Ao longo dos anos, a exploração de recursos naturais e mudanças climáticas provocam os mais variados impactos nos ecossistemas e, em diversos casos, a degradação da terra e redução da oferta de água. Esses processos, quando se intensificam, podem levar à desertificação da terra, resultado da falta de manejo adequado dos recursos naturais nas regiões semiáridas e subúmidas secas. No Brasil, essas áreas somam mais de 1,34 milhão de quilômetros quadrados e abrigam 31,6 milhões de habitantes, ou 17% da população.
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Para discutir os impactos das mudanças climáticas e aquecimento global no meio ambiente e na agricultura e apresentar alternativas para a redução dessas adversidades, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) promove nesta terça-feira (03/04), a 3ª Reunião Técnica do Cemaden, em Fortaleza (CE). O diretor do Departamento de Combate à Desertificação da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Francisco Campello, faz no encontro apresentação sobre mudanças climáticas e políticas de combate à desertificação.
Segundo o representante do MMA, a estratégia brasileira no combate ao problema está no Plano de Ação Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca, que reflete os compromissos do país perante a Convenção das Nações Unidas para o Combate a Desertificação. “Todos os estados afetados – os nove do Nordeste, além de Minas Gerais e Espírito Santo -, estão com seus planos de combate elaborados e já sendo executados”, diz. Os planos foram desenhados com o objetivo de focar nas práticas sustentáveis para valorizar o homem no processo de conservação e assegurar o desenvolvimento regional.
Inclusão produtiva – Cada plano estadual resulta em um conjunto de iniciativas, apoiadas pelo Ministério do Meio Ambiente, com o objetivo de promover ações de inclusão produtiva sustentável nas regiões mais afetadas pela seca. “Para fortalecer a ação, foram implantados mais de 27 projetos nesses estados, com investimentos de R$ 20 milhões, voltados à segurança alimentar, energética e hídrica nas áreas susceptíveis à desertificação”, destaca.
As ações de fomento estadual foram obtidas por meio de articulações com o Fundo Clima, Fundo Socioambiental da Caixa Econômica Federal, Fundo de Desenvolvimento Florestal e Fundo Nacional do Meio Ambiente. A iniciativa também conta com a cooperação técnica do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e com o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).
(Fonte: MMA)