Saúde: Microplásticos em testículos de cães e humanos e sua potencial associação com contagem de espermatozoides e pesos de testículos e epidídimos

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Testículo

https://academic.oup.com/toxsci/advance-article-abstract/doi/10.1093/toxsci/kfae060/7673133

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Chelin Jamie Hu, Marcus A Garcia, Alexandre Nihart, Rui Liu, Lei Yin, Natália Adolf, Daniel F Gallego, Huining Kang, Mateus J Campen, Xiaozhong Yu –  Published by Oxford University Press 

15 de maio de 2024.

[NOTA DO WEBSITE: Simplesmente aterrorizador! Imaginar-se que tem PVC, plástico de sacos de supermercado e de embalagens de alimentos, além de plástico de garrafas plásticas, dentro dos testículos dos machos, sejam humanos ou cachorros, é assutador. E mesmo sabendo de tudo isso, será que os consumidores ficarão um pouco, que seja, mais atentos aquilo que compram e o que envolve seus alimentos e compras? E mesmo será que se darão conta que o corpo de todas as Barbies inclusive agora a tal réplica da nossa ginasta, Rebeca Andrade, são feitas de PVC? E que o monômero -uma parte- que forma o polímero -muitas partes-, que é o PVC=polivinil cloreto, é cancerígeno? E que se uma das milhares de partes que formam o polímero, é cancerígena, não seria todo o conjunto que é o polímero também cancerígeno? Bem, leitor, tudo isso está aqui e agora nas suas ‘bolas', nos seus testículos… será que não ficará com testicular por isso? Ou câncer em quaisquer outras partes de teu órgão sexual?].

RESUMO

A existência onipresente de microplásticos e nanoplásticos levanta preocupações sobre o seu potencial impacto no sistema reprodutivo humano. Existem dados limitados sobre microplásticos no sistema reprodutor humano e suas potenciais consequências na qualidade do espermatozoide. Nossos objetivos foram quantificar e caracterizar a prevalência e composição de microplásticos nos testículos caninos e humanos e investigar possíveis associações com a contagem de e pesos dos testículos e epidídimos. Usando cromatografia gasosa de pirólise/espectrometria de massa sensível avançada (Py-GC/MS), quantificamos 12 tipos de microplásticos em 47 testículos caninos e 23 humanos. Foram coletados dados sobre pesos de órgãos reprodutivos e contagem de espermatozóides em cães. Análises estatísticas, incluindo análise descritiva, análise correlacional e análises de regressão linear multivariada foram aplicadas para investigar a associação de microplásticos com funções reprodutivas. Nosso estudo revelou a presença de microplásticos em todos os testículos caninos e humanos, com significativa variabilidade interindividual. Os níveis totais médios de microplásticos foram de 122,63 µg/g em cães e 328,44 µg/g em humanos. Tanto humanos como caninos exibem proporções relativamente semelhantes dos principais tipos de polímeros, sendo o PE dominante. Além disso, foi observada uma correlação negativa entre polímeros específicos como PVC e PET e o peso normalizado do testículo. Estas descobertas destacam a presença generalizada de microplásticos no sistema reprodutor masculino, tanto nos testículos caninos como nos humanos, com potenciais consequências na fertilidade masculina.

Microplásticos encontrados em testículos humanos

https://www.theepochtimes.com/health/microplastics-found-in-human-testicles-5652339

Amie Dahnke

20/05/2024

[NOTA DO WEBSITE: Com o impedimento de publicar o trabalho na totalidade por não ser assinante da mídia que divulgou a pesquisa, replicamos o texto de uma mídia que teve condições e ampliar não só o resumo que está acima. Dessa forma, poderemos ter acesso a mais informações do que aquelas que resumidamente estão disponíveis na Toxicological Sciences, para não assinantes].

Microplásticos foram identificados em testículos humanos e caninos, aumentando a lista de onde as partículas insidiosas foram encontradas.

Um novo estudo publicado na Toxicological Sciences revelou a incrível prevalência de microplásticos em todo o mundo e a sua capacidade de penetrar em quase todas as partes do corpo.

Os microplásticos se formam quando o plástico é exposto à luz solar ou outra radiação ultravioleta e se degrada (nt.: melhor que se degradar já que não ocorre sua dissolução a nível dos elementos, a expressão mais adequada, no nosso entendimento, é: FRAGMENTAR-SE) lentamente em aterros sanitários, no oceano ou em outros lugares. Eles são tão pequenos (medidos em micro ou nanômetros, ou um bilionésimo de metro) que também podem ser levados pelo vento e transportados para os cursos de água.

