Ândrea Malcher
25/07/2023
[NOTA DO WEBSITE: A finalidade de agregarmos essas duas notícias bem como a sobre a origem dos ônibus que levaram os fanáticos a devastarem os patrimônios dos brasileiros, representados pelos três palácios da praça dos Três Poderes, mostra a mesma visão de colonialidade. É expressada pela destruição egocêntrica, narcisista e infantil de patrimônios de todo o povo brasileiro não só dos palácios, mas como o solo, a floresta, o ouro, os minérios, tudo tirado de forma, na maioria das vezes, de maneira ilegal, pela grilagem, pelo garimpo, pela pecuária e pela monocultura, através do desmatamento e das queimadas. E pior, defendida pelos tais dos ‘patriotas’, nome comprometido depois dos ataques praticados pelos autodenominados ‘patriotas’ tanto no Capitólio dos EUA e em Brasília. Pode-se ver tanto em homens como em mulheres a prática do supremacismo branco eurocêntrico que mantém a mesma ideologia de exploração de tudo e de todos para que só a ‘realeza’ possa desfrutar do butim, surripiado, ideologicamente, do povo que não tem noção de quanto é prejudicado pela doutrina supremacista. E é por isso que consideramos toda essa doutrinação, dos últimos anos, travestida de moralista, nacionalista, cristã etc, como um dos mais tristes roubos de nosso futuro como país e como sociedade. E OBSERVEM DE QUE PARTE DO PAÍS TODA ESSA MOVIMENTAÇÃO SE CONSOLIDA E SE EXPANDE, DESDE O GOLPE MILITAR, MATERIALIZADA PELOS ÔNIBUS E PELAS OCUPAÇÕES E POSTURAS E PARTIDOS POLÍTICOS DOS NOVOS ELEITOS PELO NORTE – AMAZÔNIA -, CENTRO-OESTE – PATANAL – E SUL/SUDESTE.].
Ao discursar em clube de tiro, deputada liga arma ao poder. Bolsonarista radical, Julia Zanatta (PL-SC) ataca a determinação do governo de voltar a limitar o acesso a artefatos e munições. Ao distorcer a definição de democracia, ela diz que “todo poder emana do cano de uma arma”.
Na inauguração de um clube de tiro em Florianópolis, a deputada bolsonarista Júlia Zanatta (PL-SC) afirmou, em discurso para a plateia, que “todo poder emana do cano de uma arma” — uma distorção da premissa da democracia de que “todo poder emana do povo e em nome dele deve ser exercido”. O evento foi no sábado, mas somente ontem o vídeo circulou nas redes sociais. A parlamentar é uma defensora do armamentismo e que intensificou os ataques ao governo federal desde que, na semana passada, foram anunciadas a suspensão das regras baixadas no governo Bolsonaro e o retorno ao texto do Estatuto do Desarmamento de antes da posse do ex-presidente.
Deputada (ao microfone) faz pregação armamentista e enxerga que há uma “guerra assimétrica” em curso – (crédito: Reprodução/Redes sociais)
“A gente vai continuar mais unidos e firmes do que nunca na defesa da nossa liberdade. Porque eles sabem que todo poder emana do cano de uma arma”, diz Julia, no vídeo. Ao Correio, ela afirmou que a frase seria “de um comunista”, Mao Tse Tung. Na verdade, a frase cunhada pelo líder comunista chinês diz que o “poder político cresce do cano de uma arma”.
Segundo a deputada, há uma “guerra assimétrica” em curso entre aqueles que defendem a autodefesa com armamentos e o governo. Segundo ela, o decreto que põe freio ao armamentismo é “genocida”. “É um decreto genocida porque, para mim, a arma é para defender. Inclusive, falo muito de mulheres que têm boletins de ocorrência por violência doméstica e que resolvem ir num clube de tiro para aprender a atirar, comprar uma arma e poder se defender”, afirmou.
Em agenda, ontem, por Santa Catarina, Julia compareceu a outro evento em um clube de tiro em Brusque. Para ela, a medida do governo impactará a liberdade daqueles que escolheram ter uma arma. “Quem imaginaria que teríamos tanto brasileiro armado disposto a lutar? O Estado não pode estar em todos os momentos para nos defender. Não posso jogar o Estatuto do Desarmamento ou esse decreto genocida do Lula para me defender de alguém que queira me agredir”, argumentou.
Empregos
Julia alega que o decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva — que além de tornar mais rígidas as regras para o registro de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), restringiu o acesso a grossos calibres — terá um impacto em “empregos e famílias”. “Por exemplo: a questão dos calibres que foram restringidos. Noventa por cento do estoque do varejo é de pistolas calibre 9 mm. Então, o que faz com isso agora? Criou-se aí um limbo jurídico”, cobrou.
A parlamentar observou que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e uma “deputada petista” associaram as armas ao aumento de feminicídio. Mas, segundo ela, isso não acontece em Santa Catarina. “Os feminicídios com armas de fogo legalizadas em Santa Catarina diminuíram no período de 2019 a 2022. Provo com números”, desafiou.
Bolsonarista radical, Julia publicou, meses atrás, em suas redes sociais, foto segurando uma submetralhadora e vestindo uma camiseta na qual aparecia uma mão esquerda com um dedo a menos — como a de Lula, que não tem o dedo mínimo. Na blusa da deputada, lia-se “Come and get it” (Vem e toma), com o desenho de uma pistola e um fuzil.
Senador de Rondônia se exalta após relatar condições dos presos acusados de destruição dos Três Poderes no 08 de janeiro
Senador por Rondônia, catarinense de Presidente Getúlio, e antigo morador de Ibirama, Jaime Bagattoli, agora pecuarista na Rondônia, tendo sua origem familiar na extração de madeira, provavelmente pela devastação da floresta.
Por Rondoniadinamica
20/02/2023
Jaime Bagattoli, do PL, falou com o Folha do Sul Online, de Vilhena. E aproveitou para criticar também o governo Lula, do PT.
Porto Velho, RO – O senador de Rondônia Jaime Bagattoli, do PL, conversou com o Folha do Sul Online, de Vilhena, abordando a situação dos presos sob acusação de participação na destruição dos Três Poderes em janeiro deste ano.
De acordo com a veiculação, o congressista se exaltou no momento em que abordou o tema.
Após visitar os dois presídios – masculino e feminino –, no Distrito Federal, o pecuarista diz ter encontrado homens e mulheres presos pela depredação nos prédios públicos, quais sejam, Supremo Tribunal Federal (STF), Congresso Nacional (Senado e Câmara) e Palácio do Planalto.
Bagattoli citou o caso específico de um caminhoneiro de Ji-Paraná, que ele diz conhecer.
“Esse motorista eu conheço ele não quebrou nada lá”, asseverou, deixando claro, ainda, que tentará ajudar os extremistas sob tutela do Estado.
Além disso, confidenciou ao veículo de comunicação do Cone Sul que a sua é uma das 35 assinaturas já colhidas no Senado a fim de que haja a instalação da CPI do Dia 08 de Janeiro.
E aproveitou, por fim, para criticar o governo Lula, do PT, alegando que o atual presidente está olhando para o retrovisor ao invés de governar o país”.