Quando se premia aos que geram fome, artigo de Esther Vivas.

Vivemos em um mundo ao contrário, no qual se premia as multinacionais da agricultura transgênica enquanto acabam com a agricultura e a agrodiversidade. O Prêmio Mundial da Alimentação 2013, o que alguns chamam de Nobel da Agricultura, foi concedido este ano para os representantes da indústria transgênica: Robert Fraley, da e Mary-Dell Chilton, da Syngenta. O terceiro premiado foi Marc Van Montagu, da Universidade de Gante (Bélgica). Todos eles distinguidos por suas investigações a favor de uma agricultura biotecnológica. (Nota do site: Abaixo está uma notícia mostrando que este prêmio, mesmo tendo esta pretensiosa denominação “World”, é uma situação localizada num estado norte-americano, Iowa, e financiado também, ‘casualmente’ pelas três premiadas. Ou seja, os criminosos se autoproclamando de os ‘globalmente honestos’).

 

http://www.ecodebate.com.br/2013/07/11/quando-se-premia-aos-que-geram-fome-artigo-de-esther-vivas/

 

E me pergunto: Como pode ser que se conceda um prêmio que, teoricamente, reconhece “as pessoas que têm feito avançar (…) a qualidade, a quantidade e o acesso aos alimentos” aos que promovem um modelo agrícola que gera fome, pobreza e desigualdade. Os mesmos argumentos, imagino, que levam a conceder o Prêmio Nobel da Paz aos que fomentam a guerra. Como diz o escrito Eduardo Galeano, em seu livro “Patas arriba” (1998), “se premia ao contrário: se despreza a honestidade, se castiga o trabalho, se recompensa a falta de escrúpulos e se alimenta o canibalismo”.

Querem que acreditemos que as políticas que nos conduziram à presente situação de crise alimentar serão as soluções; porém, isso é mentira. A realidade, teimosa, nos demonstra, apesar dos discursos oficiais, que o atual modelo de agricultura e alimentação é incapaz de dar de comer às pessoas, cuidar de nossas terras e daqueles que trabalham no campo. Hoje, apesar de que, segundo dados do Instituto Grain, a produção de alimentos multiplicou-se por três desde os anos 60, enquanto que a população mundial desde então apenas duplicou, 870 milhões de pessoas no mundo passam fome. Fome, pois, em um planeta da abundância de comida.

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) reconhece que nos últimos cem anos desapareceram 75% das variedades agrícolas. Nossa segurança alimentar não está garantida, se depender de um leque cada vez mais reduzido de espécies animais e vegetais. Definitivamente, são promovidas as variedades que mais se adequam aos padrões da agroindústria (que podem viajar milhares de quilômetros antes de chegar ao nosso prato, que tenham um bom aspecto nas prateleiras do supermercado etc.), deixando de lado outros critérios como a qualidade e a diversidade do que comemos.

Nos dizem que temos que produzir mais alimentos para acabar com a fome no mundo e, em consequência, que é necessária uma agricultura transgênica. Porém, hoje, não falta comida; sobra! Não temos um problema de produção, mas de acesso. E a agricultura transgênica não democratiza o sistema alimentar; ao contrário, privatiza as sementes, promove a dependência camponesa, contamina a agricultura convencional e ecológica e impõe seus interesses particulares ao princípio de precaução que deveria prevalecer.

Marie Monique Robin, autora do livro e do documentário “O mundo segundo a Monsanto” (2008), deixa claro: essas empresas querem “controlar a cadeia alimentar” e “os transgênicos são um meio para conseguir esse objetivo”. Prêmios como os concedidos a Monsanto e a Syngenta são uma farsa ante a qual somente há uma resposta possível: a denúncia. E ressaltar que outra agricultura somente será possível à margem dos interesses dessas multinacionais.