Amostras humanas triplicaram os microplásticos

Uma equipe de pesquisadores da Universidade do Novo México (UNM) examinou amostras de tecido testicular de humanos e cães e descobriu que esses pedaços microscópicos de plástico estavam presentes em todas as amostras. As amostras humanas foram fornecidas pelo Escritório do Investigador Médico do Novo México, que coleta tecidos durante autópsias, e as amostras caninas vieram de abrigos de animais da cidade de Albuquerque e de clínicas veterinárias privadas que esterilizam e castram animais.

Os investigadores não esperavam encontrar microplásticos no sistema reprodutivo – pelo menos não neste grau.

“Quando recebi pela primeira vez os resultados para cães, fiquei surpreso”, disse o Dr. Xiaozhong “John” Yu, professor da Faculdade de Enfermagem da UNM e pesquisador principal, em um comunicado à imprensa. “Fiquei ainda mais surpreso quando recebi os resultados para humanos.”

A equipe de pesquisa encontrou quase três vezes a quantidade de microplásticos nas amostras humanas em comparação com as amostras caninas. Havia 122,63 microgramas de microplásticos por grama de tecido nas amostras caninas e 329,44 microgramas por grama nas humanas.

A equipe encontrou 12 tipos de microplásticos em 47 amostras caninas e 23 amostras humanas. O polímero, ou plástico, mais prevalente em ambos os tipos de tecido foi o polietileno (PE), usado na fabricação de e garrafas. O próximo polímero mais comum em cães foi o PVC, frequentemente usado em diferentes tipos de encanamento (nt.: importantíssimo lembrar que o monômero do polímero PVC é o cloreto de vinila, comprovada e inquestionavelmente cancerígeno. E o polímero nessas dimensões como atuará nos testículos dos machos, incluindo os homens?)

Yu e sua equipe acreditam que o nível de microplásticos pode estar correlacionado com problemas reprodutivos. A equipe determinou a contagem de espermatozoides nas amostras caninas e descobriu que quanto maior o nível de PVC no tecido, menor era a contagem de espermatozoides. Porém, a correlação não foi encontrada com a concentração de PE no tecido (nt.: observem aqui a relaçao do PVC como a contagem de espermatozoides. Mostra que algo há com essa resina).

“O plástico faz a diferença – que tipo de plástico pode estar correlacionado com a função potencial”, disse o Dr. Yu. “O PVC pode liberar muitos produtos químicos que interferem na espermatogênese e contém produtos químicos que causam disruptura endócrina” (nt.: são os famigerados como ftalatos que são . Como consumidores jamais tomamos conhecimento porque nunca estão entre os ingredientes daquela resina que é apresentada de forma genérica).

Por que cães?

O estudo comparou cães e humanos porque os dois frequentemente compartilham ambientes comuns, bem como por algumas características biológicas.

“Em comparação com ratos e outros animais, os cães estão mais próximos dos humanos”, disse o Dr.

Ele observou que cães e humanos produzem espermatozoides de maneiras muito semelhantes e que a concentração de espermatozoides também é comparável entre as duas espécies.

“Acreditamos que cães e humanos compartilham fatores ambientais comuns que contribuem para o seu declínio”, disse ele.

Um desses fatores ambientais são os microplásticos, encontrados em todo o mundo, inclusive no topo do Monte Everest.

“O impacto sobre a geração mais jovem pode ser mais preocupante”, disse o Dr. Yu, apontando para os homens com 35 anos ou menos. “Temos muitas incógnitas. Precisamos realmente analisar qual será o efeito potencial a longo prazo [sic]. Os microplásticos são um dos fatores que contribuem para este declínio?”

O Dr. Yu acrescentou que, embora não queira assustar ninguém, ele acha importante conscientizar as pessoas de que suas escolhas têm consequências (nt.: destaque dado pela tradução porque não podemos mais ser vacilantes em respeito a nossos descendentes!).

“Queremos fornecer os dados cientificamente e conscientizar as pessoas de que existem muitos microplásticos. Podemos fazer as nossas próprias escolhas para evitar melhor as exposições, mudar o nosso estilo de vida e o nosso comportamento”, disse ele.

Traduções livres, parciais, de Luiz Jacques Saldanha, maio de 2024.

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