facilmente identificável até por leigos. Surpreende que ano após ano ainda subsistam. Sua existência e seu crescimento são evidências de apoio econômico e político à atividade, sem os quais não sobreviveriam, uma vez que estão em áreas onde o garimpo é proibido”, destaca César Diniz, coordenador técnico do mapeamento de mineração do MapBiomas.
Em 2022, a área ocupada em áreas protegidas foi 190% maior do que cinco anos atrás, com quase 50 mil hectares incorporados ao garimpo nesse período.
Nesse mesmo ano, mais de 25 mil hectares em Terras Indígenas (TIs) e 78 mil hectares em Unidades de Conservação (UCs) eram ocupados pelo garimpo, comparados a 9,5 mil e 44,7 mil hectares, respectivamente, em 2018. Isso significa que em 2022, 39% da área garimpada no Brasil estava localizada dentro de uma TI ou UC.
Dentre as TIs, a Kayapó, Munduruku, Yanomami, Tenharim do Igarapé Preto e Sai-Cinza foram as mais invadidas pelo garimpo.
O garimpo tem sérias consequências ambientais, incluindo o assoreamento de rios e a contaminação de suas águas. As bacias mais afetadas são Tapajós, Teles Pires, Jamanxim, Xingu e Amazonas, representando 66% da área garimpada no país, com o Tapajós respondendo por 20% e o Teles Pires por 18% dessa área.
Em contraste, a mineração industrial não registrou crescimento em sua área ocupada em 2022, mantendo-se próxima dos 180 mil hectares registrados em 2021. Essa área representava apenas 40% do total ocupado pela atividade minerária no Brasil, que somava 443 mil hectares.
Retomada das ações de proteção ao meio ambiente já resultam na queda de alertas de garimpo ilegal