*Tradução: Adital

**Esther Vivas, Colaboradora Internacional do Portal EcoDebate, é ativista e pesquisadora em movimentos sociais e políticas agrícolas e alimentares, autora de vários livros, entre os quais “Planeta Indignado”. Esther Vivas é licenciada em jornalismo e mestre em Sociologia. Seus principais campos de pesquisa passam por analisar as alternativas apresentadas por movimentos sociais (globalização, fóruns sociais, revolta), os impactos da agricultura industrial e as alternativas que surgem a partir da soberania alimentar e do consumo crítico. +info: http://esthervivas.com/portugues

 

Monsanto, Syngenta, Dupont, Bill Gates Major Sponsors of World Food Prize.

 

http://banoosh.com/blog/2013/07/04/monsanto-syngenta-dupont-bill-gates-major-sponsors-of-world-food-prize/

 

Three ‘distinguished’ biotech scientists, with Monsanto’s executive vice president being one of them (as NaturalSociety pointed out in previous posts), have been awarded the World Food Prize during a ceremony at the U.S. State Department, where Secretary of State, John Kerry, delivered the keynote address. Interestingly enough, Monsanto and Syngenta are major sponsors of the World Food Prize, along with the biotechnology giant, DuPont.

 

 

‘High fives all around. Victory for poisoning the people. Good work, mission accomplished.’ Is that what we as a nation are supposed to say?

When the president of the World Food Prize, Ambassador Kenneth M. Quinn, announced the winners he also commented on the impact of their work:

“These three scientists are being recognized for their independent, individual breakthrough achievements in founding, developing, and applying modern agricultural biotechnology,” Quinn said. “Their research is making it possible for farmers to grow crops with improved yields, resistance to insects and disease, and the ability to tolerate extreme variations in climate.”

Furthermore, in a written statement, Dr. M.S. Swaminathan, the renowned Indian scientist and Chairman of the World Food Prize Laureate Selection Committee, expressed his sentiment saying that the award is especially appropriate this year.

“2013 marks the 60th anniversary of the discovery of the double helix structure of the DNA Molecule by James Watson, Francis Crick and Morris Wilkins,” Swaminathan said. “During the last 60 years, the science of molecular genetics, also referred to as New Genetics, has opened up uncommon opportunities for shaping the future of agriculture, industry, medicine and environment protection. It is therefore appropriate that the World Food Prize is being awarded this year to some of the pioneers of the New Genetics who have opened up opportunities for achieving a balance between human numbers and the human capacity to produce adequate food.”

If that isn’t an outright admittance of a plan to control the world population through DNA alteration an errant GMO-induced disease, I don’t know what is. It’s sickening that these leaders are patting themselves on the back while they plan to take over the food supply, making the masses indentured servants to their poison food chain. The people need to fight back, now. Soon it will be too late. Did you know that the Rockefeller family, the GO giants, and Bill Gates have seed vaults on the Barents Sea near the Arctic Ocean, some 1,100 kilometers from the North Pole to protect them from the GMO war on the food supply?

But at least not everyone is excited about the chosen recipients receiving this glorification. In response to the awards (or at least Robert T. Fraley’s award) , 81 Councillors of the World Future Council says this year’s World Food Prize recipient betrays the award’s own mandate to emphasize the importance of a nutritious and sustainable food supply for all people.”

 

Short List of Sponsors of World Food Prize

 

THE WORLD FOOD PRIZE SINCERELY THANKS the following sponsors for supporting its annual programs:

The Governor and The State Legislature of Iowa
Iowa Economic Development Authority
The John Ruan Foundation Trust
The Rockefeller Foundation

The Bill & Melinda Gates Foundation • DuPont Pioneer • John Deere Foundation
The Mathile Institute for the Advancement of Human Nutrition • Monsanto • DuPont Pioneer
Ruan Transportation Management Systems • Claudia and Paul Schickler

 

While the GMO corporations plan to poison us, they are stocking away heirloom seed to make sure their families live on. It’s pathetic. Congratulations on the World Food Prize, but we are on to you. Plans to reduce our fertility and give us cancer with GMO will be thwarted.