Proibição ao bisfenol A pode ser ampliada para outras embalagens

A decisão da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de proibir a venda e a fabricação de mamadeiras com bisfenol A no Brasil pode ser estendida para outras embalagens de plástico que contenham a substância. O composto é utilizado na fabricação de plásticos.

 

http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/976829-proibicao-ao-bisfenol-a-pode-ser-ampliada-para-outras-embalagens.shtm
17/09/2011
MARIANA VERSOLATO
DE SÃO PAULO

 

Anvisa proíbe mamadeiras com bisfenol A no Brasil
Indústria reclama do prazo para retirar mamadeira com bisfenol A

Estudos recentes mostram que a substância poderia provocar puberdade precoce e alterações no sistema reprodutivo, mas não há resultados conclusivos sobre o risco em seres humanos.

Editoria de arte/folhapress

 

Segundo a assessoria de imprensa da Anvisa, o Mercosul está discutindo a proibição da venda e fabricação de outros utensílios que contenham bisfenol A e entrem em contato com alimentos, além das mamadeiras.

A decisão do grupo será tomada em novembro, ainda de acordo com a Anvisa.

Se os integrantes do Mercosul concordarem em proibir o comércio de outras embalagens com bisfenol A, cada país deverá fazer seu processo de regulamentação.

No Brasil, esse processo envolve consulta pública, mas, segundo a Anvisa, é possível que seja excluída a discussão sobre a proibição às mamadeiras com bisfenol A, já que esse assunto foi antecipado por precaução.

JUSTIÇA

Synésio Batista Costa, presidente da Abrapur (Associação Brasileira de Produtos Infantis), diz não ser contra a decisão da Anvisa, mas critica o prazo de três meses para vender todo o estoque.

Costa diz ter convocado uma assembleia com fabricantes de mamadeiras do país para a próxima semana.

Dependendo do que for decidido, poderá processar a Anvisa. “Se não tiver jeito, vamos ter de ir para a Justiça.”

 

http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/976314-industria-reclama-do-prazo-para-retirar-mamadeira-com-bisfenol-a.shtml

 

16/09 /2011

Indústria reclama do prazo para retirar mamadeira com bisfenol A

 

MARIANA VERSOLATO
DE SÃO PAULO

 

Segundo representantes da indústria do plástico, a Anvisa deveria ter ouvido o setor para tomar a decisão e definido um prazo maior para a retirada das mamadeiras com BPA (bisfenol A) do mercado.

A agência estabeleceu um prazo de três meses para que fabricantes e importadores cumpram a determinação.

Synésio Batista Costa, presidente da Abrapur (Associação Brasileira de Produtos Infantis) e da Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedo), diz que “a decisão causa revolta”.

“A Anvisa não nos ouviu e tomou a decisão sozinha, como uma divindade. É impossível retirar milhões de mamadeiras num prazo tão curto”, afirma. Para ele, o tempo ideal seria de três anos.

Costa diz ainda que, desde outubro de 2010, a indústria não fabrica mais mamadeiras com bisfenol no país, por iniciativa própria.

“Nós somos a favor da medida e agimos antes. Mas a agência tem de me deixar vender o estoque. Não está provado que a substância causa mal e não há nenhum relato de acidente até hoje.”

Miguel Bahiense, presidente da Plastivida – Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos, tem a mesma posição. “Se a indústria já estava sinalizando que era a favor da mudança, e já que a Anvisa não nos ouviu, teria de haver bom senso para estabelecer prazos viáveis. Não há estudos mostrando que há perigo iminente”, diz.

Bahiense lembra também que nem todo plástico contém bisfenol.

Segundo a assessoria de imprensa da Anvisa, a decisão foi tomada com base no risco do produto à saúde.

Para a Vigilância Sanitária, o prazo dado à indústria é suficiente para que sejam feitas as adaptações.

O órgão afirma que o assunto não é novo e que, durante as discussões, houve reuniões e diálogo com os fabricantes do setor.

 

 

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